Nós amamos o Festival de Curitiba e você sabe disso, afinal, já conversamos muito sobre ele por aqui. Neste sentido, sempre ficamos de olho em toda a programação, acompanhamos os espetáculos – dentro e fora dos teatros – e, claro, não deixamos os artistas em paz nunca haha.
Dessa vez, o redator que vos fala ficou encarregado de conversar com o ator e compositor Cláudio Lins <3 sobre o musical “O Beijo no Asfalto”, que Curitiba receberá nos dias 28 e 29 de março no Teatro Ópera de Arame.
A obra, originalmente escrito por Nelson Rodrigues a partir de uma encomenda feita pela maravilhosa Fernanda Montenegro, data a década de 60 e foi revisitada por Lins, que, além de interpretar o famigerado Arandir, também é o responsável pela trilha original do espetáculo.
Cláudio Lins gentilmente nos respondeu algumas perguntinhas e você pode conferir as respostas em primeira mão logo abaixo. Bora?
Como artista, qual é a sensação de levar adiante uma obra com um histórico tão grande de sucesso e com percussores tão talentosos como o autor Nelson Rodrigues e a atriz Fernanda Montenegro?
Este é um dos meus textos favoritos do Nelson, e quando eu comecei a trabalhar nele eu nem sabia que inicialmente se tratava de uma obra encomendada pela Fernanda, o que foi uma surpresa maravilhosa. Além de todo este histórico de sucesso, poder interpretar Arandir é um sonho e uma responsabilidade muito grande.
Levar ao palco um espetáculo já premiado como O Beijo no Asfalto traz a você uma tranqüilidade maior como produtor ou a ansiedade consegue superar até mesmo um histórico de sucesso?
Com certeza contar com prêmios no histórico do espetáculo é algo bom, mas subir ao palco é sempre uma sensação única, ainda mais quando se trata de um dos – se não o – festivais mais importantes do país. E os detalhes sempre geram ansiedade, por mais que conheçamos a peça há tempos.
É de conhecimento que Nelson Rodrigues vez ou outra trouxe ao palco personagens inspirados em seus colegas. Alguma vez você já trouxe para alguma produção um personagem inspirado em alguém do seu convívio?
As pessoas sempre são fontes de inspiração para os artistas. Eu estou sempre observando os conhecidos próximos, as pessoas na rua, os trejeitos e personalidades que, uma hora ou outra, podem servir de referência para algum personagem, bem como Nelson tanto fez.
De todo o espetáculo, você consegue me dizer se há alguma parte da trilha, do texto, das coreografias é mais especial para você? O emociona mais?
Sem sombra de dúvida a última cena, que é um solo do Arandir. Ela exige muito do artista e significa muito para o personagem. E por ser uma cena final, o encerramento do espetáculo, a ansiedade gerada ao redor dela colabora para que tudo fique ainda mais emocionante.
Trazer para o Festival um espetáculo emblemático para a arte e cultura nacionais em tempos políticos tão controversos é um desafio? O que o teatro e as artes em geral podem ensinar para o brasileiro hoje?
O Beijo no Asfalto é sobre uma fofoca levada até os últimos fins, algo que pode ter um paralelo com os últimos acontecimentos políticos do país. Assim como na peça, a imprensa também leva a conhecimento público meias-verdades, e isso sempre, não estritamente agora. Qualquer notícia é um ponto de vista, é um fato analisado apenas por uma perspectiva, e é nisso que o brasileiro precisa prestar atenção.
Curitiba sedia atualmente as investigações da operação Lava Jato, e isso, juntamente com outros fatores do contexto político, trouxe para uma cidade – assim com para o país – uma atmosfera instável, o que você, como um artista reconhecido e que desenvolve nitidamente iniciativas culturais tem a dizer em um momento como este para a cidade que mais uma vez abre as portas para receber o teatro nacional e internacional?
