Intuição

Nas profundezas do nosso mar interior, reside uma força singular poderosíssima. Algo pujante, forte, irracional.

Alguns chamam de dádiva, dom, vocação. Eu, prefiro chamar de intuição!

Lembro de ser uma pessoa intuitiva desde muito pequena, uns quatro ou cinco anos. Um serzinho desconfiado, frágil, indefeso… Uma criança que ainda não conhecia nada sobre o mundo, muito menos sobre como esse “mecanismo” com tantos sentimentos confusos, funcionava! Diante disso, toda vez que a minha intuição tentava se comunicar, eu sentia medo e preferia não lhe dar ouvidos. Toda vez que “ela” pedia para eu não fazer algo, eu ignorava. Preferia correr o risco! Então eu fazia, sofria, e também chorava muito depois. Um choro enfurecido, eu ficava tão zangada comigo mesma, pois lá no fundo, eu sabia, eu tinha certeza que aquilo iria, ou não, acontecer…

Com o passar do tempo, depois de alguns tombos, eu decidi dar um voto de confiança a esse sentimento. Aprendi que autoconhecimento pode ser dolorido e um pouco assustador. Algo profundo, que não se aprende da noite para o dia, na verdade se conhecer é um longo e interminável processo… Uma jornada dura, mas que vale muito a pena pelos benefícios que você começa a colher.

Hoje em dia a minha intuição funciona como uma espécie de bússola, e está sempre de prontidão, não importa o horário, o local, a situação. Ela está sempre aqui, cem por cento disponível para me orientar pelos complexos labirintos da vida…

Intuição é a alma que fala! Quando essa voz soprar baixinho dentro do seu coração, não tenha medo e lhe dê abrigo. No momento em que você abraça a sua própria energia, a sua ancestralidade grita para a mulher forte que vive em você! Ela sim! Rainha, Soberana, Absoluta, saberá exatamente o que fazer para sobreviver, e se julgar necessário fará você ressurgir das cinzas.

Acredite no poder da sua intuição!

Por Bruna Andrade
19/08/2021 17h22