O corpo desnudo está conectado, na nossa sociedade, com diversas noções eróticas. As fotos sem roupas, também chamadas de nudes, ainda são vistas nesses parâmetros e nutrem, para algumas pessoas, um fetiche. Foi tentando desconstruir essa ideia que Bruno Archie desenvolveu o site Viva Caligula, um portfólio online com dezenas de ensaios de nu artístico. Entre homens, mulheres, drags e todos os gêneros existentes, é possível passear por um espaço de autodescoberta, desconstrução e empoderamento. Conheça mais sobre o projeto na entrevista:
Not Today, Satan: Como surgiu o Viva Caligula?
Bruno Archie: O site surgiu quando comecei a fotografar nus, por volta de 2011. Inicialmente, era pra ser usado apenas como portfólio online, sem muito conceito. Algum tempo depois, o Viva Caligula passou a adotar certos discursos quanto a auto aceitação e sexualidade, ganhando assim um conceito.
NTS: Por que você escolheu fotografar nus?
B.A: A vontade surgiu ainda na época que eu estudava moda. Vi o trabalho de fotógrafos como Steven Klein, Mert & Marcus e Juergen Teller. Fiquei fascinado com a exposição dos corpos nus naquele contexto, provocante mas não estritamente sexualizado. Na época, era ainda só uma admiração, não acreditava ser algo dentro da minha realidade. Foi com artistas como Bruce LaBruce, Slava Mogutin e Luigi & Luca que senti um pouco mais de segurança em me arriscar e fotografar meus primeiros nus.
NTS: Quais os limites do nu, para você?
B.A: Essa reflexão foi o ponto chave para eu direcionar o meu trabalho ao caminho que segue hoje. Depois que comecei a fotografar nus, percebi que a diferenciação entre “nu artístico” e “pornografia” me incomodava muito. As pessoas tendem a eufemizar dizendo “é nu MAS é artístico”, e tendem a acreditar que quando uma imagem apresenta sexualidade explícita perde seu valor artístico. No fim das contas, todos os termos são apenas convenções, que devem ser questionadas pois a sexualidade não deve ser interpretada como algo “errado”. Depois de começar a abordar essa questão da sexualidade passei também a refletir sobre a forma que lidamos com sua “matéria prima”, o corpo. Foi então que escrevi meu manifesto e passei a abordar a auto aceitação com meu trabalho.
NTS: E como a auto aceitação aparece no seu trabalho?
B.A: Para tentar levar essa mensagem, eu não podia protestar com a nudez dos outros. Dei a cara a tapa e passei a publicar auto retratos para aprender a encarar minha própria aparência e na esperança de inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. Aparentemente funcionou, pois perceb que todxs xs modelos que fotografei dali em diante não estavam apenas posando, mas exercitando essa auto estima, buscando auto aceitação através da exposição.
NTS: E como você acredita que os nus podem ajudar no processo de empoderamento?
B.A: Acredito que ao ver essas imagens, as pessoas se sintam provocadas e reflitam acerca das diversas possibilidades que existem mas não nos são mostradas. A mídia e a sociedade nos fazem acreditar que existem padrões corporais e comportamentais “corretos” a serem seguidos, marginalizando qualquer um que seja ou viva diferente dessa imposição. Resumindo, espero que as pessoas vejam meu trabalho e saibam que podem ser quem são e viver como querem, pois não estão sozinhas na quebra do sistema em que vivemos.
NTS: Planos futuros para o Viva Caligula?
B.A: Continuar crescendo, recrutando modelos e produzindo novos ensaios. Ainda há um longo caminho pela frente e espero carregar essas mensagens de libertação individual ao maior número de pessoas possível.
Os ensaios do site são feitos tanto com modelos escolhidos pelo Bruno, quanto por pessoas interessadas em posar. Tem interesse? Entre em contato através da página no facebook ou pelo e-mail: [email protected].
* As fotos nessa matéria são de autoria de Bruno Archie e fazem parte de ensaios do Viva Caligula.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.