Volta e meia produções baseadas na Bíblia aparecem por aí, normalmente seguindo uma linha dramática e chamando atenção de fiéis. Enfim, Maria Madalena teve sua vida retratada às telonas com destaque total à sua própria jornada. O filme chegou aos cinemas nesta quinta (15) e apesar de querer oferecer uma jornada “inédita”, acaba ficando numa bem filmada mesmice.
Rooney Mara foi a escolhida para o papel da única mulher presente na Última Ceia, nesta cinebiografia dirigida por Garth Davis. Os dois já trabalharam juntos anteriormente no indicado ao Oscar ‘Lion – Uma Jornada para Casa’, primeiro trabalho do diretor. O elenco ainda conta com Joaquin Phoenix como Jesus, Chiwetel Ejifor sendo Pedro e Tahar Rahim vivendo Judas. O roteiro será assinado por estreantes em Hollywood, sendo elas a dupla Helen Edmundson e Philippa Goslett.
O drama épico/bíblico acompanha Maria Madalena (Mara), ainda jovem e que vai atrás de uma vida diferente do que a lhe é imposta pela hierarquia. Indo contra sua família, acaba se encontrando ao lado de Jesus (Phoenix) e conquistando um importante espaço no movimento social.
Maria Madalena está sofrendo com a baixa aprovação nos países onde foi lançado, mas nada comparado ao baque nos EUA. A produção seria distribuída por lá pela Weinstein Company, porém a empresa foi levada a falência após os casos de assédio/abuso sexual envolvendo seu dono e desta forma o filme ficará sem ser lançado.
Se a expectativa criada era que o filme apresentasse uma mulher “desconhecida” por muitos, melhor deixar de lado. Até recebemos uma protagonista forte em cena e que conduz muito bem quando necessário. O grande porém está quando o talvez coadjuvante Jesus aparece e toma para si o protagonismo. Voltamos a presenciar a tão conhecida e batida saga de Cristo que culmina com sua morte/ressurreição. Maria é deixada literalmente de lado.
A obra de Garth Davis peca por um ritmo extremamente lento, diálogos arrastados e uma trilha sonora natural até demais. Ou seja, tornando Maria Madalena cansativo e longe de despertar o interesse que deveria. São poucos momentos que se mostram válidos e “inéditos”, que tragam uma nova visão à sua história de vida e relação com Cristo. Junto de um elenco quase inteiramente caucasiano (que não condiz com o Oriente Médio), infelizmente não mostra a que veio. O maior ponto de destaque aqui é a exclusão do boato de que ela seria prostituta, hipótese desmentida pela própria igreja recentemente; o que temos é uma mulher bem a frente de seu tempo e se isso já causa estranheza/desconforto aos retrógrados de hoje em dia, imagine naquela época.
Sem querer causar uma impressão errada, Maria Madalena parece ter sido apenas um ideal para levar a história de Jesus novamente aos cinemas. Nada contra os acontecimentos de sua vida serem retratados, o problema está quando tomam conta de uma película supostamente distinta. Tirando uma passagem ou outra, Maria Madalena desaparece em meio dum filme de estética belíssima, só que completamente sem foco.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.