A sequência de filmes do Hobbit já vinha causando alguma polêmica há tempos. Muito se questionou a necessidade de dividir a história em três longas, já que ela seria facilmente contada em dois. Outra queixa comum era a respeito dos adendos: novos personagens e tramas que não existem no conto original. Uma certa “encheção de linguiça”. E o último filme da trilogia, “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos“, deixa ainda mais claro que as críticas citadas anteriormente são pertinentes.
O filme começa com Smaug (Benedict Cumberbatch) queimando a Cidade do Lago enquanto os anões encontram o tesouro do dragão na Montanha Solitária. Após perder tudo para o fogo, Bard (Luke Evans) assume a liderança entre os homens do lago e pede a Thorin (Richard Armitage) uma parte do ouro para que seu povo possa recomeçar a vida. Negando o pedido Thorin desencadeia a batalha que dá nome ao longa. Aos poucos, elfos, orcs, águias e outras criaturas participam dela também buscando sua parte do tesouro.
A batalha conta com efeitos especiais incríveis, uma bela multidão de arqueiros coreografados marchando em direção aos inimigos e milhares de bons motivos para ver o filme em 3D. Em alguns momentos o combate beira o absurdo, com pequenos grupos derrotando opositores de maior peso, mas há de se ponderar que estamos tratando de uma fantasia épica. Além disso, a sequência de lutas parece interminável e levaria o espectador ao tédio se não fosse pelas pausas para resolução de pequenos dramas.
Apesar de não figurar no conto escrito por Tolkien, Legolas (Orlando Bloom) é resgatado de O Senhor dos Anéis para protagonizar um triangulo amoroso que envolve Kili (Aidan Turner) e Tauriel (Evangeline Lilly), uma elfa jamais citada pelo escritor, que sequer inclui mulheres em sua história. A trama foi introduzida no segundo filme e ganha força no terceiro, com um desfecho interessante, mas altamente questionável. Outro elemento dispensável é Alfrid (Ryan Gage). O sujeito foi criado para injetar uma dose de humor no filme, aparentemente, mas é mal-sucedido.
Pontos fortes
Efeitos, efeitos e mais efeitos. Martin Freeman também aparece impecável como Bilbo. Tão bom que provavelmente será um daqueles atores eternamente lembrados por um papel.
Pontos fracos
Fragmentar a narrativa de um livro em três filmes levou o diretor Peter Jackson a incluir elementos novos à história para mantê-la interessante em todas as partes. No fim das contas, ele fez bons filmes, mas desrespeitou a obra de Tolkien e desagradou aos fãs da obra.
Nota: 8,0
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.