Começa que eu nunca quis ser boa mãe. Nenhuma mãe quer ser só boa mãe. A gente quer honrar 100% do tempo aquela frase escrita com lápis de cor e letra tremida, no cartãzinho feito na escola: VOCÊ É A MELHOR MÃE DO MUNDO.
Persegui essa ideia loucamente. Louca mesmo. Mal vestida, descabelada, com o rosto todo manchado, sem saber onde terminavam as olheiras e começavam os melasmas, e correndo, sabe Deus pra onde e pra quê, mas toda mãe que se preza sempre está correndo.
Procurei a perfeição por tudo. Nas noites em claro, nos banhos que não tomei, nos choros que engoli. Até que um dia, olhei bem pra minha cara no espelho e falei: você não encontrou a perfeição, né Luciane? Pois se eu for aí e achar, você vai ver uma coisa. Me armei daquela determinação de mãe que quer provar que está certa, procurei, procurei e não achei (de novo).
Quer saber? Eu cansei. E quando uma mãe fala que cansou é porque a coisa tá bem feia (mentira, a gente faz drama às vezes). Decidi que se eu conseguir ser uma boa mãe nas horas que meus filhos mais precisarem, tá excelente. O resto, na volta a gente compra.
Concluído isso, achei que estava tudo ok e que a vida voltaria a ter algum equilíbrio. Me animei com a ideia de ser uma mãe mais leve e menos exigente comigo mesma e, aos poucos, fui retomando coisas simples que há tempo eu não fazia, como pintar as unhas, por exemplo.
Coloquei um desenho na TV para as crianças, deixei um lanchinho pronto e fui pro meu canto com meu esmalte favorito. Pintei no capricho e terminei bem feliz, porque não é sempre que a gente acerta uma manicure sozinha. Até que meu momento curtição foi rasgado por um grito: – Manhêêêê, acabei. Quem é mãe sabe bem o que uma criança quer dizer com isso. Para quem não sabe, eu traduzo: Mãe, terminei de fazer cocô, já pode vir me limpar. Poxa. Não era hora de cagar, né? Fiquei muito louca da vida. Mas só até chegar na porta do banheiro e ver aquele toco de gente me esperando sentadinho, sorridente, com os pezinhos balançando, porque ainda não conseguiam tocar o chão. Pergunta se nessa hora a gente calcula que vai grudar papel higiênico no esmalte molhado. É claro que não. A mãe incorpora de um jeito que só depois de terminar o trabalho sujo, lavar aquelas mãozinhas gordinhas e ouvir a criança contando a parte que mais gostou do desenho, é que a gente vai se tocar que tem um esmalte todo borrado para arrumar.
Também fazia parte do meu plano de equilíbrio, encarar com leveza temas críticos, porém comuns na educação dos filhos. Até que meu filho soltou o primeiro palavrão. Como é que a gente faz agora? Raciocínio lógico: para não falar palavrão, o primeiro passo é saber o que é palavrão. Com conversas muito francas e o patrocínio de alguns youtubers, que a gente bloqueia na internet de casa, mas as crianças sempre dão um jeito de assistir, o Teo foi entrando em contato com o vocabulário que atenta contra a moral, de A a Z. Coube a mim explicar os significados e os sinônimos recomendados para conviver em sociedade. Já sobre quando um palavrão é permitido, ele foi descobrindo na prática. Como no dia que um motorista muito l@Z@:3#+0 me envolveu em um acidente de graça. Aproveitei a ocasião para explicar que l@Z@:3#+0 a gente só diz quando bate o carro. Acredito que assim, fui matando a curiosidade dele e dei liberdade para que ele me perguntasse sobre tudo antes de sair repetindo.
Deixa eu contar a razão do raciocínio lógico que citei ali em cima. A Lara tinha 4 aninhos. Terminou a aula de natação e eu estava dando banho nela, assim como várias outras mães. Isso tudo naquele clima amistoso, mas no fundo, no fundo, competitivo, o que é próprio de quando duas ou mais mães se reúnem em torno dos filhos (a gente sabe que é assim, não fala, mas sabe). Foi aí que minha peixinha soltou em alto e bom tom o resumo da sua performance: – Mãe, hoje eu nadei como uma piranha. (pausa dramática) Mais com vontade de rir do que com vergonha, perguntei: como assim piranha? – Ué mãe, você nunca viu que as piranhas são muito rápidas e espertas. (ufa) Ah, claro. Nesse dia aprendi que as crianças só serão capazes de não falar palavrões em momentos impróprios, se elas souberem exatamente o que é considerado palavrão.
