Mesmo caindo em alguns clichês, a despedida do James Bond de Daniel Craig consegue ser empolgante sem deixar de lado a emoção. Em longos 167 minutos, “007: Sem Tempo Pra Morrer”, acompanha Bond em uma última missão que envolve (como sempre) o fim do mundo, drama familiar e algumas pitadas de nostalgia.
A trama começa com um prólogo que liga Madeleine, o interesse romântico que conhecemos no filme anterior do herói, ao vilão, interpretado por Rami Malek. Apesar de ser a primeira cena do filme e entregar todas as motivações por trás do personagem de Malek, ela é uma das melhores coisas produzidas no filme, deixando claro que a família é o tema que vai embalar e trazer um peso emocional à história.
Falando em vilão, diferente das aventuras anteriores do agente britânico, Safin é facilmente esquecido. Ao invés de suas ações precisarem da intervenção de Bond, parece que todo o arco do vilão existe para o protagonista se conectar com sua família. A atuação de Rami Malek também não ajuda, já que o ator em “Sem Tempo Pra Morrer” repete os trejeitos de seu personagem em Mr. Robot, só que desta vez precisando de uma visita urgente ao dermatologista.
A presença de Phoebe Waller Bridge na sala de roteiristas é claramente percebida no filme tanto em pequenos alívios cômicos ao longo da trama quanto no monólogo de Safin. Uma gaveta com um jogo de chá e uma mola caindo da escada são pequenos sorrisos espalhados pelo filme que não agridem a seriedade do roteiro mas fornecem o respiro que é preciso no meio de tanta ação. Já no monólogo de Safin, Phoebe parece responder a súplica de sua personagem na segunda temporada de Fleabag que anseia por alguém que tome as rédeas de sua vida.
Apesar de ser o motor que movimenta o filme, a relação entre Bond e Madeleine, interpretada por Léa Seydoux, até o final do segundo ato parece ter sido apenas um amor de verão entre um homem de meia idade e uma menina de 25 anos. Quando a história finalmente começa a fazer sentido, mais uma vez, o vilão é colocado como a cola que junta os dois. Infelizmente, a história é levada ao clichê ja conhecido onde o herói não consegue viver uma vida pacata em família e serve como mártir para salvar o fim do mundo.
Um dos refrescos que o filme traz é a introdução de uma nova possibilidade de futuro. Lashana Lynch dá vida tanto à primeira mulher 007 quanto à primeira pessoa negra a carregar o número do agente. Infelizmente a personagem cai nos mesmos clichês de outras personagens femininas nos filmes de Bond. Ao invés de mostrar a força e a inteligência da nova 007, o filme escolhe retratá-la primeiro como mais uma femme fatale e depois como alguém inseguro com o seu posto na agência.
Outro exemplo dessa infeliz tradição é a personagem de Ana de Armas, outra agente prodígio tratada como menos. No caso de Paloma, a parceira de Bond é escrita como alguém ingênuo e inseguro, apesar de se mostrar indispensável na missão com apenas três semanas de treinamento.
Um dos assuntos que rodeiam o “Sem Tempo Pra Morrer” é a música de mesmo nome escrita e interpretada por Billie Eilish. Apesar de falarem que as canções dedicadas aos filmes anteriores serem melhores, nem “Skyfall”, de Adele, muito menos “Wrintings On The Wall”, de Sam Smith, conversam tão bem com a trama quanto “No Time To Die”. Embalada pelas composições de Hans Zimmer, a trilha sonora do longa se torna mais memorável que o personagem de Rami Malek.
Filmes como os de James Bond são nichados e atraem certo tipo de audiência, apesar da participação de Phoebe Waller Bridge ser um atrativo a novos públicos, o longa acaba sendo mais do mesmo. Um exímio e emocionante “mais do mesmo”.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.