Os adereços que chamaram atenção no Connect Week, evento que trouxe para Curitiba painéis de inovação do Brasil e do mundo, não eram feitos de pedras preciosas. Olhando de perto, o manequim e os mostruários do stand do projeto Tech Girls surpreendiam. Eram colares, brincos e até um look curioso todo feito com peças de computador. O que as joias high-tech revelavam, na verdade, era um trabalho intenso de aproximação de mulheres para o mercado de tecnologia por meio da arte.
Unindo diferentes frentes, o projeto Tech Girls foi criado em 2017 objetivando favorecer a inclusão digital de mulheres em vulnerabilidade social. “É um projeto de impacto socioambiental que reutiliza lixo eletrônico para capacitar essas mulheres na área de software”, comenta Gisele Lasserre, fundadora da iniciativa.
Parte da dificuldade inicial do projeto Tech Girls foi acessar as mulheres e mostrar que a tecnologia pode ser, sim, um espaço delas. Para isso, desenvolveram uma técnica própria de ensino. A Metodologia Afetiva de Ensino em Tecnologia começa com a oficina de acessórios em lixo eletrônico, batizado de Bijouxtech. A partir desse olhar criativo para a tecnologia, unindo luxo e inovação na moda, afetam a autoestima das mulheres e mostram as possibilidades dessa área.
“A primeira vez que fiz o curso nas periferias, encontrei resistência”, lembra Gisele. “Elas não sabiam o que era ser uma programadora de software, não se interessavam, por não saber exatamente de forma prática o que essa carreira permitia. Encontrei essa forma lúdica que nós, mulheres, gostamos muito, que são as atividades de artesanato e técnicas manuais. Uma vez que a autoestima é conquistada, elas continuam percorrendo nosso curso até a fase final de programação”.
As participantes criam brincos e colares a partir de peças como teclas, placas-mães e memórias RAM dos computadores. Essa fase também ajuda a repensar sobre a quantidade de lixo eletrônico produzido e as possibilidades de reutilização dessas peças. “A questão da arte e lixo eletrônico conecta emocionalmente essa mulher que nunca ligou um computador antes. Serve para aproximar essa mulher que tem essa preocupação, esse medo, e mostrar que a tecnologia é algo possível para ela participar”, a fundadora da Tech Girls explica.
Mas esse é só o primeiro momento do projeto. Depois, passa-se a discutir questões como empreendedorismo digital e manutenção de aparelhos como notebooks. Assim, vão se introduzindo as partes mais técnicas da área de tecnologia da informação, do hardware ao software. Na sequência, aprendem princípios de programação e desenvolvimento de softares. Ao final do projeto, que dura em torno de dois meses, presencialmente e gratuito, elas levam para casa o notebook que recuperaram. “Do começo ao fim, nosso projeto tem aplicação do lixo eletrônico”, explica Gisele.
Por trabalhar com lixo eletrônico recuperado (inclusive aceitando doações), a Tech Girls também traz um impacto ambiental. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos 2021, divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil contabilizou 27,7 milhões de toneladas de resíduos recicláveis por ano. A falta correta de reciclagem pode representar uma perda de R$ 14 bilhões anualmente, de acordo com a Abrelpe. Recuperar materiais sólidos é também uma questão econômica.
Mais de 500 mulheres já foram atendidas pela iniciativa Tech Girls. Com novas habilidades e um olhar mais apurado e treinado para a tecnologia, o curso permite a centenas de mulheres a busca pela independência financeira e uma entrada no mercado de trabalho. A iniciativa já obteve reconhecimento internacional, vencendo o Women in Tech Latam Awards, reconhecimento importante da presença de mulheres na tecnologia.
Além de Curitiba, o projeto já está presente em outras cidades, como São Paulo (SP), Taubaté (SP) e Florianópolis (SC). Para doar peças eletrônicas, basta entrar em contato pelo site e redes sociais.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.