Mundo Estranho: Com história repetida, o filme impressiona com a criação de mundo

Foto: Reprodução/Disney

E lá vamos nós! Inspirado numa atração dos parques da Disney, Mundo Estranho acompanha uma família de exploradores em uma aventura espetacular. E de fato é espetacular. O novo mundo que os Clade desbravam é impressionante, o que é uma boa distração para o plot repetido.

O filme dirigido pela dupla responsável por Raya e o Último Dragão, Don Hall e Qui Nguyen, traz pela terceira vez o drama familiar a uma animação da Disney. Depois da mãe e da avó de Red: Crescer é Uma Fera e Encanto, Mundo Estranho escolheu a figura paterna para impor decisões e expectativas nos seus filhos.

Infelizmente a fórmula feita para os millennials não é bem executada no lançamento do estúdio. Talvez pela repetição do plot, ou talvez pela desinteressante disputa ente vocações que os pais tentam impor ao protagonista, o resultado final não se equipara aos seus similares.

Colocando o – grande – problema de lado, a animação não é de todo o mal. A outra lição inserida no roteiro é bem executada. Apesar de estranho, o mundo em que a família Clade vive ainda é afetado pelas decisões de sua população. A beira do colapso ambiental, os aventureiros encontram uma solução para o problema que apesar de causar um atraso na vida moderna é eficaz. A ideia de viver em harmonia com o meio ambiente ao invés de deturpá-lo para o próprio ganho é bem aproveitada no longa, mesmo sendo um pouco utópica.

Mundo Estranho, se nada mais agradar, é lindo de se ver. Cada detalhe e metáfora do filme é bem colocado. Desde as escolhas das cores aos formatos das criaturas da dimensão fantástica onde se passa maior parte do filme, é claro o trabalho dos animadores fazendo valer a escolha do gênero para contar a história.

O longa, mesmo com seus problemas, ainda é uma animação da Disney que vale a pena assistir. Ethan Clade é o primeiro protagonista LGBTQIA+ em um longa animado do estúdio. Desta vez não é apenas uma menção ou um frame, mas um primeiro amor típico de um adolescente, o que deixa o personagem ainda mais relacionável.

Por Deyse Carvalho
26/11/2022 20h10

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