Após a 2ª Guerra Mundial, Hollywood viveu a Era de Ouro dos Musicais, e mesmo com a queda desde então no número de produções, é comum anualmente um longa-metragem se destacar no que podemos considerar um “musical moderno”. Foi assim com Moulin Rouge! (2001), Chicago (2002), O Fantasma da Ópera (2004), Dreamgirls (2006), Nine (2009), Mamma Mia! (2008), Os Miseráveis (2012) e até o recente La La Land (2016).
A maior parte desses musicais teve grande destaque nas principais premiações do cinema, como Oscar e Globo de Ouro, e com O Rei do Show não será diferente. O longa já garantiu três categorias no Globo de Ouro de 2018 (Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Canção Original) e é um forte candidato para disputar, ao menos, a categoria de Melhor Canção Original no Oscar por This Is Me.
De origem humilde e desde a infância sonhando com um mundo mágico, P.T. Barnum (Hugh Jackman) desafia as barreiras sociais se casando com a filha do patrão do pai e dá o pontapé inicial na realização de seu maior desejo abrindo uma espécie de museu de curiosidades. O empreendimento fracassa, mas ele logo vislumbra uma ousada saída: produzir um grande show estrelado por freaks, fraudes, bizarrices e rejeitados de todos os tipos.
Com referências visuais semelhantes a de Baz Luhrmann, o diretor estreante Michael Gracey consegue transformar o espetáculo circense em um espetáculo cinematográfico. Deixando de lado o comprometimento com a veracidade, Gracey segue as convenções que o gênero musical consolidou ao longo dos anos, explorando o lúdico e concretizando em tela o pacto existente entre obra e expectador: naquele universo em que a narrativa acontece, vale tudo. E com o tempo, o incômodo que a primeira quebra narrativa – para a inserção de uma música – causa logo é esquecido. As músicas, inclusive, são responsabilidade de Benj Pasek and Justin Paul – os mesmos compositores das canções de La La Land – não tinha como dar errado.
Hugh Jackman, no auge dos seus 49 anos, entrega mais uma atuação impecável – como já estamos acostumados. Mas ter um protagonista de peso recebendo tanto destaque – como acontece no longa – tem seus problemas. Preocupada em fazer com a história de Hugh fique em evidência – o que parece óbvio, uma vez que este é o protagonista – a narrativa negligencia personagens tão interessantes e promissores quanto o herói(?). É o caso dos personagens de Zac Efron e Zendaya, que tem o seu romance bem explorado no início do filme, porém, logo perde espaço para mais e mais Hugh Jackman. Entretanto, mesmo com pouco tempo de tela, o casal é responsável por uma das mais belas canções do longa: Rewrite The Stars.
A construção dramática também não é o forte do filme. Conflitos e obstáculos são resolvidos com a mesma facilidade e rapidez com que aparecem, fazendo com que os personagens não tenham que enfrentar verdadeiramente os desafios presentes no enredo. Mas isso não necessariamente enfraquece a narrativa, que continua tocante e com cenas deslumbrantes esteticamente. No fim, tudo parece perdoável quando todos estão em cena cantando, dançando e entregando uma mensagem de aceitação e amor.
O Rei do Show estreia neste Natal (25), mas alguns cinemas estão realizando sessões de pré-estreia durante toda a semana.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.