O livro de Guimarães Rosa, que já foi chamado de “infilmável”, ganhou mais uma adaptação cinematográfica. “Grande Sertão”, do diretor Guel Arraes, chega aos cinemas nessa quinta-feira (06/06), trazendo o clássico de Guimarães Rosa para um cenário contemporâneo. Equilibrando a ação com a linguagem complexa do autor, o diretor apresenta uma obra múltipla e dinâmica.
“Grande Sertão: Veredas” é um clássico da literatura nacional, mas não é fácil de ler. Traz reflexões fragmentadas de Riobaldo, o protagonista, sobre as dificuldades vividas no Sertão, em algumas localidades entre Minas Gerais e Bahia. Riobaldo se coloca entre a briga do jagunço Joca Ramiro e o político Zé Bebelo, conhece Diadorim e vive com ele uma complicada relação. O livro se tornou um marco da prosa experimental modernista. Nessa complexidade da linguagem e no formado não-linear da narrativa é que se encontram desafios para a adaptação. Ao invés de fugir dessas questões, Guel Arraes as abraça e torna forças de seu filme.
Em “Grande Sertão”, Caio Blat interpreta muito bem um Riobaldo já idoso relembrando dos tempos idos, intercalando cenas de passado e presente. Suas falas e a interpretação mais teatral, em especial nesses momentos de narração, conseguem manter o espírito do livro, tendo ainda o ritmo acelerado e cadenciado de fala que flerta com o repente. A história adaptada para tempos contemporâneos coloca o cenário do Sertão em meio a favelas e uma briga entre bandidos e policiais, que cruzam linhas morais nem sempre tão bem definidas.
A relação entre Riobaldo e Diadorim é o grande trunfo do filme. É difícil manter o mistério de que Diadorim é uma mulher, afinal é a grande revelação no final do livro. Hoje, com diferentes adaptações da um livro tão conhecido, o segredo é bem conhecido, o que tira um pouco a carga dramática do fim. A atuação de Luisa Arraes, contudo, consegue manter o interesse na história e cria cenas dramáticas potentes com Caio Blat.
O elenco todo apresenta grandes performances, contando com nomes como Rodrigo Lombardi, Eduardo Sterblitch, Luis Miranda e Mariana Nunes. A dinâmica das cenas dá agilidade, assim como a velocidade dos diálogos bem construídos no roteiro de Guel Arraes com Jorge Furtado. É com essas atuações que a direção consegue manter as peculiaridades da prosa de Guimarães Rosa.
O longa-metragem já estreia premiado: Arraes ganhou Melhor Direção no Critic’s Pick no Tallin Black Nights Film Festival, na Estônia. Para o público brasileiro, o apelo é ainda maior, pois traz interesse pelo clássico da literatura com um trabalho bem construído no cinema.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.