Mãe também é mulher

Dia das mães é uma data ótima para reconhecer tudo o que elas fazem pela gente. Elas são realmente fantásticas e desempenham o papel mais difícil do mundo. Mas muitas mulheres ao tornarem-se mães esquecem-se de ser mulher e passam a tratar o papel de mãe como o mais importante da vida. É preciso equilíbrio e consciência para ter uma vida saudável.

E um filho não precisa de uma mãe perfeita, ele precisa de uma mãe saudável e feliz. Para uma mulher ser saudável e feliz, ela precisa estar conectada com a sua essência.

Quando estamos desconectadas da nossa essência feminina, talvez não saibamos responder a essa questão: o que é o feminino?

O feminino está relacionado a fluidez, ao acolhimento, ao cuidado, a proteção, a responsabilidade e também a uma força.

Uma mulher conectada com o feminino flui como a água, é acolhedora e se preocupa com quem ama, tem instinto de proteção e responsabilidade, se preocupa com a natureza e sabe usa-la a seu favor. É forte e corajosa.

Ser feminina não é dizer sim para tudo, não é aceitar tudo, é saber fluir, aceitar a impermanência da vida, mas acima de tudo, saber o que é bom para si mesma. É saber o que queremos para a nossa vida. É saber como conquistar nossos sonhos e realmente andar nesse caminho, não desistir até realizar.

É amar e acolher aos outros, mas não é colocar filhos em primeiro lugar. Não é desempenhar apenas o papel de mãe ou filha ideal. É saber olhar para você.

Tem muitas mulheres que se preocupam muito com os outros, com a opinião dos outros, com a crítica dos outros, com o que os outros vão pensar dela, como o outro está. E se esquecem de que na verdade elas precisam em primeiro lugar se perguntar o que eu quero, o que eu preciso, do que eu sinto falta, o que é bom para min, porque me sinto vazia mesmo que aparentemente esteja tudo bem.

O feminino é uma grande reconexão com tudo, com a natureza, com os animais, com a terra, com o próprio corpo, com as emoções, com o sentir.

Então quando nos reconectamos com o feminino, não estamos apenas nos reconectamos com a gente, estamos nos reconectamos com o mundo, com as relações, estamos conseguindo ser doces e fortes ao mesmo tempo. Saímos do lugar do feminino distorcido que é a submissão e a obediência.  

Ainda vemos muitas mulheres que preferem se calar pra garantir esse lugar que elas estão, uma casa confortável, um casamento, uma vida aparentemente estável. Que preferem dizer que esta tudo bem porque não querem atrapalhar.

Ou ainda aquelas que preferirem dizer que são super mulheres, que não precisam de ninguém, que dão conta de tudo, mas isso cansa, isso esgota e estressa e então elas estão tão acostumadas a resolverem tudo sozinhas  que nem sabem como pedir ajuda, porque nem se lembram mais como faz isso.

A mulher nasce mulher para desenvolver principalmente sua essência feminina, e é dessa reconexão essencial que ela mais precisa.

Por Luiza Franco
09/05/2016 09h00