Às vezes, a dificuldade de escrever um bom título é um desafio muito mais intenso do que escrever o próprio texto – imagine o título de uma coluna. Para mim, não existe esse às vezes. Sou assumidamente ruim de títulos. Sou ruim de títulos a ponto de quase colocar Ruim de Títulos para o nome da coluna, com direito a negrito, caixa-alta e sublinhado. Entre as trezentas e dezenove outras opções que planaram pela minha cabeça, algumas tão descartáveis e voláteis que nem gastei a tinta da caneta, o Ruim de Títulos estava nos finalistas.
Para evitar palavras negativas já no nome da coluna, acreditando no poder da atração e aquela coisa toda, temendo uma impossibilidade eterna de conseguir virar uma expert no assunto – ou pelo menos algo um pouco mais aceitável do que a atual situação- achei melhor desclassificar o Ruim de Títulos e colocar logo o que melhor me representa e representa essa coluna. (Afinal, eu devo em algum momento ter feito um titulozinho bom). Então ficou .docx (Eu sei, provavelmente essa não foi uma das exceções).
Pensando em uma forma de agrupar e nomear a coluna com meus textos a partir de um tema, depois de horas vasculhando as gavetinhas do meu cérebro, percebi que o agrupador em comum era justamente a página em branco do Word. Aquela página, que vezes fica aberta ali – com o cursor, por horas, piscando na tela sem palavras, marcando o passar do tempo ritmado como um metrônomo, gotejando uma pressão psicológica e anunciando um possível bloqueio.
Como o formato de salvar arquivos no Word é .docx, esse é o tema: textos aleatórios da rotina, fora da rotina, ficção, realidade, sentimentos, momentos, ou qualquer outra nóia que me fez perder alguns minutos de atenção. A única relação entre eles, é que são criados a partir das batidas dos meus dedos no teclado para, no fim, serem salvos no formato .docx.
Outro ponto que pesou na balança das hipóteses foi que .docx é o nome de meu grupo, comigo mesma, no WhatsApp – melhor sacada para um bate papo online com as diferentes personalidades do meu eu. Lá me mando mensagens ou áudios – curtos demais para quem fala sozinha – com ideias de crônicas, contos, frases ou qualquer resquício de texto. Só me respondo na manhã seguinte, por vezes com uma leve dor de cabeça – levar a ideia para a cama pode trazer bons sonhos, ou páginas. Apago para todos quando vejo que faltou qualquer tipo de conexão nas mensagens – nestas manhãs a dor de cabeça geralmente é mais intensa, mas nada que um café quente com leite gelado e cinco minutos de sono a mais não possam resolver.
Como tenho uma necessidade imensa de dar significado às coisas – sou do tipo que usa corrente com três pingentes pendurados, cada um com um sentido diferente – com a escolha do título da coluna não poderia ser diferente. E .docx tem seus porquês.
Ante o exposto, me apresento em frações – cada texto com um pouco de mim, ainda que em diferentes percentuais. Exercendo meu lado advogada, defendendo meu título de gosto duvidoso. Nos vemos em quinze, seguindo na luta por um título bom, salvo em .docx.
Escritora de crônicas, contos e devaneios – com pingos de realidade e respingos de imaginação – divide seu tempo desproporcionalmente entre a advocacia e a escrita. Na .docx, um pouco desses textos sem pretextos.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.