Disputas artesanais: o meu tem que ser melhor que o seu

Há competição em toda parte, não podemos negar. Às vezes isso pode se tornar uma meta de vida, pois queremos provar a todos e a nós mesmos o quanto somos bons e diferentes dos demais. Por um lado é motivador (ainda mais em tempos difíceis), mas quando é comparativo aos outros e obsessivo, fica doentio.

Com o artesanato não é diferente. A vizinha aprendeu crochê com a avó na infância, então o trabalho dela é mais experiente e bem finalizado. A atendente do café, para aumentar a renda em casa, aprendeu a tricotar após adulta, mas ainda está descobrindo a escolha de fios e novos pontos. O que pesa mais: a experiência ou o aprendizado? Muitos preferem determinado serviço por conta dos anos de experiência ou pela cartela de clientes importantes, não dando uma oportunidade para quem está tentando recomeçar ou mudar de carreira. Será que não seria mais justo ver o esforço e dar o apoio necessário a alguém que está aprendendo e praticando o trabalho manual? E com a experiência, também não seria justo compartilhar o conhecimento com quem quer aprender e fazer a diferença?

Quando vamos a uma feira de artesanato, por exemplo, percebemos a união por uma única causa. Parece ser uma disputa de barraquinhas de quais produtos são mais vendidos, quais têm o melhor preço, os mais bonitos, os mais procurados, mas todos lutam por um mesmo propósito: a liberdade financeira, o aquecimento da economia, o apoio emocional.

Você é competitivo? Sabe qual é o seu limite? Conte para nós nos comentários!

Por Roberta Pinto
29/07/2021 16h51