Uma das turnês de maior sucesso da música nacional nos últimos anos, o “AmarElo” de Emicida chega ao fim – ou quase. O cantor fez única apresentação em Curitiba nesse sábado (22/06) de “AmarElo – A Gira Final”, despedida do álbum de 2019. Com temas espirituais e luta antirracista, o show retoma a energia inicial. Uma Live Curitiba lotada recebeu o artista para uma noite emocionante.
O show de abertura foi de Pecaos, uma boa escolha para o público. Fãs de rap puderam aproveitar um dos nomes de destaque do gênero em Curitiba. Quem tem pouco contato com o estilo, também: Pecaos é um nome local para ficar atento. Já subiu ao palco de eventos como Coolritiba e tem ganhado relevância com músicas como “Porradão de Muay Thai”. No fim da apresentação, Emicida correu até o palco para participar da foto do artista.
Depois, com problemas técnicos no telão, o show de Emicida atrasou, o que deu tempo para a DJ Mitay mostrar seu talento animando o público.
Emicida chega no palco tranquilo, com sua conhecida paz. Todo de branco, entra em cena em um espaço muito parecido com o que a turnê “AmarElo” já apresentou. No palco, além da competente banda que o acompanha, só algumas poucas plantas. Os telões no fundo trazem o clima de culto que marcou esses anos todos do projeto.
O artista evoca uma religiosidade, mas não de forma catequizante. Os vitrais de igreja modificam a cada canção, trazendo novos sentimentos e cenários. Um dos mais marcantes é o vitral que traz a imagem de um punho erguido, símbolo dos Panteras Negras, movimento de luta antirracista que ele resgata e mescla com o super-herói de mesmo nome em uma música das mais inspiradas.
O começo é tranquilo e pouco difere da turnê normal. O clima não parece ser de despedida como o nome “A Gira Final” propõe. O duplo sentido em gira (de celebração das religiões de matriz africana, e a palavra usada para “turnê” por outros países latinos) ainda é leve. “Quem Tem Um Amigo (Tem Tudo)” é uma das canções desse primeiro momento, que pega o público pelo emocional.
Como em outras apresentações (incluindo a que virou filme na Netflix, gravado no Theatro Municipal de São Paulo), o cantor questiona de forma indireta a religiosidade. O poder da fé é destacado pela união entre as pessoas em busca de paz e igualdade, e não por dogmas religiosos. É com as animações dos vitrais nos telões que ele amarra essa narrativa, junto ao ritmo do show.
Emicida começa leve e vai esquentando o público para as músicas mais impactantes, de letras mais questionadoras na segunda metade. A primeira participação de Drik Barbosa acontece na primeira parte, cantando “9nha/Eu Gosto Dela”. Ela retorna depois com Rashid. Aqui, poderia ter surgido a terceira participação da noite, mas Emicida deixa para, na sequência, chamar Karol Conká. Elogiando a artista, divide com ela o vocal para “Todos os Olhos em Nóiz”, uma potente música sobre preconceito e que traz o rap mais intenso, diferente das primeiras músicas do show que trabalham o lado mais MPB de Emicida.
Elogiando Paulo Leminski, Emicida diz, em uma das poucas falas ao longo do show: “Curitiba não é só a cidade que tava em volta do Paulo Leminski, é a própria poesia do Paulo Leminski”. A capital paranaense faz parte da história do músico, que gravou uma mixtape aqui em um momento crucial da carreira, inclusive quando conheceu a cantora curitibana. “Se eu não tivesse entrado em contato com a energia poderosa da Karol Conká, eu nunca teria conhecido o poema que diz ‘Amar é um elo entre o azul e o amarelo’”, contou ao público.
“Muito obrigado, Curitiba, pelos irmãos e irmãs que vocês me deram e pela caminhada”, continuou. “O racismo acontece aqui às vezes. A última coisa que um poema de Paulo Leminski seria, é racista”, pontou, num momento impactante.
Em um show de mais de duas horas, Emicida não perdeu fôlego. Trouxe a turnê de “AmarElo” e mais, empolgando o público até depois da meia-noite. Quando parecia encerrar, voltou para um bis que parecia um novo show, foram várias músicas seguidas. Apesar da turnê ser uma gira final, Emicida aproveitou ao máximo essa despedida, como quem não quer que a energia dessa gira termine.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.