Até hoje, quando Elza Soares dá o seu grito rasgado e canta ‘a carne mais barata do mercado é a carne negra’, composição de Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette, uma comoção é evocada logo no primeiro gatilho da letra. O recado é dado da forma mais genuína e incomoda como toda verdade.
Antes mesmo do ícone pop Beyoncé inserir a discussão sobre o posicionamento, empoderamento, engajamento social e respeito da cultura negra, Joaquina Maria da Conceição considerada a primeira cantora negra brasileira, era aplaudida em pé por toda a Europa no final do século XVIII. Cantora lírica, não se sabe com precisão se mineira ou carioca, mas enaltecida pelo seu trabalho. Joaquina Lapinha, como era conhecida, não mostrava seu black, usava peruca loira, pintou a pele com tinta branca, se curvou à imposição europeia em pleno solo tupiniquim e mesmo assim era aplaudida em pé por toda a corte.
“A Majestade do Samba”, tida como tradicionalista, mas aberta a novos ideais como se comprovou no desfile das escolas de samba de 2016, no Rio de Janeiro, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, foi vista nascer pelos olhos de Clementina de Jesus. Empregada doméstica por mais de duas décadas e imortalizada em todo o mundo pelo seu canto e pela contribuição imensurável, ancestral e cultural ao Brasil, ela foi responsável por resgatar a memória e conexão das relações entre África e a terra da “ordem e progresso”. Devota da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no Rio onde também nasceu, Clementina foi a primeira cantora negra a lançar um disco pela extinta Odeon.
“Um sorriso negro, um abraço negro” será sempre um acalanto na vida. Composição da “rainha do samba”, Dona Ivone Lara é a responsável por “Sorriso Negro”, em 1981. Três décadas depois sempre que cantada é um fortalecimento e verdade sobre a beleza que é o sorriso do negro, sempre traz felicidade, ‘é a raiz da liberdade’. Dona Ivone é ícone e a responsável por sambas cantados até hoje desde que lançou seu primeiro disco na década de 1970. Mas foi na década seguinte, em 1980 que Ivone conseguiu, a façanha de se tornar referência por reaproximar a música e o estreitar os laços políticos entre Angola e Brasil ao participar dos shows do projeto “Kalunga” idealizado pelo produtor Fernando Faro. Ao lado de Dona Ivone também estavam o casal Francis e Olivia Hime, Clara Nunes, Dorival Caymmi, Martinho da Vila, Djavan, Edu Lobo, Chico Buarque e tantos outros músicos brasileiros numa lista que beirava setenta artistas.
https://www.youtube.com/watch?v=7MzsqtNfmIw
Do enfrentamento ao racismo à lesbofobia entre tantas outras formas de discriminação que já passou e sentiu na pele, a cantora e compositora Ellen Oléria se tornou reconhecida no país após vencer a primeira temporada do programa “The Voice”. Da mulher negra da periferia à homossexualidade, dos palcos aos palanques da rua por onde leva seu ecoar junto aos movimentos sociais, Ellen sabe sobre o genocídio da população negra, da importância cultural e social que o hip hop representa nas comunidades periféricas até chegar aos palcos do público da higth society. Além de ser brasiliense, ter nascido na cidade planejada, na capital do país, foi na periferia onde teve toda a sua criação, em Taguatinga.
Conterrânea de Ellen, mas radicada em Curitiba, foi na raça que cantora e compositora Janine Mathias consolidou sua arte. Quando chegou por aqui, desempregada, não conhecia nada e quase ninguém. Aos poucos, desbravando a cidade, de serviços domésticos à vendedora, da economia criativa à cozinha e da maturidade à música a acompanha desde o berço. Filha de sambista, fez do seu rapsoul a sua canção e verdade. Desde que lançou em 2012 o EP “Eu Quero Mergulhar” fez jus ao nome e mergulhou fundo sem medo de errar em seu canto, verdade e raiz.
Do rapsoul ao “Meu Rapjazz” este é o nome do single que fez da rapper Tássia Reis destaque em todo o Brasil. Desde o lançamento do seu primeiro álbum, a garota que já fazia rima no colégio, no interior de São Paulo, hoje ultrapassa mais de 200 mil views com seu primeiro clipe. Tem plena consciência do seu papel quanto artista, mulher e negra. Cantar não é apenas por arte, é também posicionamento político. O canto e a verdade expressa em seu novo single “Desapegada” lançado no final de 2015 ela manda a real e desabafa ‘ninguém manda na sua vida, ela criou um jeito novo de viver (…) ser independente é só o início’.
