Minhas pulseirinhas do Bonfim arrebentaram. As duas. Na mesma semana. Com uma diferença de apenas dois dias entre elas. Depois de um ano e meio contribuindo com meu look, as duas arrebentam. Quase juntas.
A laranja rompeu na quinta e a vermelha, sábado. Não foi em nenhum momento com altas taxas de probabilidade de arrebentações, como banho, lavagem das mãos, engate em um anel, ou relógio, ou em qualquer coisa que pudesse forçar os frágeis fios. Foi de supetão. Foram. As duas.
Quinta-feira, eu ergui o braço esquerdo e caiu a laranja. Sábado, no mesmo ritual a vermelha se joga do meu pulso. Com o ridículo intervalo de quarenta e oito horas entre elas. Depois de quase dois anos amarradas em mim, se desgastaram e desfiaram, igualmente, rumo à extinção.
Claro, pode-se alegar que são do mesmo material, e que as diferenças de pigmentação laranja ou vermelha certamente não influem em seus prazos de validade. Também estando as duas pulseirinhas no mesmo punho, passaram ao longo da vida pelas mesmas condições de temperatura e pressão. Mas depois de todo esse tempo, me enroscando, desigualmente, cutucando as fitas objetivando acelerar o momento da ruptura, em frequências também desiguais, e mesmo assim, nem sinal de proximidade de rompimento, já achava que aquelas fitas seriam parte definitiva do meu corpo. Mas em uma semana qualquer, as duas estouram, sem aviso prévio ou justa causa evidente, praticamente juntas, como se tivessem combinado de cair fora.
Pareceu mesmo coisa do Senhor do Bonfim dando o recado: pedidos devidamente cumpridos, pelo menos os possíveis. Obrigado pela preferência. E de novo me encontro no mesmo questionamento habitual de quando se rompe uma fitinha do Bonfim, funciona ou não? Porque, por óbvio, faz tanto tempo daqueles nós, e vivíamos em uma realidade tão diferente da atual, que nem tomando cápsulas de Ginkgo biloba todos os dias lembraria o que mentalmente pedi.
Como amarrei os seis desejos no punho esquerdo em dezembro de dois mil e dezenove, a pandemia não foi nem citada. Então estão descartados quaisquer pedidos de vacina, fim da pandemia, vida normal, enfim – os desejos não contemplavam essa ficção cientifica real. Agora, se o Senhor do Bonfim fez seu trabalho perfeitamente? Isso tenho certeza que não – sempre acabo fechando pelo menos um nozinho em uma Mega Sena. Não me lembro em qual fitinha foi, nem em qual nó, mas certamente o fiz. E na realização desse, posso garantir que ele falhou. Mas também, considerando o teor do pedido, a quantidade de devotos, turistas ou supersticiosos que devem fazê-lo, se o Senhor do Bonfim fosse atender todo seu público, a Mega nunca acumularia e o prêmio seria tão dividido que não pagaria nem meu investimento realizado ao longo dos anos nas quartas e sábados.
Quanto aos outros cinco nós, posso afirmar que foquei em pedidos bem genéricos: com o tempo que leva para arrebentar uma fitinha do Bonfim no meu pulso, desejos muito específicos podem ser uma armadilha. Ainda mais para mim, que mesmo não tendo nenhuma casinha em Gêmeos, mudo de ideia com certa facilidade. Ou não. Como a indecisão também não ajuda, foco sempre nos genéricos – com as fitinhas funcionando quase como um eterno looping de pedido de proteção e vida plena. Digo looping pois assim que arrebenta uma fita, trato de amarrar outra uma no braço (tenho no fundo da minha gaveta um verdadeiro arco-íris de estoque).
No fim, se o Senhor do Bonfim realizou meus desejos ou não, isso novamente não tenho certeza. Mas já é hora de novos nós, e dessa vez vou anotar. E sabendo que ficará aí um bom tempo no meu braço, escolho agora uma azul e uma vermelha, já garantindo a saúde no ano novo e para combinar com as comemorações de outubro do ano que vem, respectivamente.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.