Gostaria de dizer para Curitiba segurar as pontas, a fim de conseguir passar por este cenário sem ser prejudicada, porque com certeza sediar uma operação como esta é muita responsabilidade. O que eu gostaria de ressaltar é que as pessoas percebam no teatro um retrato da realidade, que as pessoas se percebam no teatro, porque este é o papel dele. E que o brasileiro não deixe a arte de lado, não deixe de ir a espetáculos, a festivais como o Festival de Curitiba.
Mais uma vez, gostaríamos de agradecer ao Cláudio pela disponibilidade de nos atender, e, assim como ele, queremos convidá-lo para conhecer a programação do Festival, porque com certeza tem algum espetáculo que você vai adorar.
A programação completa do Festival de Curitiba e informações das vendas de ingressos você pode conferir aqui.
Teatro Ópera de Arame
28 e 29 de março
R$ 70 – inteira
R$ 35 – meia
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Kasa Branza, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois. Vivendo sob o peso dos aluguéis atrasados e do preço dos medicamentos da avó, um dia, Dé recebe a triste notícia de que Dona Almerinda está em fase terminal da doença. O jovem, então, decide aproveitar os últimos dias da vida dela junto com os seus outros dois melhores amigos.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Paddington – Uma Aventura na Floresta, o adorável urso Paddington retorna ao Peru para visitar sua querida Tia Lucy, acompanhado pela família Brown. A viagem, que promete ser uma reunião afetuosa, logo se transforma em uma jornada cheia de surpresas e mistérios a serem resolvidos. Enquanto explora a floresta amazônica, Paddington e seus amigos encontram uma variedade de desafios inesperados e se deparam com a deslumbrante biodiversidade do local. Além de garantir muita diversão para o público, o filme aborda temas de amizade e coragem, proporcionando uma experiência emocionante para toda a família. Bruno Gagliasso, mais uma vez, empresta sua voz ao personagem na versão brasileira, adicionando um toque especial ao carismático urso. Com estreia marcada para 16 de janeiro, o longa promete encantar as crianças nas férias e já conquistou o público com um trailer inédito que antecipa as aventuras que aguardam Paddington e a família Brown no coração da Amazônia.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Uma missão importante é comprometida por um passageiro indesejado num avião a mais de 3000 mil metros de altura. Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea que acompanha um depoente até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca, a viagem se torna um pesadelo e a tensão aumenta quando nem todos a bordo são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros. Será que eles conseguirão sair vivos dessa armadilha?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Anora, longa dirigido e escrito por Sean Baker, acompanhamos a jovem Anora (Mikey Madison), uma trabalhadora do sexo da região do Brooklyn, nos Estados Unidos. Em uma noite aparentemente normal de mais um dia de trabalho, a garota descobre que pode ter tirado a sorte grande, uma oportunidade de mudar seu destino: ela acredita ter encontrado o seu verdadeiro amor após se casar impulsivamente com o filho de um oligarca, o herdeiro russo Ivan (Mark Eidelshtein). Não demora muito para que a notícia se espalhe pela Rússia e logo o seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de Ivan entram em cena, desaprovando totalmente o casamento. A história que ambos construíram é ameaçada e os dois decidem em comum acordo por findar o casamento. Mas será que para sempre?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
O papa está morto e agora é preciso reunir o colégio de cardeais para decidir quem será o novo pontífice. Em Conclave, acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses. Lawrence, então, acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja. Em jogo, estão não só a fé, mas os próprios alicerces da instituição diante de uma série de reviravoltas que tomam conta dessa assembleia sigilosa.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em 12.12: O Dia, o assassinato da maior autoridade da Coreia do Sul causa um caos político sem precedentes. O ano é 1979 e, após a morte do presidente Park, a lei marcial é decretada, dando abertura para um golpe de estado liderado pelo Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), e seus oficiais. Ao mesmo tempo, o Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que os militares não devem tomar decisões políticas e, por isso, tenta impedir com os planos golpistas. Em um país em crise, diferentes forças com interesses diversos entram em conflito nesse filme baseado no evento real que acometeu a Coreia do Sul no final da década de 70.
Data de lançamento: 23 de janeiro