Em todo o mundo, no 18 de maio, é comemorado o Dia Internacional dos Museus. A data é uma forma de incentivar as pessoas a visitar esses espaços, que agregam arte e história com potencial transformador. Curitiba conta com dezenas de museus e casas de exposições, desde os temáticos até grandes ambientes que renovam suas mostras. O valor cultural dos museus é destacado por profissionais da área, que veem esses espaços como essenciais.
“Acredito que o setor educativo dos museus deve ser tão importante quanto o coração para o ser humano”, opina a artista visual Marília Diaz. Professora aposentada da Universidade Federal do Paraná e autora de diversos livros, participou de mais de 110 exposições pelo Brasil e até em outros países. Em Curitiba, já atuou em espaços como o MUSA (Museu de Arte da UFPR) e Museu Casa Alfredo Andersen, além de ter exposto em eventos como o Salão Paranaense e a Mostra de Escultura João Turin. “No MUSA, eu recebia alunos e professores tentando alargar os horizontes. O público vem carregado de referências, e temos que ter a sensibilidade para saber lidar com isso”, conta.
Mais do que abrir as portas, os museus precisam dialogar com as pessoas que os visitam. “Desenvolvo projetos fazendo com que as pessoas compreendam a importância da arte e a importância de estar dentro dos museus sendo partícipes dessas produções artísticas”, explica Marília. A artista lembra quando recebia crianças vindas da periferia de Curitiba no Museu Alfredo Andersen. “Apresentávamos, primeiramente, o espaço como casa, mesmo, relacionando com a realidade das crianças. Depois, eu procurava tirar elementos muito próximos da criança. Por exemplo, a obra que mostrava Lírio, o cachorro da família de Andersen, e muitas crianças tinham convívio com animais, o que aproximava a obra do pintor à vida daquelas crianças”.
Desmistificar o museu como um lugar inacessível é um papel atual dos profissionais ligados à museologia, área do conhecimento que estuda museus, coletando, organizando e conservando peças de valor artístico, histórico, científico e cultural. A gratuidade em museus é um grande diferencial para atrair público. O Museu da Fotografia e o Museu da Gravura, por exemplo (ambos localizados no Solar do Barão) são abertos sem custo ao público. O Museu Oscar Niemeyer, que cobra ingressos a partir de R$ 15 nas terças e de quinta a domingo, promove a entrada gratuita toda quarta-feira.
Os museus, que costumavam ser pensados como ambientes diferenciados quando traziam obras de arte ou itens históricos, vem trazendo cada vez menos essas diferenciações. “Na contemporaneidade, é indissociável arte e história, porque contextualizamos, fazemos links entre elas”, Marília opina. O MON, por exemplo, tem hoje em seu acervo mostras de itens centenários africanos, bem como grandes artistas paranaenses como Poty Lazzarotto e diversas atrações contemporâneas. “Posso começar uma aula sobre Idade Média e fazer um adensamento dentro da obra de Hieronymus Bosch, estabelecendo redes de relações, porque tudo está conjugado, não existem mais gavetas”, a professora descreve.
A visita e apreciação de museus pode ser até uma experiência nova para muitos visitantes, desacostumados a esse tipo de atividade. Mas, ao vencer as barreiras como valor de ingressos ou falta de contato com o espaço, há muito a ser ganho nessa vivência. “É impossível você passar pela experiência da contemplação sem absorção”, explica a artista visual. “Por isso, a importância do silêncio, da continuidade desse exercício, da experiência estética, sinestésica”.
Quem quer iniciar nessa jornada de apreciação de museus, pode seguir os passos de Marília: “Há três palavras para isso: ler, ver e fazer. Quanto mais lermos, fizermos e quanto mais estivermos dentro dos espaços expositivos, mais vamos aprofundar, mais vamos ampliar nosso referencial”. Deixar-se entreter pelo conteúdo dos museus, cada vez mais interativos e versáteis, é essencial para essa experiência. Objetos históricos ou mesmo telas contemporâneas ajudam a pensar e desenvolver novos olhares sobre a vida. “Há que se começar de algum lugar, persistir, resistir e se transformar numa pessoa mais plena com senso crítico aprofundado, com conhecimentos diversos para poder ter uma escuta mais aprofundada, ter uma fala diversificada e um conhecimento mais pleno”, Marília completa.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.