A ideia de transpor o universo da chuva para a linguagem gráfica, em sua forma mais crua, levou o designer e artista visual curitibano Henrique Martins a mergulhar num trabalho de investigação desafiador e a criar um livro sensorial. Batizada de Chove, a obra é um estudo de percepção e comunicação visual que conta uma história de chuva, instrumento balizador de todas as composições gráficas presentes no livro.
A publicação é dividida em dois volumes: Narrativa é um livro essencialmente gráfico e apresenta o resultado do exercício de transposição da chuva, enquanto o segundo volume, intitulado Processos, serve de memorial para o trabalho, expondo os conceitos, métodos e processos envolvidos em seu desenvolvimento.
“O interesse vem, por um lado, de uma obsessão antiga que eu tenho pela chuva. Momentos de chuva revolvem nossas memórias, nossas histórias, trazem lembranças da infância, do conforto dos lençóis, das gotas batendo na janela e no telhado. Por outro lado, a minha vontade era explorar essa atividade lúdica de associar o que se vê e o que se sente a imagens, fazendo uso de uma linguagem simplificada, para que sua leitura fosse mais direta, mais clara, e quem sabe incentivar esse exercício de abstração, de interpretação, de criação de mensagens visuais. E encontrei neste tema um evento comum a todos, algo corriqueiro, trivial, o que poderia aumentar o alcance dessas mensagens, e as chances delas serem compreendidas”, explica Henrique Martins.
O livro é o desdobramento de um projeto desenvolvido como tema de conclusão de um curso de Pós-Graduação em Design Gráfico, feito por Henrique em 2012. Este trabalho tomou novas formas, foi reelaborado e executado neste ano, por uma oportunidade trazida com a sua seleção pelo Edital de Mecenato da Fundação Cultural de Curitiba, e com o incentivo da Caixa Econômica Federal.
Para recriar as sensações de um dia chuvoso no meio gráfico, o autor precisou fazer o que chama de “transposição” do fenômeno da chuva. Henrique realizou, primeiro, sua leitura, sua decodificação, buscando um novo olhar sobre esse evento tão comum, o que incluiu o levantamento de dados técnicos, a análise de como a chuva é apresentada em filmes, pinturas, músicas, o depoimento espontâneo de amigos sobre o tema, a observação e vivência da chuva. “Queria fazer uma leitura da paisagem externa, física, e também da paisagem interna que ela cria, as sensações que momentos de chuva despertam nas pessoas”, relata. Depois, Henrique organizou e cruzou as informações coletadas para traduzí-las em uma linguagem visual.
Dessa maneira, os elementos que compõe a chuva – o vento, a luz, o toque, o som, a memória – serviram de referência para a construção de sinais gráficos, usando um vocabulário de pontos, linhas, tons, cores, texturas, opacidade e transparência, cheios e vazios, positivo e negativo, equilíbrio e caos, para finalmente criar um novo código: uma ‘partitura’ de chuva.
“Os sinais que definem essa partitura são combinados, como equivalentes a letras, palavras e frases, formando paisagens abstratas, sensoriais, de chuva, que são, então, arranjadas sequencialmente para compor uma narrativa”, relata Martins. “Busquei trabalhar várias gradações e formas de apresentação da chuva, desde uma paisagem mais serena e silenciosa, até a mais caótica e perturbadora”, completa.
Aos poucos, o leitor vai se familiarizando com os elementos gráficos da obra, e, um a um, identificando os seus significados. Por exemplo, o ponto representa a chuva quando cai. Quanto maior, em tamanho e em quantidade, mais intensa é a chuva. Menor, e em menor quantidade, identifica uma garoa. A proximidade entre esses pontos, desenhados como a letra x, remete, também, ao chiado característico da chuva. Já as formas com que são dispostos ao longo das páginas criam diferentes percepções de ritmo.
A presença do vento pode ser identificada nas figuras que parecem ser carregadas de um lado ao outro, ou mesmo nas setas desenhadas no sentido contrário à leitura tradicional de um livro, como uma resistência ao folhear das páginas. Para ilustrar a variação de luz e sombra, Henrique optou por usar somente o branco, preto e tons de cinza, enquanto uma malha de linhas irregulares, elementos quebrados, sobrepostos e distorcidos, representam os ruídos do trovão.
O projeto gráfico da obra também foi pensado minuciosamente. Os livros não têm lombada, então os cadernos que os compõem ficam aparentes em seu dorso. A intenção foi conseguir a abertura completa de suas páginas, e, com isso, a melhor apresentação das imagens. A estratégia tornou possível, também, identificar a mudança de luz na obra – a transição da chuva – até mesmo com o livro fechado.
Quando: 08 de outubro, 19h.
Onde: Museu da Gravura, no Solar do Barão (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533, Solar do Barão – Centro)
Entrada: Gratuita
Onde: Museu da Gravura, no Solar do Barão (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533, Solar do Barão – Centro)
Quando: de 08 de outubro a 1º de novembro
Funcionamento: das 9h às 12h e das 13h às 18h (3ª a 6ª feira); e das 12h às 18h (sábado e domingo)
Entrada: Gratuita
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.