Outro desafio que toda mãe enfrenta é o de não dar cobertura para o filho quando ele vem pra cama dos pais. Aqui, uma confissão: eu não consegui resolver isso totalmente até hoje. Basta um filme com alguma cena de suspense mais forte para ativar a imaginação monstruosa do Teo e, no meio da noite, ele vir na ponta do pé me acordar com o dedinho batendo no meu ombro, igual um pica-pau. Eu nem abro os olhos, só levanto a coberta para ele entrar, faço uma conchinha, me arrependo de ter jogado dinheiro fora com o livro “Crianças francesas não fazem manha” e durmo agarrada no meu bebê, que tem quase a minha altura. Quando amanhece vem a cobrança de não ter sido mais firme. Mas daí penso: ele não superou alguns medos infantis ainda, mas já aprendeu a acolher, acalmar e respeitar as inseguranças das outras pessoas, por mais bobas que possam parecer. Não aprendeu coragem ainda, mas aprendeu empatia. Concordo que não chegamos lá, mas estamos no caminho.
Não tem jeito. A maternidade é feita muito mais de improvisos do que de planos. De intuição do que de regras. É o único amor que conheço realmente incondicional.
Essa coluna veio para provar que o primeiro dia útil da semana não precisa e nem merece ser azedo. Quando o despertador tocar, sorria e pense: hoje não é segunda, é sexta menos 4. Não é dia de iniciar academia, nem dieta. É simplesmente o dia de começar bem a semana, com a ajuda das crônicas despretensiosas da Lu Krobel, que transforma, em textos leves e divertidos, acontecimentos reais do seu dia a dia. São as obrigações, os direitos e os deleites da vida, pelos olhos e pelo coração de uma mulher intensa, que, para cada ataque de nervos, tem outro de risos.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história sobre traumas geracionais, Familia reconstrói a trama familiar de Luigi Celeste, um jovem de 20 anos que se envolve com um grupo fascista enquanto enfrenta o legado destrutivo deixado por Franco, seu pai ausente, violento e autoritário. Depois de uma infância conturbada e um casamento abusivo, Luigi, seu irmão Alessandro e sua mãe Licia vivem juntos em Roma, são muito próximos e sofrem ainda as consequências de um passado bárbaro repleto de memórias terríveis. Já se passaram dez anos desde que viram seu pai e marido pela última vez. Um dia, Franco resolve voltar e restabelecer a família que deixou para trás sob o mesmo regime de medo e abuso doméstico. Baseado numa história real, Familia investiga o abismo complexo das ideologias extremistas, dos ciclos de violência que acompanham demônios internos mal resolvidos.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Redenção, onze anos após o assassinato de seu marido pelo grupo basco ETA, Maixabel Lasa (Blanca Portillo) se vê diante de uma escolha difícil: aceitar o pedido de perdão de um dos assassinos, Luis Carrasco (Urko Olazabal). Enquanto isso, Ibon Etxezarreta (Luis Tosar), outro dos assassinos, enfrenta o isolamento e a rejeição dos ex-amigos e companheiros de prisão. A narrativa mergulha na jornada de reconciliação de Maixabel, que lidera a Associação das Vítimas do Terrorismo, buscando entender não apenas o porquê dos atos de violência, mas também a possibilidade de perdão e paz. Enquanto ela se prepara para encontrar Luis, Ibon busca redenção e confronta o peso de suas ações passadas. Baseado em eventos reais, Redenção é uma história de dor, perdão e a busca pela reconciliação em meio ao legado do terrorismo, desafiando os personagens a superar o ódio e encontrar a humanidade em meio ao conflito.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Misericórdia é um longa dirigido por Alain Guiraudie e indicado ao Festival de Cannes 2024. A narrativa acompanha Jérémie (Félix Kysyl), um homem de 30 e poucos anos que volta para a sua cidade natal para prestar seus últimos agradecimentos ao seu antigo patrão e padeiro da aldeia. No entanto, o que era para ser uma visita breve se transforma em uma trama mais interessante quando eventos misteriosos começam a se desenrolar. Jérémie se vê envolvido em um desaparecimento inexplicável que lança uma explosão de acontecimentos na pacata comunidade de Saint-Martial. Enquanto tenta desvendar esse mistério que nem sabe como se enfiou, ele se depara com um vizinho ameaçador, cujas intenções suspeitas o deixam em estado de alerta constante. Além disso, as ações duvidosas de um clérigo local lançam dúvidas sobre a integridade da igreja na cidade. Com Martine (Catherine Frot), a viúva do padeiro, ao seu lado, Jérémie embarca em uma jornada para desvendar segredos sombrios que assombram sua cidade natal, enfrentando perigos imprevistos e reviravoltas inesperadas ao longo do caminho.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história delicada sobre descobertas e amizade nesse filme sobre esporte com uma abordagem sensível. Em Sol de Inverno, a patinação artística é o motivo para o encontro entre dois atletas em formação e um treinador. Ambientado em uma pequena ilha japonesa, a vida gira em torno da mudança das estações. O inverno é época de hóquei no gelo na escola, mas Takuya (Keitatsu Koshiyama) não está muito entusiasmado com isso. Seu verdadeiro interesse está em Sakura (Kiara Nakanishi), uma estrela em ascensão da patinação artística de Tóquio, por quem ele começa a desenvolver um fascínio genuíno. O técnico e ex-campeão Arakawa (Sôsuke Ikematsu) vê potencial em Takuya e decide orientá-lo para formar uma dupla com Sakura para uma próxima competição. À medida que o inverno persiste, os sentimentos aumentam e ambos formam um vínculo harmonioso. Mas mesmo a primeira neve eventualmente derrete.