Crítica – Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba (Night at the Museum: Secret of the Tomb)

Ben Stiller volta às telonas com o terceiro capítulo do já conhecido Uma Noite no Museu que estreia nesta quinta (1). Seguindo o mesmo estilo de história vista nos filmes anteriores, O Segredo da Tumba encaminha para o possível encerramento da saga em forma de trilogia ou não.

Se nos dois filmes anteriores a trama estava centrada nos Estados Unidos, aqui ela se desloca até solos ingleses em Londres. A história gira em torno da Tábua de Ahkmenrah, responsável por dar vida aos “habitantes do museu”, que está perdendo a força. Para salva-lá será preciso descobrir qual o segredo por trás de tamanho poder.

A direção é novamente de Shawn Levy, diretor dos três longas. Seu toque de diversidade visto em outros filmes, que rotineiramente lhe rendem elogios, não aparece aqui. Esta terceira apresentação é mais do mesmo, no caso exatamente o mesmo filme só que trajado de forma diferente.

Os atores principais são basicamente os mesmos dos outros filmes. Ben Stiller como o segurança noturno, Owen Wilson e Steve Coogan sendo as miniaturas, Robin Williams na pele de Teddy Roosevelt. As novidades por sua vez vêm com Rebel Wilson, a segurança inglesa, Dan Stevens sendo Lancelot e Ben Kingsley interpretando o faraó. Uma Noite no Museu 3 serve também como despedida para dois grandes atores da comédia: Robin Williams e Mickey Rooney, ambos faleceram em 2014 e aparecem aqui pela última vez em forma póstuma.

Não se pode criticar o filme pelo que ele não deve ser criticado. Uma Noite do Museu desde o precursor lá em 2006 sempre mostrou que não tinha intenção de arrancar elogios pela qualidade da trama ou aprofundamento em questões históricas. A intenção é apenas entreter, algo bem no estilo para ser visto com a família e principalmente se tiver alguma criança junto, e então pode render.

Em O Segredo da Tumba não é diferente e nem adianta dizer que é desnecessário, as intenções são bem nítidas: $$$. Em geral as atuações não comprometem, Ben Stiller aparece em dose dupla com um clone homem das cavernas, todo o encaminhamento segue uma lógica e se encerra no mesmo estilo de sempre. Porém tudo extrapola o limite de forçar a barra, são piadas repetitivas e excesso de cenas desnecessárias. Não vá esperando novidades, pois não existem. O que cria um ponto de incerteza é a escalação da Rebel Wilson na mesma função principal da trama de segurança noturno com o museu inglês. Se é um caminho pra continuação ou apenas coincidência, só saberemos com o passar do tempo.

Ponto forte

Os dois Uma Noite no Museu anteriores conquistaram certo sucesso nas bilheterias e gosto popular, aqui não deve ser muito diferente. Segue como uma pedida descontraída de diversão sem comprometimento.

Ponto fraco

Como foi especificado antes, a história não exige muitos contornos. Porém por se tratar de um terceiro filme, existia a expectativa de que algo novo poderia surgir e não chega perto de acontecer. O estilo já está definido, então poderiam arriscar em novas situações ou caminhos que não se prendessem ao repetitivo.

Nota: 6,0

Trailer – Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba (Night at the Museum: Secret of the Tomb)

Por Adalberto Juliatto
01/01/2015 14h30