A continuação de um dos filmes mais marcantes do cinema nacional nos anos 2000 chega esse mês aos cinemas. “Estômago II – O Poderoso Chef” ganha as telonas em 29 de agosto, e já estreia premiado. Foram 5 Kikitos no Festival de Cinema de Gramado, incluindo Melhor Roteiro, Melhor Filme pelo júri popular, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator (dividido entre Nicola Siri e João Miguel). A receita é a mesma de “Estômago”, em uma trama interessante, mas encanta menos do que o original.
João Miguel repete o papel de Raimundo Nonato, 16 anos depois dos fatos do primeiro longa-metragem. Na cadeia, Raimundo “Alecrim” conquistou espaço de destaque na cozinha, equilibrando conflitos entre presos e a direção policial. Quando chega um chefão da máfia italiana Dom Caraglio (Nicola Siri), tudo pode mudar. Os grandes mandantes do crime passam a disputar Alecrim. Enquanto isso, a história do mafioso vai sendo apresentada.
Narrativa
As voltas entre passado e presente colocam Dom Caraglio no centro do filme. Boa parte de “Estômago II” se passa na Itália, revelando como o personagem foi da crise ao destaque na máfia. Várias reviravoltas e segredos vão sendo tecidos na trama. Alguns, acabam não sendo revelados, outros parecem esquecidos, o que causa uma sensação de pontas soltas. Outras tramas chegam a ser arrastadas.
Os problemas dentro da cadeia se desenrolam aos poucos, com Etecétera (Paulo Miklos retornando ao seu carismático anti-herói) escalonando seu ciúme de Alecrim e Dom Caraglio. Alecrim se aproxima do mafioso em um misto de encantamento e ambição — não muito bem explorados. João Miguel resgata com facilidade o encanto da personalidade divertida de Raimundo Nonato. Com cenas reduzidas, no entanto, ele parece coadjuvante no próprio filme. Diverte, mas quase não tem uma narrativa própria, reduzido a autorreferências ou cenas curtas, nas quais seus objetivos ficam subentendidos. Servir coxinhas depois de uma partida de futebol é pouco para o personagem.
Cozinha
Assim como no anterior, “Estômago II” brilha ao registrar o encanto da cozinha. A gastronomia consegue chamar atenção nos detalhes, até quando Etecétera ensina a fazer um bauru com três queijos ou Dom Caraglio discorre sobre ouriços do mar. O contraste, aliás, dá ganho ao filme. A gastronomia ítalo-brasileira de um restaurante chique é apresentada ao lado das massas feitas em balcões sujos, mas com todo o cuidado, por Alecrim. Assim como o cozinheiro imita as ideias do que seria um chef de verdade, Dom Caraglio imita o que seria um mafioso. São pequenas referências ao cinema e a construção ideal dessas profissões vistas de forma crua que ajudam a narrativa a criar um lugar comum.
Com uma parte técnica muito bem feita, o filme entretém. Mas como continuação de “Estômago”, deixando Alecrim de lado e com tantas cenas em italiano e longe do Brasil, deixa a desejar. O protagonismo de Dom Caraglio é interessante e com boa interpretação de Siri, porém não parece uma continuação narrativa, e sim temática. Mesmo tentando encerrar com um final feliz, “Estômago II” termina agridoce.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Princesa Adormecida é um longa dirigido por Claudio Boeckel e trata-se da segunda adaptação dos livros Princesas Modernas, de Paula Pimenta (Cinderela Pop). A trama irá conta sobre Rosa (Pietra Quintela), uma adolescente, que assim como qualquer outra, sonha em ter a sua liberdade e independência. No entanto, essa conquista fica sendo apenas um sonho, uma vez que seus três tios que a criaram como uma filha, Florindo (Aramis Trindade), Fausto (Claudio Mendes) e Petrônio (René Stern), superprotegem a menina a todo custo, não permitindo que ela viva as experiências que a adolescência traz. Quando Rosa completa seus 15 anos, ela descobre que o mundo ao qual ela pertence, na verdade é um sonho, e o mundo com o qual ela sonhava, é a sua verdadeira realidade. Rosa é uma princesa de um país distante e, por isso, sua vida pode estar em perigo. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Dirigido por Fede Álvarez, Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que retorna às raízes da franquia de sucesso Alien, o 8º Passageiro (1979). Ambientado entre os eventos do filme de 1979 e Aliens, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência. O elenco inclui Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced. A produção é assinada por Ridley Scott, enquanto o roteiro é de autoria do próprio Álvarez, baseado nos personagens criados por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. Com essa nova abordagem, o filme busca resgatar a atmosfera claustrofóbica e o terror psicológico que consagraram a franquia, prometendo agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Meu Filho, Nosso Mundo, longa dramático do renomado diretor Tony Goldwyn, irá acompanhar o comediante de stand-up, com casamento e carreira falidos, Max Bernal (Bobby Cannavale) e por conta dessas complicações da sua vida, ele convive com o seu pai, Stan (Robert De Niro). Max têm um filho de 11 anos, chamado Ezra (William A. Fitzgerald), junto com a sua ex-esposa, Jenna (Rose Byrne), com quem vive brigando sobre a melhor maneira de criar o menino, uma vez que o mesmo é diagnosticado com o espectro autista. Cansado de ser forçado a confrontar decisões difíceis sobre o futuro do filho e decidido a mudar o rumo do jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro cross-country para encontrar um lugar onde possam ser felizes, algo que resulta em um impacto transcendente em suas vidas e na relação íntima de pai e filho.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Protagonizado por Haley Bennett e dirigido por Thomas Napper, o A Viúva Clicquot apresenta a história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando todos os críticos da época ao mesmo tempo em que revolucionava a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor e sua ousadia já a sustenta por 250 anos de história.