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Dirigido por Alessandra Dorgan, Luiz Melodia – No Coração do Brasil é um documentário que busca celebrar a vida e obra do cantor e compositor brasileiro Luiz Melodia. A produção conta a história do artista que, ao abraçar sua liberdade musical e originalidade, desafiou muitas normas do mercado fonográfico e cultural brasileiro. Com materiais raros e inéditos de arquivo, também reflete a importância cultural de seu legado e da cena musical à qual ele contribuiu desde os anos 70. Com uma narração em primeira pessoa, o documentário coloca Luiz Melodia para contar sua própria história e trajetória da infância aos palcos. Os altos e baixos da carreira se encadeiam com performances ao vivo de canções marcantes do cantor.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um homem fica preso no espaço após um terrível acidente. Em The Moon: Sobrevivente, um membro da tripulação espacial (Do Kyung-Soo) é deixado para trás, sozinho no espaço. O ano é 2030 e o projeto de exploração lunar progredia com sucesso, até um infeliz infortúnio, uma explosão solar, deixar o astronauta Hwang Seon-woo à deriva como o único sobrevivente de toda uma tripulação morta. Enquanto isso, na Terra, no centro de controle, o ex-chefe da Estação (Sol Kyung Gu) não mede esforços para conseguir resgatá-lo. Todavia, ele precisará contar com a ajuda da atual diretora e general da Estação Espacial (Kim Hee Ae), convencê-la e superar as tensões. Só assim ele poderá salvar a vida do astronauta e trazê-lo de volta a Terra em segurança.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
A lua está cheia e o terror está à solta. Lobisomem, a mais recente criação da Blumhouse e do diretor e roteirista Leigh Whannell, conhecido por seu trabalho em O Homem Invisível, promete levar o público a um novo nível de pavor. Neste arrebatador conto de horror, um homem deve lutar para proteger a si mesmo e sua família quando eles se tornam alvos de um lobisomem mortal. À medida que a lua cheia ilumina a noite, o grupo é perseguido, aterrorizado e assombrado por uma criatura que personifica seus piores pesadelos. Com a tensão crescendo a cada momento e o perigo sempre à espreita, Lobisomem promete uma experiência cinematográfica intensa e inquietante, explorando o medo primal que surge quando o sobrenatural se torna uma ameaça real. Prepare-se para uma noite de terror que você nunca esquecerá.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um drama biográfico de uma grande artista em busca de sua identidade. Angelina Jolie interpreta Maria Callas, uma das mais icônicas cantoras de ópera do século XX no filme Maria, dirigido pelo aclamado Pablo Larraín. O longa retrata o período em que a soprano greco-americana se refugia em Paris, após uma vida pública marcada pelo glamour e pela turbulência. O filme Maria Callas revisita os últimos dias da lendária artista, destacando o momento em que ela reflete sobre sua trajetória e identidade na Paris dos anos 1970. Depois de se dedicar ao público e à sua arte, Maria decide encontrar consigo mesma e encontrar sua própria voz e identidade. Esse é um retrato e uma investigação psicológica de uma mulher que teve o mundo ao seus pés e marcada pelos holofotes da fama.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em MMA – Meu Melhor Amigo, acompanhamos Max Machadada (Marcos Mion), um grande campeão de MMA que passa pelo fim de sua carreira, afastado dos ringues enquanto se recupera de uma lesão séria no ombro. Quando descobre ser pai de um menino autista de 8 anos, ele precisa enfrentar os dois maiores desafios de sua vida: o primeiro é compreender o seu filho e conquistar seu carinho, já o segundo é rever os seus valores e se preparar para a maior luta da carreira, a sua última chance de uma grande volta. Max precisa se preparar emocional e fisicamente para enfrentar os desafios de cuidar do seu filho e se transformar no pai que ele precisa, assim como de dar a volta por cima na sua carreira profissional. Não abandonar os pontos e seguir aprendendo serão os lemas de Max e sua nova família.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula no fim das contas. Em O Homem do Saco, uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por uma criatura mitológica maligna, o Homem do Saco. Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Aqui, produção do diretor Robert Zemeckis, se ambienta em um único lugar: a sala de uma casa. Acompanhando diversas famílias ao longo de gerações, todas conectadas por este espaço tempo que um dia chamaram de lar. Usando esse espaço único para ilustrar as transformações ocorridas em diversas eras, desde os primórdios da humanidade. Richard (Tom Hanks) e Margaret (Robin Wright) são um casal prestes a deixar o lar onde colecionaram uma emocionante jornada de amor, perdas, risos e memória, que transportaram desde o passado mais distante até um futuro próximo. Apresentando uma viagem pela linha do tempo da humanidade, contada de forma emocionante e surpreendente, onde tudo acontece em um único lugar: Aqui.
Data de lançamento: 16 de janeiro.