A nova empreitada de Guillermo Del Toro que estreia nesta quinta (16) se chama Festa no Céu e chega aos cinemas internacionais para mostrar um pouco mais sobre o México. A animação foge do comum tanto na história quanto no design e principalmente pela iniciativa de abrir novos horizontes.
Festa no Céu conta a história de um triângulo amoroso entre Maria, Manolo e Joaquin que cresceram juntos no mundo dos vivos e são objetos de uma aposta entre La Muerte e Xibalta, governantes das terras dos lembrados e dos esquecidos respectivamente, em que o derrotado perderá seu comando. Todo o desenrolar desta história é narrado por uma guia de museu para algumas crianças desobedientes.
É fácil perceber o excesso de informações para um filme de animação que rapidamente é categorizado como infantil. Muito desta sobrecarga pode ser considerada obra de quem está por trás das câmeras. Del Toro é mundialmente conhecido pela qualidade e profundidade de seus filmes, aqui ele se joga em algo novo como produtor de uma animação voltada ao público infantil.
O filme começa em tempos atuais com crianças sendo guiadas ao museu e lá recebendo uma aula de história mexicana. A narração segue presente de inicio ao fim, como uma forma de terceirização do filme. Por várias vezes a trama principal é interrompida para retornar com alguma interferência da narradora e seus ouvintes. A proposta não é totalmente nova, mas causa alguns momentos de alívio e explicação maior em cenas confusas.
Festa no Céu segue uma linhagem cada vez mais comum de animações puxadas para um lado mais adulto, que possam agradar pais e filhos. Aqui até mesmo os traços dos personagens fogem do comum, já que todos os personagens da trama são montados em forma de bonecos de madeira. Não só isso, mas o filme coloca várias lições de moral baseadas em problemáticas da própria vida real.
Manolo é de uma família de toureiros que segue firmemente a herança de saber “derrotar” um touro, mas ele é diferente com seu gosto por cantar e tocar violão aliados com um total sentimento de que animais não devem ser machucados. Maria é filha do governante local e se vê obrigada toda hora de concordar com os gostos do pai visando um bem maior. Joaquin é a típica pessoa que precisa mostrar ser o melhor, custe o que custar.
Ponto forte
Talvez o maior mérito seja exatamente o de tratar situações inusitadas para um filme infantil, como a morte. A morte é quase ausente deste tipo de filme, mas aqui está presente em todo momento. Falar sobre pessoas que não estão mais presentes e do que acontece após a morte não são situações fáceis, e aqui são muito bem representadas. Uma mostra rápida de como o México em si lida com tais situações.
Ponto fraco
Muito assunto em pouco lugar. Em determinado momento você chega a se perder na imensidão de personagens, locais e histórias que são colocadas uma sobre as outras sem explicação. Parece que um atalho foi utilizado para chegar facilmente ao final, não importando os buracos no caminho.
Nota: 7,5
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.