Crítica – O Sétimo Filho (Seventh Son)

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Estreia nesta quinta (12) mais uma obra de ficção baseada em livro: O Sétimo Filho. O filme é uma adaptação da saga de livros As Aventuras do Caça-Feitiço, em especial a primeira parte intitulada O Aprendiz, escrito por Joseph Delaney. A produção cinematográfica caiu nas mãos do desconhecido Sergei Bodrov e dos pra lá de experientes Jeff Bridges e Julianne Moore no elenco.

Todo o filme se desenrola com o caça-feitiço John Gregory (Bridges) atrás de um substituto, mas para tal função o garoto deve ser sétimo filho de mãe/pai que também seja sétimo filho. O escolhido é Tom Ward (Ben Barnes), que deve aprender a caçar antes que a bruxa Mãe Malkin (Moore) transforme o mundo em trevas.

Não é coincidência, a trama é exatamente a mesma de milhares de produções já feitas por ai. Talvez por tamanha semelhança, e não conseguir se expandir no próprio universo, O Sétimo Filho acabou sendo um dos grandes fracassos nos cinemas americanos. O filme não é ruim, os atores são bons e até tem vários pontos de destaque, mas o excesso de clichês derrubou qualquer esperança.

A escalação do russo Sergei Bodrov para a direção mostrou que a própria produção não tinha muitas expectativas de inovar. O diretor até tem alguns trabalhos reconhecidos, porém nunca chegou perto de uma adaptação literária de ficção cheia de efeitos. Os efeitos especiais são ótimos, assim como todas as criaturas que aparecem. Só que na hora de fazer valer, a dívida é gigante, pois não existem cenas de batalha. Vemos um festival de cortes e ameaças. Ao menos o filme compensa na fotografia e na destacada caracterização medieval.

Jeff Bridges e Julianne Moore foram os caminhos encontrados para tentar alavancar o longa, nomes famosos e que atraem público. Na realidade a presença dos dois acaba pouco produtiva, as atuações são cheias de trejeitos e caricatas/forçadas ao limite. O ator escolhido para fazer um garoto já tem 33 anos.

O Sétimo Filho conta com vários elementos legais como personagens místicos do mal que invocam exércitos, homens de quatro braços, ogros e por aí vai. Só que a má utilização deles e a inserção de vários elementos desnecessários como romance proibido, ajudante inútil que salva o mundo e etc. acaba com qualquer empolgação existente.

Ponto fraco

Tinha tudo pra conseguir trazer uma boa história no gênero, mas se perdeu ao não tentar ousar e ser diferente. A trama que seria ação/aventura virou um romance adolescente com final previsível entupido de uma trilha sonora barulhenta que não descansa em nenhuma cena.

Ponto forte

Pra quem gosta de efeitos especiais, criaturas mitológicas e um belo cenário (mesmo que não sejam utilizados corretamente), temos um exemplar decente aqui.

Nota: 5,0

Trailer – O Sétimo Filho (Seventh Son)

Por Adalberto Juliatto
12/03/2015 03h04