O que é a constelação familiar, afinal?

Onde começa a sua História?

No dia em que você começou a traçar seus próprios caminhos? Ou foi no dia em que você nasceu? Ou teria sido antes mesmo, no dia em que seus pais se casaram, ou quem sabe, no dia em que eles se conheceram? Mas, e caso seus avós não tivessem se conhecido… Então, onde mesmo que começaria a sua História?

A nossa História é muito, mas muito antiga mesmo, e começa com o nascimento de cada um de nossos antepassados. Cada um deles! Não pode faltar nenhum, pois faltando um sequer, já não seriamos como somos. Cada um deles trouxe a nós um pedaço do que somos agora, primeiro a união de nossos pais, antes a união de nossos avós e antes deles a união dos nossos bisavós, e assim antes destes também.

E cada um deles, além de nos presentear com a Vida e com o nosso DNA, deixou-nos também uma herança cultural, emocional e psicológica, que acessamos diariamente e manifestamos através de nossos comportamentos, ações, pensamentos, e também através de nossos anseios, medos e até mesmo nossos traumas e pesadelos.

Possuímos uma memória pessoal e uma memória transgeracional. A memória pessoal é resultado dos acontecimentos vivenciados por nós nesta vida, e as memórias transgeracionais são aquelas que chegam até nós através de nossos sentimentos e emoções, que são fruto de acontecimentos ocorridos na vida de nossos antepassados. Mas como acessamos essas memórias? Através da “mínima comparação”.

A mínima comparação é aquele “déjà vu” que nos alerta sobre algo que já vivemos, e que pode ser algo bom ou algo ruim. Quando é algo bom, sentimos alegria, mas e se o “déjà vu” for de algo ruim, um trauma, uma perda, um sofrimento? Então termos sensações e emoções nos trarão tristeza e dor, e até mesmo sensações alerta e perigo… Então como posso identificar uma memória transgeracional?

Toda dor e sofrimento, que vai além daquilo que é proporcional ao contexto daquele sofrimento, que parecem ir além do que se aplicaria para aquele contexto, uma dor que é desproporcional, pode ser uma memória transgeracional, acessada através do gatilho da “mínima comparação”.

Acessar essas memórias pode nos causar dores e sensações tão reais quanto aquelas vivenciadas por nossos antepassados. E é nesse ponto que a Constelação Familiar atua. Através da observação dos personagens envolvidos naquele evento, representados por bonecos de E.V.A, em um recipiente com água, e com o auxilio especializado do terapeuta constelador podemos trazer á luz os sentimentos dos evolvidos, e com olhar amoroso e de compaixão, encerrar um ciclo de dor. Através da água, a energia do campo pode nos revela como os envolvidos estão posicionados, e então o constelador pode intervir nestes movimentos de alma, com frases assertivas e olhares de inclusão e perdão, reorganizando a dinâmica do campo morfogenético da pessoa que busca ajuda.

Parece complicado? Na teoria sim, mas na prática, acredite, é muito emocionante! Aproveite o restante do fim de semana e pesquise no Youtube por atendimento de Constelação da Água, eu tenho certeza que você irá se surpreender com o que o campo é capaz de nos informar.

SPOILERS: Na próxima semana: O que é a Psicogenealogia …

Por Kelly Von Knoblauch
18/07/2021 12h19