Chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (30) mais uma produção nacional seguindo a linha de cinebiografias. Quem ganha agora o espaço nas telonas é o rei do Soul brasileiro, Tim Maia. O filme é baseado no livro de Nelson Motta intitulado Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia. A direção ficou a cargo de Mauro Lima e conta com Robson Nunes e Babu Santana no papel do cantor nas fases jovem e adulta, respectivamente. Cauã Reymond e Alinne Moraes completam o elenco principal.
A história é narrada desde os tempos de criança, quando ainda era Sebastião Maia, até sua consagração musical como Tim Maia. Durante o período muitos problemas aparecem, como o uso excessivo de álcool e drogas, além da prisão. Tudo intercalado com momentos de genialidade que o consagraram como um dos maiores cantores brasileiros.
O diretor Mauro Lima ficou conhecido por dirigir o bom “Meu Nome Não é Johnny” e em sequência o ruim “Reis e Ratos”. Ou seja, não era o melhor nome para uma produção como Tim Maia, que abriga uma passagem cronológica grande e com relações mais dramatizadas. O filme em geral ganhou o toque conhecido de Mauro Lima: utilizar muitas drogas. As passagens ficaram confusas e o uso temporal de 55 anos de vida do cantor parece confuso, ficando difícil saber o ano ou até mesmo a idade de Tim ao passar do filme. O tamanho de quase 2h30min de filme prejudica, complica ainda mais ao ver que muita coisa ficou faltando.
Os atores não se encaixam nos papéis. A escalação de Robson Nunes e Babu Santana se deve exclusivamente pela aparência e nada mais. O primeiro é um comediante de stand-up com pouca experiência dramática e o segundo é conhecido por papéis de brutamonte nos filmes. Vale reconhecer o esforço de ambos, mas não convencem como Tim. Pior é ver Robson, que tem 32 anos na pele, vivendo um Tim Maia com 17 anos. Cauã Reymond e Alinne Moraes não comprometem e tampouco ajudam em algo. Outro problema é a narração de Cauã, presente em todo o filme e que pouco acrescenta – ao ponto de ser desnecessária.
O filme em si foge muito das expectativas de ver somente o crescimento artístico de Tim Maia, vai para o lado dos bastidores e daquilo que nem todo mundo sabia. Um Tim Maia cheio de problemas e vícios que prejudicavam cada vez mais seu lado artístico. A carreira de sucesso é colocada de lado e o que vemos é cada vez mais a decadência pessoal de um ícone da música brasileira. Uma ótima utilização para sair do comum e repassar um novo sentido aos espectadores, o de poder acompanhar profundamente a trajetória de Tim Maia.
Pontos fortes
Acompanhar um ídolo e suas músicas é bem interessante, mas mais do que isto é o fator da vida problemática. Idas para Estados Unidos e Inglaterra regadas a drogas e até mesmo prisão com deportação. Uma conversão para uma religião que o fez decair na carreira e também acabou financeiramente com o artista. O filme foge do comum de mostrar somente o sucesso e aproveita todos os problemas de Tim para fazer quase um filme didático de como destruir uma carreira.
Pontos fracos
Além de ser longo e cansativo, as interpretações são grandes erros. O jovem Tim Maia não canta, apenas dubla e dubla muito mal. Existe um delay e falhas na sincronia das canções que podem irritar muita gente. George Sauma é o responsável por um dos piores Roberto Carlos da história, parece mais uma sátira com o cantor do que uma representação.
Nota: 7,0.
http://www.youtube.com/watch?v=yRmopqbDHNg
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.