Se tem uma coisa que me deixa passado (é gritar comigo sem eu ter feito nada? sdds Kelly Key) é a prática quase que inerente que a galera tem de considerar genial tudo o que é produzido fora, seja fora do seu estado, da sua cidade ou do seu país. É quase a mesma irritação, só que um pouco pior, que tenho com quem quer conhecer o mundo inteiro, mas nem se importa em saber o que acontece na própria quadra em que reside.
Eu já conversei aqui com vocês sobre como existe um universo de possibilidades no trajeto da nossa casa até o trabalho e também mostrei como Curitiba produz muito conteúdo artístico acessível para toda a população, como o que acontece há três anos no Tijucão Cultural.
Inclusive, foi a partir do Tijucão que pensei em produzir este texto apresentando a você gente como a gente, que está aqui do nosso ladinho produzindo muito, e que precisamos valorizar. Afinal, se você ainda acha que santo de casa não faz milagres, queridinha, você está rezando errado (?).
Lá no Tijucão Cultural rolaram trabalhos incríveis, o que inclui performances e intervenções de diferentes tipos. Eu acompanhei de pertinho a performance “Sobre Luz e Sombra”, vivenciada por duas atrizes aqui da capital e que estão sempre em cartaz com peças maneiríssimas, como esta aqui, para a qual fui convidado e vou com certeza. Bora?
Na ocasião, a performance movimentou o 4º andar do Tijucão e lotou os corredores. Tivemos acesso a um vídeo que registrou tudinho, e é claro que queremos compartilhar com vocês:
“Sobre Luz e Sombra”: Andreia Porto, Sissa Stecanella e Henrique Helstrom.
Captura de imagens e edição: Sérgio J.
Outro ponto bastante relevante e que sempre devemos levantar é o “feito à mão”. Em tempos de produção em série e consumo bem louco, contar com peças lindas carinhosamente feitas à mão é raridade, mas a gente encontrou quem faça por aqui, aliás, quem faça coisas lindas por aqui, capazes de deixar a sua casa maravilhosa ou até mesmo servir de presente para o seu miguxo secreto neste fim de ano. Tem roupa, tem sapato, tem objetos de decoração, tem tudo!
O Ateliê Nat Petry, por exemplo, mostra para as vovós que o tricô e o crochê ainda estão em alta, mas repaginados e com referências superatuais, que são produzidas, inclusive, com materiais sustentáveis, como estes crochepôs fofuras que são feitos com um fio que é de sobras de malhas. Xonei <3.
E O QUE DIZER DESTA PEÇA?
No Tijucão também encontramos sapatos maravilhosos da marca curitibana Oficina da Gasp. Todos são únicos e costurados minuciosamente por mãos hábeis. É moda de altíssimo bom gosto e de muita sensibilidade.
Ainda no Tijucão, tivemos acesso a ilustrações lindas de diferentes artistas que, obviamente, aplicam técnicas singulares na hora de produzir. Em um dos andares do prédio, dentro de um salão de beleza, nos deparamos com os desenhos do Marcelo Fiedler, tudo pensado com muita cor para encantar os olhos.
Mais acima, nos andares superiores, conhecemos a produção do ilustrador Amorim. Passeando entre manipulações digitais, colagens e pinturas, o artista apresenta conceitos fortes e esteticamente instigantes em suas telas, que estão disponíveis à venda na page dele no Facebook. Separei alguns exemplos que me encantaram só para deixar você curioso.
Fotografia? Aham, temos por aqui! Conversei com o fotógrafo Bruno Claro e conheci um pouquinho do trabalho dele ao vivo, mas, tendo em vista que sou curioso como o capeta (senhor capeta, entenda que esta frase foi apenas um recurso de linguagem bobo, ok?), “dei um Google” para bizoiar o que mais o nosso companheiro de cidade tem clicado e, olha, aqui do alto do meu conhecimento sobre fotografia (pff), gostei do que vi.
Valorizar a produção artística local é um dos objetivos do Curitiba Cult, e outro muito importante é compartilhar com você estas informações preciosas e relevantes (talvez por isso você esteja lendo este texto). Mostramos o que é que Curitiba tem e afirmamos: você faz parte de tudo isso, pode se orgulhar. =)
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.