por Luiz Felipe Caldarelli
Artistas trans, corpos gordos, vidas “anormais”, o Grupo Selvática usa o teatro para questionar padrões e discutir convencionalidades. É o que faz a peça “Adoráveis Transgressões”, em cartaz no Festival de Curitiba nos dias 31 de março e 1º de abril – com ingressos esgotados. Mas a companhia conhecida pela nudez em cena, também promete um espetáculo com figurinos, comédia e provocação. Os integrantes aceitam – com muito orgulho – o rótulo de os mais transgressores da capital.
A forma de ver o mundo da diretora teatral Leonarda Glück se traduz na excentricidade do grupo, que questiona os padrões de vida considerados normais. “O mundo tá cagado!”, exclama a dramaturga. Mulher trans, atriz, escritora, ela fez história nos 11 anos da equipe Selvática. O orgulho de quebrar barreiras e sair da caixa marca a resistência da artista. “Respeito a família tradicional, mas não preciso ser igual”, declara. Glück diz que transgredir é uma necessidade vital, se não você vai ficar no porão com a sua família. Ela fez uma citação à fala do escritor curitibano Dalton Trevisan, que dizia que em toda família havia um “louquinho no porão”.
As diversas formas do grupo teatral de tornar visível o invisível se tornou um lema de vida para uma das integrantes, Stéfani Belo. Ela também é mulher trans e considera o movimento do cabaré um meio de relembrar as pessoas de que seu corpo não será esquecido e sua voz não será diminuída. “Nós precisamos fugir destes espaços invisíveis”, comentou a artista. A retomada dos holofotes, segundo ela, é de extrema importância para que possamos discutir incessantemente sobre as necessidades das mulheres transexuais no Brasil.
A insistência na coletividade é um grito de guerra para a Selvática. O diretor Gabriel Machado entende a união das 23 pessoas envolvidas na peça como uma maneira de persistir. Para ele, a diversidade do grupo – em todos os aspectos possíveis – segue fazendo história em cada local que eles se apresentam no país. Ricardo Nolasco, também responsável pela direção da obra, explica que a peça destaca um formato de cabaré desenvolvido pelo grupo que marcou o nome da Selvática.
No início de janeiro, os artistas começaram a se dedicar à textualidade de Leonarda Glück e do franco-argentino Copl, inspirados pela obra do dramaturgo russo Anton Tchekhov, para darem vida ao espetáculo “Adoráveis Transgressões”. “Foi um processo de experimentação profundo dos textos”, afirmou o ator Leo Bardo.
A atriz mineira Marina Viana explicou que enxerga uma similaridade no cenário teatral de Curitiba e de Belo Horizonte. Para ela, sua geração, que inclui a maioria dos integrantes da Selvática, contagiou outros grupos com suas formas de resistência em cena. “Eu acho que nossas ações foram reverberando a uma série de filhinhos”, ressaltou Marina.
Quando: 31 de março e 1º de abril de 2023
Onde: Teatro Zé Maria (Rua Treze de Maio, 655)
Horário: 20h30
Ingressos: esgotados
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