E quando mamacita fala a verdade é plena. Prata da casa, a rapper curitibana Karol Conká é a contemporaneidade pop e rompe com todos os estereótipos. Vai do ‘gueto ao luxo’, se joga na pista, fala com propriedade sobre o que é ser negra, rapper e ter nascido na periferia de Curitiba. Para uma cidade que vive em moldes e rótulos de embranquecimento, como sugeriu o professor, escritor, jornalista, historiador e crítico literário, Wilson Martins no livro “Um Brasil diferente: ensaio sobre fenômenos de aculturação no Paraná”, Conká é a antítese necessária para a terra do leitê-quentê. Do boqueirão para o mundo Conká de fato tombou o Brasil em 2015 com o lançamento do single “Tombei”, já passou da casa dos dois milhões de views. Tombou? Lacrou.
E se hoje em dia, quando Elza Soares canta “A Carne” em seus shows e se enaltece é com toda a razão. Afinal, em sua atual turnê “A Mulher do Fim do Mundo”, ela deixa claro que tem sido novamente a cantora da ‘da carne mais cara’ e eternamente a “melhor cantora do milênio” pela BBC, antes mesmo da queen Bey.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história sobre traumas geracionais, Familia reconstrói a trama familiar de Luigi Celeste, um jovem de 20 anos que se envolve com um grupo fascista enquanto enfrenta o legado destrutivo deixado por Franco, seu pai ausente, violento e autoritário. Depois de uma infância conturbada e um casamento abusivo, Luigi, seu irmão Alessandro e sua mãe Licia vivem juntos em Roma, são muito próximos e sofrem ainda as consequências de um passado bárbaro repleto de memórias terríveis. Já se passaram dez anos desde que viram seu pai e marido pela última vez. Um dia, Franco resolve voltar e restabelecer a família que deixou para trás sob o mesmo regime de medo e abuso doméstico. Baseado numa história real, Familia investiga o abismo complexo das ideologias extremistas, dos ciclos de violência que acompanham demônios internos mal resolvidos.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Redenção, onze anos após o assassinato de seu marido pelo grupo basco ETA, Maixabel Lasa (Blanca Portillo) se vê diante de uma escolha difícil: aceitar o pedido de perdão de um dos assassinos, Luis Carrasco (Urko Olazabal). Enquanto isso, Ibon Etxezarreta (Luis Tosar), outro dos assassinos, enfrenta o isolamento e a rejeição dos ex-amigos e companheiros de prisão. A narrativa mergulha na jornada de reconciliação de Maixabel, que lidera a Associação das Vítimas do Terrorismo, buscando entender não apenas o porquê dos atos de violência, mas também a possibilidade de perdão e paz. Enquanto ela se prepara para encontrar Luis, Ibon busca redenção e confronta o peso de suas ações passadas. Baseado em eventos reais, Redenção é uma história de dor, perdão e a busca pela reconciliação em meio ao legado do terrorismo, desafiando os personagens a superar o ódio e encontrar a humanidade em meio ao conflito.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Misericórdia é um longa dirigido por Alain Guiraudie e indicado ao Festival de Cannes 2024. A narrativa acompanha Jérémie (Félix Kysyl), um homem de 30 e poucos anos que volta para a sua cidade natal para prestar seus últimos agradecimentos ao seu antigo patrão e padeiro da aldeia. No entanto, o que era para ser uma visita breve se transforma em uma trama mais interessante quando eventos misteriosos começam a se desenrolar. Jérémie se vê envolvido em um desaparecimento inexplicável que lança uma explosão de acontecimentos na pacata comunidade de Saint-Martial. Enquanto tenta desvendar esse mistério que nem sabe como se enfiou, ele se depara com um vizinho ameaçador, cujas intenções suspeitas o deixam em estado de alerta constante. Além disso, as ações duvidosas de um clérigo local lançam dúvidas sobre a integridade da igreja na cidade. Com Martine (Catherine Frot), a viúva do padeiro, ao seu lado, Jérémie embarca em uma jornada para desvendar segredos sombrios que assombram sua cidade natal, enfrentando perigos imprevistos e reviravoltas inesperadas ao longo do caminho.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história delicada sobre descobertas e amizade nesse filme sobre esporte com uma abordagem sensível. Em Sol de Inverno, a patinação artística é o motivo para o encontro entre dois atletas em formação e um treinador. Ambientado em uma pequena ilha japonesa, a vida gira em torno da mudança das estações. O inverno é época de hóquei no gelo na escola, mas Takuya (Keitatsu Koshiyama) não está muito entusiasmado com isso. Seu verdadeiro interesse está em Sakura (Kiara Nakanishi), uma estrela em ascensão da patinação artística de Tóquio, por quem ele começa a desenvolver um fascínio genuíno. O técnico e ex-campeão Arakawa (Sôsuke Ikematsu) vê potencial em Takuya e decide orientá-lo para formar uma dupla com Sakura para uma próxima competição. À medida que o inverno persiste, os sentimentos aumentam e ambos formam um vínculo harmonioso. Mas mesmo a primeira neve eventualmente derrete.