Quem me conhece sabe que eu não sou de esconder os meus fracassos. Sim, eu vivo contando todos eles por aí, porque eu acredito realmente que eles nos ensinam muito. Sei lá, tipo quando eu caí na valeta uma vez e aprendi que não devo colocar uma tábua de fora a fora em valetas e ficar brincando de “aventura” (leia-se atravessar a valeta de um lado ao outro correndo em cima de uma tábua).
Esta semana, como sempre, eu tive mais um fracasso, na verdade não foi bem um fracasso dependendo do ponto de vista que você utilizar para analisar o fato, mas acredito que, para o imaginário social, com certeza foi um.
Marquei um almoço com um carinha aí que parecia ser bem legal, já vínhamos conversando há tempos e tudo estava indo de vento em popa. O almoço era para sábado, ele pediu para remanejar para domingo, me mandou mensagem às 10h do dia marcado confirmando e tudo ficou bem. Fui ao mercado, cozinhei, e eu e as amigas aqui em casa ficamos esperando a chegada dele, tudo nos conformes para um almoço de domingo agradável, até que ele não apareceu, não deu sinal de vida, e apenas me bloqueou em todas as redes sociais do mundo, incluindo o Whats, o Instagram e o Linkedln (mentira, o Linkedln eu inventei RISOS).
Achou bizarro? Imagine eu! Inclusive, pensei: que domingo fracassado. E, como de praxe, estou aqui falando sobre ele (o fracasso) para vocês. Se você está se perguntando o que eu fiz depois de perceber esta furada (cheguei a telefonar pra ele e não obtive sucesso), eu respondo: enviei uma SMS dizendo que ele precisa aprender a lidar melhor com as situações da vida, caso contrário correrá o risco de se tornar uma pessoa infeliz por ser covarde (era só ter me avisado que não viria, não é mesmo?). Obviamente, não obtive resposta.
Enfim, dei a volta por cima num estalar de dedos? Claro que não, fiquei meio estranho por um tempo, uns 15 minutos na verdade, quando a vida veio e transformou o meu dia com a surpresa que contarei agora.
No mesmo prédio em que moro, dois andares abaixo, mora uma amiga da vida que conheci por aí, nos rolês. Depois da desgraça do meu quase almoço, ela me mandou uma inbox perguntando se eu sabia colocar aplique de cabelo (?). Achei uma pergunta curiosa, e respondi que não, porque eu realmente não manjo, mas que se fosse daqueles do tipo “tic tac”, eu poderia tentar (no fundo, eu tenho um lado gay cabeleireiro, não adianta!). Ela logo me explicou que uma amiga dela, trans, estava lá se arrumando para dar o primeiro rolê completamente como ela se sente, como uma verdadeira mulher que sempre foi.
Desci, levei comigo todos os itens de cabelo que eu tinha em casa (minha drag Mimi Lobo me emprestou) e, dentro de todos os meus limitados conhecimentos estéticos, consegui colocar o aplique e, ainda por cima, dei um jeito na make dela. Acreditem, o brilho nos olhos daquela garota até agora não saiu da minha cabeça. Um abraço apertado, uma gratidão imensa dedicada a mim e a sensação de que eu ajudei uma alma a se libertar, foi assim que eu fechei a porta do elevador me despedindo dela enquanto o táxi a esperava no portão – e enquanto o meu almoço fracassado ainda latejava em minha cabeça.
Agora, me responda uma coisa: o que você tem feito com os seus fracassos? Eu tenho reciclado toda a energia negativa que eles carregam e transformado em coisas boas para o mundo, porque há tempos eu digo (e realmente acredito nisso que digo): o mundo é uma grande roda de adoleta, vá batendo na mão de quem está ao seu lado que, com certeza, mais cedo ou mais tarde, baterão na sua.
Não, eu não estou indo contra a psicanálise e dizendo que você não deve sofrer por algo que realmente o afeta (o luto, já disse Freud, é fundamental), só estou dizendo que você pode sofrer por menos tempo (sou prático, beijos). Sério mesmo, ganhe tempo. Sofra 15 minutos, pegue o sofrimento, transforme em algo bom, jogue para o universo, sorria maliciosamente no espelho e diga: “vida, sem essa, quem vai te ferrar sou eu!”. Acredite, mal não fará.
Ah, e sobre o cara que me zuou, só um recado: torça para não me encontrar na rua.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.