“Pop rock? Eu não sei nem se ele ainda existe”. Com essa frase a cantora Michelle Branch, um dos nomes mais representativos do gênero no início dos anos 2000, começou a falar sobre o tema em um vídeo especial para o canal da MTV no YouTube. O sucesso estrondoso do álbum “Sour” de Olivia Rodrigo na última semana é a resposta direta para esse questionamento. Os nomes mudam, as referências evoluem, mas de tempos em tempos esse gênero volta à tona com muita força ao representar as angústias e dores de uma nova geração.
Para entrar no clima, vamos de Alanis Morisette com o clássico “Ironic”, de 1996?
Com o seu trabalho de estreia, Olivia soube trabalhar muito bem aquilo que já é familiar com uma dose de personalidade e olhar atento ao novo. Não é difícil perceber no seu trabalho suas referências – a gente vê ali a inspiração nos seus ídolos, em especial Taylor Swift (que tem até créditos no álbum) e Hayley Williams, do Paramore. Com vocais únicos, letras autorais e um pouco de rebeldia, ela atingiu em cheio aos amantes de um pop rock bem produzido. É o meu caso – gostei muito de Sour, em especial faixas como “enough for you” e a título “good 4 u”.
O álbum chega depois de um estrondoso sucesso de “driver’s license” e uma aparição no programa Saturday Night Live. Para um artista pop, a participação musical nesse programa é como um certificado de validação do seu sucesso. Mas, no início dos anos 2000, mais importante que o SNL era uma aparição no Total Request Live – TRL, da MTV americana. Era esse o selo que jovens compositoras alcançaram com sua guitarra na mão, indo em direção contrária a uma onda em que era preciso dançar para ter sucesso. Avril Lavigne, Michelle Branch, Aly & AJ, Vanessa Carlton e Fefe Dobson são algumas das referências dessa época.
https://www.youtube.com/watch?v=HBik0MjXeMs
Recentemente me deparei com esse vídeo que mencionei ali em cima da MTV contando um pouco sobre uma era que eu vivi tão fortemente (mais embaixo tem o link para quem quiser acompanhar). Eu sempre gostei de música pop em geral, e enquanto a mídia colocava os fãs de um artista contra o outro, eu abraçava a todos. Gostava tanto de Backstreet Boys quanto de NSYNC, Christina Aguilera e Britney Spears, e ao mesmo tempo fingia tocar violão ao som de Avril Lavigne (só fingia, para alegria dos meus vizinhos. Ou não, pois o som continuava bem alto). Mas o mais bacana de relembrar esses artistas é perceber o quanto foram importantes para a representatividade. Todas elas mostraram que as mulheres podiam pegar uma guitarra e escrever sobre seus sentimentos. Mesmo sendo subestimadas, elas ditaram conceitos, estilos, arte e moda. Michelle Branch e Fefe Dobson ainda foram além – colocaram em evidência suas etnias e demonstraram o quão importante a diversidade.
Vamos aproveitar para relembrar o que foi o pop rock dos anos 2000? Segue comigo enquanto falo um pouco mais sobre algumas das minhas favoritas.
Avril Lavigne foi uma das primeiras a abrir as portas para uma nova geração de cantoras que demonstravam seus sentimentos por meio de músicas. Canadense, ela escrevia suas próprias músicas e cantava em pequenos festivais locais. Mas foi ao ganhar uma promoção de uma rádio e se apresentar ao lado de Shania Twain que ela começou a ganhar um pouco mais de notoriedade. Não demorou muito tempo para ser descoberta e assinar contrato com uma grande gravadora que a levou ao lançamento do clássico “Let Go”, de 2002. Com (agora já) clássicos como “Complicated” e “Sk8er Boi”, a cantora vendeu mais de 16 milhões de álbuns em todo o mundo (só do seu álbum de estreia).
Avril já passou por muitas eras e fases, mas continua fazendo aquilo que ela dizia que faria por toda a vida – escrever e cantar para os seus fãs. Hoje aos 36 anos, ela lançou em janeiro a música “Flames” com Mod Sun, e promete um novo álbum para 2021.
Talvez no Brasil não sejam todos que conhecem tão bem a cantora americana de descendência holandesa e indonésia por parte de mãe e irlandesa e britânica por parte de pai. A grande maioria vai conhecer o hit “The Game of Love”, de 2002, colaboração de Michelle Branch ao lado de Santana que foi vencedora do Grammy.
Antes disso, em 1999, com o apoio dos pais, ela financiou e produziu seu próprio álbum independente, chamado “Broken Bracelet”, e postou as suas músicas no site da Rolling Stone. O post chamou a atenção de um produtor musical e da banda Hanson, o que a levou a abrir dois shows da banda nos anos 2000. Pouco depois o álbum foi lançado por uma gravadora independente. Bastou mais um pouco para ela conseguir um grande contrato, e com músicas inéditas e novas gravações do seu álbum de estreia lançou “The Spirit Room” em 2001. O single “Everywhere” foi o que alavancou a artista, seguida de hits como “All You Wanted” e “Goodbye to You”.
Em 2003, “Hotel Paper” foi lançado, e alcançou a posição número 2 na Billboard 200. Nos anos seguintes a artista continuou trabalhando com música, e seu álbum mais recente é “Hopeless Romantic”, de 2017. Para 2021, ela confirmou a regravação do seu álbum de estreia para celebrar os 20 anos do mesmo. O tempo passa!
As irmãs Aly & AJ são a pontinha da Disney que não podia faltar nessa lista. Enquanto Olivia Rodrigo ficou conhecida por seu papel na série High School Musical: The Musical The Series, Aly & AJ conquistaram os fãs com canções de seu álbum de estreia que faziam parte de trilhas sonoras da Disney. “No One”, o primeiro single de Into The Rush, de 2005, foi trilha de “Sonhos no Gelo”, de 2005. O cover de “Do You Believe In Magic” embalou o filme do Disney Channel “Agora Você Vê”, no qual Aly Michalka também estrelava.
Em 2007 veio o álbum Insomniatic, que trouxe o hit “Potential Breakup Song” – que virou sucesso recente no TikTok. A música foi regravada em dezembro de 2020 depois do sucesso viral, e ganhou uma versão explícita que casa com o estilo atual do duo. Seu álbum mais recente, A Touch of the Beat Gets You Up on Your Feet Gets You Out and Then Into the Sun (deu pra respirar?), foi lançado em maio.
***
E você, me conta quem são os seus artistas pop rock favoritos de todos os tempos?
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.