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Dirigido por Alessandra Dorgan, Luiz Melodia – No Coração do Brasil é um documentário que busca celebrar a vida e obra do cantor e compositor brasileiro Luiz Melodia. A produção conta a história do artista que, ao abraçar sua liberdade musical e originalidade, desafiou muitas normas do mercado fonográfico e cultural brasileiro. Com materiais raros e inéditos de arquivo, também reflete a importância cultural de seu legado e da cena musical à qual ele contribuiu desde os anos 70. Com uma narração em primeira pessoa, o documentário coloca Luiz Melodia para contar sua própria história e trajetória da infância aos palcos. Os altos e baixos da carreira se encadeiam com performances ao vivo de canções marcantes do cantor.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um homem fica preso no espaço após um terrível acidente. Em The Moon: Sobrevivente, um membro da tripulação espacial (Do Kyung-Soo) é deixado para trás, sozinho no espaço. O ano é 2030 e o projeto de exploração lunar progredia com sucesso, até um infeliz infortúnio, uma explosão solar, deixar o astronauta Hwang Seon-woo à deriva como o único sobrevivente de toda uma tripulação morta. Enquanto isso, na Terra, no centro de controle, o ex-chefe da Estação (Sol Kyung Gu) não mede esforços para conseguir resgatá-lo. Todavia, ele precisará contar com a ajuda da atual diretora e general da Estação Espacial (Kim Hee Ae), convencê-la e superar as tensões. Só assim ele poderá salvar a vida do astronauta e trazê-lo de volta a Terra em segurança.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
A lua está cheia e o terror está à solta. Lobisomem, a mais recente criação da Blumhouse e do diretor e roteirista Leigh Whannell, conhecido por seu trabalho em O Homem Invisível, promete levar o público a um novo nível de pavor. Neste arrebatador conto de horror, um homem deve lutar para proteger a si mesmo e sua família quando eles se tornam alvos de um lobisomem mortal. À medida que a lua cheia ilumina a noite, o grupo é perseguido, aterrorizado e assombrado por uma criatura que personifica seus piores pesadelos. Com a tensão crescendo a cada momento e o perigo sempre à espreita, Lobisomem promete uma experiência cinematográfica intensa e inquietante, explorando o medo primal que surge quando o sobrenatural se torna uma ameaça real. Prepare-se para uma noite de terror que você nunca esquecerá.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um drama biográfico de uma grande artista em busca de sua identidade. Angelina Jolie interpreta Maria Callas, uma das mais icônicas cantoras de ópera do século XX no filme Maria, dirigido pelo aclamado Pablo Larraín. O longa retrata o período em que a soprano greco-americana se refugia em Paris, após uma vida pública marcada pelo glamour e pela turbulência. O filme Maria Callas revisita os últimos dias da lendária artista, destacando o momento em que ela reflete sobre sua trajetória e identidade na Paris dos anos 1970. Depois de se dedicar ao público e à sua arte, Maria decide encontrar consigo mesma e encontrar sua própria voz e identidade. Esse é um retrato e uma investigação psicológica de uma mulher que teve o mundo ao seus pés e marcada pelos holofotes da fama.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em MMA – Meu Melhor Amigo, acompanhamos Max Machadada (Marcos Mion), um grande campeão de MMA que passa pelo fim de sua carreira, afastado dos ringues enquanto se recupera de uma lesão séria no ombro. Quando descobre ser pai de um menino autista de 8 anos, ele precisa enfrentar os dois maiores desafios de sua vida: o primeiro é compreender o seu filho e conquistar seu carinho, já o segundo é rever os seus valores e se preparar para a maior luta da carreira, a sua última chance de uma grande volta. Max precisa se preparar emocional e fisicamente para enfrentar os desafios de cuidar do seu filho e se transformar no pai que ele precisa, assim como de dar a volta por cima na sua carreira profissional. Não abandonar os pontos e seguir aprendendo serão os lemas de Max e sua nova família.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula no fim das contas. Em O Homem do Saco, uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por uma criatura mitológica maligna, o Homem do Saco. Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Aqui, produção do diretor Robert Zemeckis, se ambienta em um único lugar: a sala de uma casa. Acompanhando diversas famílias ao longo de gerações, todas conectadas por este espaço tempo que um dia chamaram de lar. Usando esse espaço único para ilustrar as transformações ocorridas em diversas eras, desde os primórdios da humanidade. Richard (Tom Hanks) e Margaret (Robin Wright) são um casal prestes a deixar o lar onde colecionaram uma emocionante jornada de amor, perdas, risos e memória, que transportaram desde o passado mais distante até um futuro próximo. Apresentando uma viagem pela linha do tempo da humanidade, contada de forma emocionante e surpreendente, onde tudo acontece em um único lugar: Aqui.
Data de lançamento: 16 de janeiro.