Quando estreou em 2000, X-Men: O Filme deu início a saga dos mutantes no cinema. A trilogia original, que abordava a segregação entre homo sapiens e homo superior (mutantes), foi a grande responsável pela explosão de filmes de heróis, agora encarados como franquias. 17 anos depois, 9 filmes depois, chegamos ao último de Hugh Jackman – que deu vida ao Wolverine.
Wolverine sempre recebeu muito destaque nos filmes X-Men – o que era uma reclamação constante dos apaixonados pelos quadrinhos, que clamavam pelo aprofundamento de personagens como Vampira, Tempestade, Noturno. Inevitavelmente, por ter um maior tempo em tela, não houve como o público não se apegar ao mutante. No primeiro filme, (assim como nós) ele era o “personagem novato” – que nunca teve contato com os X-Men e com o Instituto Charles Xavier para Jovens Superdotados. Tudo de novo que ele viu e lhe foi explicado, nós também vimos e nos foi explicado simultaneamente.
Agora, 25 anos depois*, é ele que vem nos mostrar e explicar o que aconteceu com o mundo mutante – e não havia como encerrar essa jornada de outra maneira.
*X-Men: O Filme foi ambientado em 2004, Logan em 2029.
Os X-Men, que já derrotaram inúmeros vilões nesses 17 anos, encontraram na velhice um inimigo comum que não pode ser combatido. Logan – o mutante que tem o envelhecimento retardado por seu poder de cura – finalmente começa a enfrentar o peso da idade, quando seus poderes já não dão mais conta de regenerar seus ferimentos. E se a idade abalou Logan, ela destruiu Charles Xavier (Patrick Stewart). O cérebro mais poderoso do mundo agora tem alzheimer, e o Professor X não é mais capaz de controlar seus poderes. Logan e Caliban (Stephen Merchant) se encarregam então de cuidar daquele que um dia foi seu mentor.
O futuro distópico em que esses personagens se encontram equivale ao da HQ O Velho Logan, de Mark Millar e Steve McNiven, mas a semelhança termina aí. Há anos sem o registro do nascimento de novos mutantes, militares investem na inseminação a partir do DNA de mutantes, gerando crianças prontas para a guerra – projeto semelhante ao Arma X, que deu o esqueleto de adamantium ao Wolverine. O projeto dá errado e, enquanto Logan e Charles tentam proteger uma das crianças – X-23 (Dafne Keen) -, temos a chance de entender melhor o que realmente aconteceu nesses 25 anos que culminou na queda dos mutantes.
A classificação indicativa do longa (R – violência brutal, linguagem forte e breve nudez) não é à toa. As sequências de luta apresentam imagens extremamente gráficas – como o Wolverine rasgando o rosto de um homem e abrindo seu peito -, mas tudo é muito dosado, sem exageros e sem gratuidade. Ainda assim, definitivamente, este não é um filme para crianças.
O compromisso com a cronologia (inexistente) dos outros filmes dos mutantes é zero, e o longa toma um caminho muito diferente dos filmes de heróis. O foco de Logan (filme) não é o Wolverine e suas habilidades, mas sim o homem que atravessou séculos, perdeu seu amigos mutantes, seus amores, sua humanidade. Pela primeira vez, um filme da série aprofunda no psicológico do personagem e temos a oportunidade de entender suas reais motivações e medos. A relação professor/aluno de Charles e Logan é elevada a pai/filho, e são nas cenas entre os dois que vemos que o filme não se trata dos heróis, mas das pessoas por trás dos poderes – e que agora pagam o preço por tê-los.
Com referências sutis ao primeiro filme da franquia, Logan encerra um ciclo sem o compromisso de dar início a outro. E apesar de sugerir uma narrativa que poderia ser explorada em uma sequência, a cena final é tão impactante que seria um crime contra esse filme deixar outra imagem na cabeça de seu espectador que não seja a que antecede os créditos finais.
Logan chega hoje (02) aos cinemas.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.