Década de 90, sua malandra

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Olar, meu nome é Tamy – Tamyres para os nada íntimos – e esse é o primeiro texto da coluna “¿Por que te pintaste?”! Aqui eu pretendo compartilhar com vocês alguns conhecimentos de tattoo, um pouco de história, umas alfinetadas e muita cultura! Eu tive, aproximadamente, um milhão de ideias de pautas para esse começo, mas pensei que o nosso relacionamento deveria começar com sinceridade, foi aí que eu resolvi fazer uma das coisas de que eu mais gosto, ~analisar~ modinhas pavorosas que já passaram por esse nosso mundão de meu Deus.

Os amigos leitores com mais de 23 anos vão se lembrar muito bem de algumas tatuagens que foram febre durante o fim dos anos 90 e um pedaço dos anos 2000. Acho que podemos começar pelas clássicas tattoos de índias e magos, as quais podemos chamar de Old School Brazuca. Quem possuía uma dessas com certeza era alvo de olhares e atenção nas areias de Matinhos e Caiobá. Se elas viessem acompanhadas de uma belíssima regata da Pakalolo, então, GOOD LORD!

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É bom esclarecer que estas tattoos são reproduções safadas dos desenhos do tatuador Marcelo Mordenti, conhecido por ser um dos mais copiados do Brasil. Quem quiser dar umas risadas, clica aqui.

Outro clássico que também não pode ser esquecido são as tattoos de arame farpado. Elas contornavam os braços como braçadeiras e eram, ó… Quem lançou pro mundo essa moda tenebrosa foi a atriz Pamela Anderson. A má notícia é que essa febre durou alguns anos, a boa é que a Pam começou o tratamento com laser pra se livrar disso em 2014. Já o vocalista do Red Hot Chilli Peppers, Anthony Kiedis, foi mais ousado, não bastando ter uma braçadeira tatuada, fez uma braçadeira tribal. Ah, as tribais, importantíssimas na década de 90. Uma mulher pra ser cool, moderna e dixcolada pre-ci-sa-va ter uma tattoo tribal na lombar, ou sambiquira, como a minha vó chamava nada carinhosamente.

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Ai, outro desenho que popularizou vidas nesse tempo foi o Sol e Lua dormindo de conchinha. Com a moda Wicca – todo mundo era wannabe bruxa – isso aí virou uma epidemia. Lembro muito bem que tinha uma moça no meu colégio – um salve pra caravana do Dom Bosco Ahú – que tinha uma dessas na nuca. Meu Deus, como ela era radical, morria de inveja.

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Falando em colégio, quando eu ainda estava por lá pedi pra mamãe uma tatuagem de presente no meu aniversário de 16 anos, e o pior é que eu ganhei. Crianças, quando o tatuador fala que você tem que ter 18 anos pra poder tatuar, acreditem nele, esse conselho não é por acaso. Como a ansiedade era maior que o bom senso, não pensei em nada, fui lá e escolhi dois ideogramas, Amor e Vida – que pareciam uma casinha com um A (três anos depois esses ideogramas viraram lindos diamantes, obrigada, Samme Antunes).

Acho que já me estendi demais pro nosso first date, né? Me digam se gostaram, amaram ou odiaram, preciso de feedback pra viver. Se curtiram esse texto, quem sabe não sai mais algum sobre essas tosqueiras sensacionais que fazem da nossa vida muito mais nostálgica e maravilhosa.

Au revoir.

Por Tamy Antunes
18/03/2015 12h46