Não se sabe ao certo porque Elis não havia ganhado sua cinebiografia até agora. Nada mais óbvio do que a grande diva da música brasileira ter sua história contada por meio do gênero que têm se mostrado o grande trunfo do cinema nacional. Ouso dizer que após finalmente assistir Elis, entendi um pouco do que ocasionou essa demora: colocar a vida de Elis nas (quase) duas horas de película é arriscado e talvez até pretensioso.
A afirmação não significa que o filme não seja bom. Ele é, aos olhos de um fã, excelente. Do ponto de vista do entretenimento, uma das melhores estreias da temporada. Porém, o adjetivo só se aplica graças à Elis, sua obra e à atuação de Andreia Horta. O que sobra em capacidade de mostrar em que momento da vida de Elis cada grande sucesso foi gravado, falta em ligação entre as diferentes fases da vida da rainha da MPB. A vida de Elis teve grandes momentos dramáticos. Desde a chegada no Rio, Elis vivenciou muitos períodos emocionalmente complexos, o que contribuiu tanto para a riqueza de seu trabalho, como para a trajetória que culminou em sua morte precoce e trágica.
A impressão que o filme passa, é de que as coisas acontecem na vida de Elis de maneira efêmera e fugaz. Quem já se debruçou sobre a vida da cantora sabe melhor. É fato que o diretor do longa, Hugo Prata, tinha uma missão árdua: sintetizar os 36 anos de Elis em uma narrativa de pouco mais de uma hora e meia, priorizando os anos de sucesso (1964-1982) e sem deixar de mencionar os fatos importantes da história da música nacional ocorridos nesse período, os dramas pessoais da vida da “Pimentinha” (apelido dado por Vinícius de Moraes) e o momento negro que o país passava em pela Ditadura Militar. Bem, ele tentou.
O que se viu foi uma série de recortes com pouca ligação no passar do tempo. Partes fundamentais da biografia da cantora, como o disco gravado com Tom Jobim, as parcerias com compositores até então desconhecidos, como Gilberto Gil e João Bosco e o período de repressão militar (com as críticas por um possível apoio ao governo ditador) foram reduzidos a poucos segundos e alguns acordes. Uma pena.
Entretanto, o longa também merece louros. Como já foi mencionado, a atuação de Andreia Horta agrada muito. A interpretação de Horta é tão exagerada quanto era a própria Elis, o que faz com que o público embarque na cena sem parar para pensar que não é Elis quem fala o diálogo.
Um ponto que presta um grande serviço à cultura brasileira é a forma como Hugo Prata deixa claro que ao ajudar a inaugurar a MPB, Elis começou a carreira se contrapondo ao que estava estabelecido: a bossa nova; e que nem ali permaneceu por muito tempo, tendo, durante toda a carreira, passeado entre diferentes gêneros, estilos e formatos.
Talvez, a parte na qual Hugo Prata tenha sido mais feliz é a mais triste do filme e da história de Elis. A primeira impressão da cena da morte da cantora é de que o filme exagera na tensão e no melodrama. Porém, ao pensar na forma como a carreira da Pimentinha chegou ao fim, percebe-se que a cena é brilhantemente construída e narrada. Não havia outra forma. O sentimento é mesmo de melodrama. A vida da nossa maior diva terminou mesmo assim, em staccato.
O texto foi escrito pela jornalista Lis Claudia Ferreira a convite do Curitiba Cult
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Kasa Branza, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois. Vivendo sob o peso dos aluguéis atrasados e do preço dos medicamentos da avó, um dia, Dé recebe a triste notícia de que Dona Almerinda está em fase terminal da doença. O jovem, então, decide aproveitar os últimos dias da vida dela junto com os seus outros dois melhores amigos.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Paddington – Uma Aventura na Floresta, o adorável urso Paddington retorna ao Peru para visitar sua querida Tia Lucy, acompanhado pela família Brown. A viagem, que promete ser uma reunião afetuosa, logo se transforma em uma jornada cheia de surpresas e mistérios a serem resolvidos. Enquanto explora a floresta amazônica, Paddington e seus amigos encontram uma variedade de desafios inesperados e se deparam com a deslumbrante biodiversidade do local. Além de garantir muita diversão para o público, o filme aborda temas de amizade e coragem, proporcionando uma experiência emocionante para toda a família. Bruno Gagliasso, mais uma vez, empresta sua voz ao personagem na versão brasileira, adicionando um toque especial ao carismático urso. Com estreia marcada para 16 de janeiro, o longa promete encantar as crianças nas férias e já conquistou o público com um trailer inédito que antecipa as aventuras que aguardam Paddington e a família Brown no coração da Amazônia.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Uma missão importante é comprometida por um passageiro indesejado num avião a mais de 3000 mil metros de altura. Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea que acompanha um depoente até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca, a viagem se torna um pesadelo e a tensão aumenta quando nem todos a bordo são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros. Será que eles conseguirão sair vivos dessa armadilha?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Anora, longa dirigido e escrito por Sean Baker, acompanhamos a jovem Anora (Mikey Madison), uma trabalhadora do sexo da região do Brooklyn, nos Estados Unidos. Em uma noite aparentemente normal de mais um dia de trabalho, a garota descobre que pode ter tirado a sorte grande, uma oportunidade de mudar seu destino: ela acredita ter encontrado o seu verdadeiro amor após se casar impulsivamente com o filho de um oligarca, o herdeiro russo Ivan (Mark Eidelshtein). Não demora muito para que a notícia se espalhe pela Rússia e logo o seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de Ivan entram em cena, desaprovando totalmente o casamento. A história que ambos construíram é ameaçada e os dois decidem em comum acordo por findar o casamento. Mas será que para sempre?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
O papa está morto e agora é preciso reunir o colégio de cardeais para decidir quem será o novo pontífice. Em Conclave, acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses. Lawrence, então, acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja. Em jogo, estão não só a fé, mas os próprios alicerces da instituição diante de uma série de reviravoltas que tomam conta dessa assembleia sigilosa.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em 12.12: O Dia, o assassinato da maior autoridade da Coreia do Sul causa um caos político sem precedentes. O ano é 1979 e, após a morte do presidente Park, a lei marcial é decretada, dando abertura para um golpe de estado liderado pelo Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), e seus oficiais. Ao mesmo tempo, o Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que os militares não devem tomar decisões políticas e, por isso, tenta impedir com os planos golpistas. Em um país em crise, diferentes forças com interesses diversos entram em conflito nesse filme baseado no evento real que acometeu a Coreia do Sul no final da década de 70.
Data de lançamento: 23 de janeiro