A Pixar está de volta aos cinemas nesta quinta (18) com Divertida Mente. Abordando uma trama diferente, e mantendo a qualidade o estúdio, ao apresentar as emoções que controlam uma criança de 11 anos: Alegria, Tristeza, Nojinho, Medo e Raiva.
Divertida Mente é o melhor trabalho disparado da Pixar desde 2010. E não só isso, é talvez um dos melhores trabalhos do estúdio, assim como animações em geral, na história. Há cinco anos era lançado ‘Toy Story 3’, de qualidade unânime, e de lá até aqui tivemos ‘Carros 2’ em 2011, ‘Valente’ em 2012 e ‘Universidade Monstros’ em 2013, com 2014 zerado de produção. Resumindo: uma sequência um tanto quanto problemática para um nome que é conhecido pela excelência. A necessidade/desespero por um filme realmente bom pode ser o grande fator para que Divertida Mente se mostra tão qualificado. Mas existe outra explicação para o sucesso ai.
E atende pelo nome de Pete Docter, o diretor e roteirista aqui. Ele é responsável por roteiros de ‘Toy Story I e II’ e ‘WALL-E’, além de assumir a mesma função dupla em ‘Monstros S.A.’ e ‘Up – Altas Aventuras’. Docter é um gênio, o que é fácil de perceber, e é um gênio maior ainda por conseguir sair do tradicional e elaborar projetos envolvendo assuntos totalmente inesperados, e o melhor é que faz eles darem certo. Seja com bonecos tendo vida própria, um robô sozinho no futuro, a vida de monstros, um velho aventureiro ou até mesmo tratar das emoções de uma criança.
Pete Docter é preciso em todos os detalhes e escolhas para a trama. Desde optar por falar de uma menina de 11 anos com certos problemas dentro de casa até as cinco emoções escolhidas e suas caracterizações. Cada uma remete exatamente ao que deveria na roupa e na atitude, e isso é muito legal. Não teria opção melhor do que evidenciar o que ocorre dentro da cabeça de uma garota, convivendo com mudanças na vida, assim como as cinco emoções escolhidas. Os humanos se tornam apenas coadjuvantes em meio de tudo, e são os cinco personagens que assumem a rédea. Assim como em todo filme da Pixar cada parte equivale algo, Alegria é a razão, Tristeza o drama e os outros três os lados totalmente cômicos, uma trinca que compõe uma formula bem comum no estúdio.
A perfeição como é tratada a mente humana e pela forma simples que ela é apresentada chega a assustar, da mesma forma como a perfeição gráfica da animação onde tudo brilha aos olhos do espectador. Não é pela razão de tratar de uma garota que não se encaixe para todo mundo, o contrário na realidade, todos se enxergam no que vai acontecendo. Toda a área de controle, como as emoções trabalham, as memórias e lembranças, todo o sistema trabalhador de sonhos, arquivos e por ai vai. Contamos ainda com uma apresentação exata de todos os personagens que aparecem em cena, assim como de todos os acontecimentos, o que torna tudo meio previsível, mas não apaga o brilhantismo geral de forma alguma. Divertida Mente é engraçado, é por vezes triste, faz você pensar na vida e traz variadas reações inesperadas para um filme que passa longe de ser apenas infantil.
Ponto forte
Inovador. Palavra que define o filme e mostra como fugir das animações caricatas é excelente. Tudo o que se passa nos 90 minutos de produção é totalmente novo para todo mundo, e feito com uma maestria absurda. É o favorito ao Oscar de melhor animação desde já, mesmo sem os adversários serem apresentados. Além de significar o terceiro Oscar seguido na categoria para a Disney (dona da Pixar e que ganhou anteriormente com ‘Frozen’ e ‘Operação Big Hero’).
Ponto fraco
O filme parece se perder um pouco a partir do momento que as duas emoções principais se isolam do restante, o brilhantismo some e não retorna até o final. Apesar de ser uma situação necessária para a trama como um todo e continuar sendo bem agradável, é discutível se era realmente essencial fazer de tal forma e seguir alguns caminhos ali.
Nota: 9,5
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.