Como já estamos falando há algum tempo, a Netflix não para mais de crescer. Focada agora em produções originais, está investindo forte em seus próprios filmes. O Mínimo Para Viver segue nesse ideal expansão, mas vai muito mais além. Pois representa outra característica que a companhia vem tentando abordar em seus produtos: temas “ignorados” que necessitam atenção.
Seja em séries sobre depressão, autismo ou em filmes que abordam indústria alimentícia, ditaduras e até mesmo com documentários reveladores. A Netflix vem conseguindo atrair artistas que desejam trazer a verdade ao mundo, e os incentiva para tal. Seguindo na contramão de grandes estúdios hollywoodianos que visam lucros sem afetar a imagem das produtoras. E é desta forma que O Mínimo Para Viver surge, para chocar e sensibilizar.
Protagonizado por Lily Collins, a produção deve méritos totais a atriz pela dedicação e transformação para tal papel. Com direção e roteiro de Martin Noxon, ela é conhecida nos trabalhos televisivos e principalmente pela reveladora série ‘UnREAL’. Há alguns dias no catálogo, O Mínimo Para Viver apresenta a vida de Ellen (Collins), que convive com internações e extrema magreza por causa da sua doença: anorexia nervosa. Tentando achar uma solução para este distúrbio alimentar, ela recorre ao tratamento pouco usual de um médico (Keanu Reeves).
Não tem como não se chocar ao ver o estado em que a protagonista se encontra, sério. Você passa o filme todo analisando como é possível chegar naquele estado e ter tais ações. E da mesma forma que Noxon não fica escancarando isso, é perceptível que as próprias personagens não têm noção do que passa com elas (vide a cena final). É uma doença, mais comum do que nós imaginamos (talvez não em estados tão agravantes), que assim como muitas outras não possuí espaço algum para serem debatidas.
O Mínimo Para Viver executa tal função de alerta com seriedade. E faz sua parte como aviso de uma doença tão conhecida como a anorexia e ao mesmo tempo tão menosprezada. Todos os envolvidos na produção trataram de esclarecer desde o começo que o filme foi construído com base em relatos daqueles que sofrem com estes distúrbios, tudo para evitar uma possível romantização do tema. Podemos dizer que atingiram o objetivo com sucesso, pelo menos se tratando da mensagem.
Como filme, O Mínimo Para Viver é bem instável e se permitida uma análise minuciosa acaba por revelar diversos problemas. Muitas situações são colocadas em cena, todas de forma superficial e mal desenvolvidas. A presença do tal médico é bem contestável, assim como o tratamento que ele utiliza. Porém, o ponto que mais incomoda é a presença de Luke (Alex Sharp), um garoto que beira o insuportável e ainda o empurram como par à protagonista.
A Netflix está de parabéns por tal abordagem e por levar tal conteúdo mundo afora. O Mínimo Para Viver é mais neste marco importante seguido por tal ideal, e funciona bem como alerta. Tratar de um tema como este não é fácil, assim como não é nada fácil analisar um filme tão delicado assim. É um longa arrastado e até mesmo cansativo, não teria como ser diferente, mas o que fica é a mensagem que transmite. O Mínimo Para Viver causa desconforto e o faz refletir, difícil terminar de assisti-lo sem ter ficado chocado com alguma das situações apresentadas.
Nota: 7,5
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.