E entre a nossa casa e o nosso trabalho também, William Shakespeare!
Da minha casa até o meu trabalho, por exemplo, são cinco tubos de distância. Tubo, para quem não é daqui, é uma estrutura cilíndrica de vidro e metal, que serve como ponto de ônibus, mas com uma particularidade: você entra neles e uma porta levadiça do ônibus desce e cria uma espécie de ponte que liga você e o tubo (“vamos construir uma ponte em nós?”, diriam Sandy e Junior). Certa vez, uma amiga de um amigo meu (é sempre assim, né? Você nem conhece a pessoa e já está repassando a história) veio do interiorzão do estado, de alguma cidadezinha bem rural, entrou num tubo e perguntou que “horas ele saía”. Na cabeça dela, o tubo era o ônibus. Achei fofo.
Enfim, agora que eu já perdi o foco, como é de praxe, voltarei ao que interessa. Como eu disse, da minha casa ao trabalho são cinco tubos de distância, e, hoje, enquanto ia trabalhar, resolvi dar uma olhada no trajeto utilizando o Google Maps, o que me levou a migrar para o Street View, atitude que culminou aqui, neste texto.
Acontece que, diariamente, passamos sempre pelos mesmos locais. A rotina definitivamente cria padrões para os nossos dias, principalmente geográficos. Não adianta, a maioria de nós sabe exatamente onde estará às 15h da tarde e, mais que isso, conhece bastante – ou acha que conhece – o trajeto que realiza automaticamente todo santo dia para ir ou voltar seja lá de onde for. O que me faz contestar este nosso conhecimento é a experiência que tive com as ferramentas Google hoje cedo, e eu quero compartilha-la com você.
Funcionou assim: digitei nos campos do Google Maps o meu endereço de casa e o endereço do trabalho e decidi explorar virtualmente alguns locais curiosos que encontrei pelo caminho e que eu não fazia ideia de que existiam. Acredite, foi inusitado. Saca só:
Logo de cara me deparei com um local chamado “Caverna”. Minha semiótica obviamente me lembrou de Platão e do tal mito, mas o lugar não tem nada a ver com isso – obviamente (?). Na verdade, eu não fazia ideia do que era a tal da “Caverna”, no entanto, como mostra a foto abaixo, percebi que escoteiros frequentam o local. Claro que eu “dei um Google”, o que me fez descobrir que, entre a minha casa e o trabalho, existe um local de escalada indoor, cujo nome é “Caverna Escalada”. Quando que eu ia saber disso? Nunca! Justamente porque eu jamais procuraria um local de escalada. Sou sedentário, me desculpe. Entretanto, agora, quando me perguntarem, já sei exatamente onde existe um. Alguém me pergunta, please?
Um outro lugar que me chamou muito a atenção no mapa foi a “Topo Leilões”. Sim, agora você deve estar se perguntando: WHAAAT? Pois é, um local onde são realizados leilões. A-HAM, tipo aqueles de filme. Gente, sério, coloquem as suas melhores roupas e me acompanhem, porque eu sempre quis estar em um desses. Quem dá mais? RISOS.
Ainda viajando no maps, sério, me surpreendi. Encontrei um local de nome curioso e resolvi clicar. Estou falando da “Deborah Bruel – Arte na Faixa”. Com certeza cliquei no “pin” por motivos de “nome inusitado”, e não me arrependo.
O que encontrei foi um dos 20 pontos da cidade nos quais artistas fizeram intervenções nas faixas de pedestre para conscientizar a população sobre os riscos de não utilizar este recurso de segurança. A iniciativa foi da Prefeitura de Curitiba, por ocasião da Semana Nacional do Trânsito, só que tudo isso em 2010! SIM, 5 anos se passaram, eu não fazia ideia de que isso tinha acontecido aqui na cidade, e, eu não sei você, mas odeio não saber das coisas.
Ao todo, a Prefeitura convidou 20 artistas para modificarem uma das listras que compõem as faixas, a fim de chamar a atenção dos pedestres com a seguinte assinatura: “Agora que você reparou, atravesse na faixa”. Ah, e a Deborah Bruel foi uma das convidadas. Inteligente, não? Separei um link aqui para vocês conferirem na íntegra caso queiram. E separei também a foto da faixa que a Deborah Bruel modificou. =)
Enfim, eu não vou dar conselhos aqui nesta coluna – mentira, é claro que eu vou! Jamais perderia a oportunidade. Ok, de verdade, não darei conselhos, focarei nas sugestões. Sugerir é um termo que a psicologia usa e que data o ano de 1174. No começo ele era considerado demoníaco, vocês acreditam? Porém, fiquem tranquilos, porque eu juro para vocês que não tem mensagem subliminar neste texto, beleza?
Voltando AGAIN! Sugerir é um termo que carrega toda uma significação, eu sei, mas aqui vai apenas como uma sugestão despretensiosa mesmo. Sugiro, então, que você conheça o seu território, a sua quadra, os seus vizinhos. Para jovens como nós que sonham em desbravar o mundo, não conhecer sequer a rua de trás é, no mínimo, uma contradição. E o que está perto, aí mesmo do seu ladinho, acredite você ou não, pode te surpreender muito – serve também para as pessoas!
Para encerrar, gostaria de compartilhar com Shakespeare uma foto da vã filosofia dele (?). Até a próxima.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.