No embalo do dia dos namorados, nada melhor do que uma comédia romântica estreando nos cinemas. Sob o Mesmo Céu entra nesse embalo e chega ao Brasil nesta quinta (11), é o novo filme do diretor Cameron Crowe e contando com um elenco estelar protagonizado por Bradley Cooper, Emma Stone e Rachel McAdams.
Acompanhamos a volta do militar Brian (Cooper) ao Havaí, local onde cresceu e namorou Tracy (McAdams). Agora ela está casada e com dois filhos, enquanto ele começa a se envolver com a piloto Alisson (Stone) e os dilemas do passado.
Cameron Crowe é conhecido internacionalmente pelos trabalhos como diretor e roteirista em “Jerry Maguire” e “Quase Famosos”, nesse último levando o Oscar de melhor roteiro original. Porém, a temática dos filmes dele são sempre as mesmas: conflitos pessoais e relações humanas. Não que seja algo ruim, mas quando não é bem executado causa a sensação de repetição. E Crowe já parece estar perdendo o fôlego, que começou excelente com os dois filmes citados e já mostrou fraqueza em “Compramos um Zoológico” de 2011 e agora com Sob o Mesmo Céu. O diretor costuma ficar anos parado trabalhando no novo filme, nada mais comum do que criar certa expectativa pelo que virá. E é ai que mora o problema de Aloha (título original), esperar muito por um filme que não passa de um simples entretenimento. É um longa que almeja muito e conclui pouco, são variados personagens interessantes com boas relações ligadas, entretanto nada disso é explorado e tudo acaba do modo que você já esperava quando começou.
Se o ar de protagonista foi colocado em Bradley Cooper, é hora de repensar. O ator vai muito mal, parece desconfortável em cena e em demasia forçado em vários momentos. Mantém uma cara de bobo do começo ao fim e pouco lembra aquele que conquistou Hollywood, totalmente sem vontade. Então entra a estrela de Emma Stone, a garota vem se consolidando cada vez mais e deixando para trás os papéis em filmes adolescentes para criar bons personagens complexos (algo visto em “Birdman”). É ela quem dita o ritmo do filme e consegue controlar muito bem todos os gêneros, desde o drama até comédia e passando obviamente pelo romance. Um carisma incrível essa Emma Stone, conseguindo encantar o espectador e sendo o grande destaque. Rachel McAdams segue no piloto automático, aquela mocinha que faz tudo certo e agrada todo mundo com o jeito carismático de ser, comum dela em filmes assim.
O maior erro da trama é manter tudo no raso. Não temos muitas informações sobre os personagens, nem antes e nem durante, de uma forma que fica complicado querer criar alguma relação direta. Toda a história é passada em momentos corridos e mal aprofundados, as complicações vão surgindo na tela e cabe exclusivamente ao público definir do que se trata. Se ao mesmo tempo um filme mastigado e que fala passo-a-passo do que está acontecendo é chato, aqueles que nem se dão ao trabalho de tentar informar são chatos da mesma forma. O elenco conta com Bill Murray e Alec Baldwin, dois excelentes atores de comédia, em papéis que deveriam ser importantes e que na prática fazem pouca diferença. Faltou vontade para criar um bom filme, no final se tornou mais uma comédia romântica em meio de várias.
Ponto fraco
Parece ser um filme feito só para fazer, sem nenhuma pretensão. E é assim que deve ser assistido, como outro qualquer. A má vontade de querer indagar o público e criar boas tramas é visível, não existe discussão. Quando o filme começa e somos apresentados aos personagens, tudo já fica bem óbvio na cabeça de todos. Se tornando apenas uma prolongação até acabar da forma como já sabemos que irá acontecer.
Ponto forte
Os nomes envolvidos. Querendo ou não, um filme que conta com Crowe na direção e atores tão renomado no elenco é no mínimo plausível de dar um crédito. Apesar de não ser grandes coisas, é uma comédia romântica decente e que pode animar um final de tarde sem muita dificuldade.
Nota: 5,0
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.