Ninguém ama o Deadpool mais do que Ryan Reynolds. E isso fica evidente em “Deadpool & Wolverine” que estreia hoje (25/07) nos cinemas brasileiros. O ator assina o roteiro do terceiro longa dedicado ao anti-herói ao lado do diretor Shawn Levy e outros três roteiristas. E isso ajuda a garantir que o filme entregue o que um fã espera de uma adaptação.
O longa-metragem é o primeiro em que a Disney (através da Marvel Studios) aposta nos personagens desde a aquisição dos direitos autorais, antes da 20th Century Fox. E o estúdio demorou para preparar algo. Preocupada con a quinta fase da Marvel nos cinemas (e no streaming), a Disney apostou em variedade de personagens e multiversos. Mas mesmo hits como “Guardiões da Galáxia vol. 3” renderam menos lucro do que os anteriores. Apostar em personagens queridos e uma comédia com poucas consequências para o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) é a escolha acertada. Principalmente ao entregar nas mãos de quem gosta de verdade do Deadpool.
“Deadpool & Wolverine” não poderia fugir do tema multiverso, mas consegue contornar os problemas impostos pela própria lógica do conceito. Na história, Wade “Deadpool” Wilson desistiu de usar seus poderes e assumir uma vida normal, afastando até mesmo a namorada Vanessa (a sempre carismática Morena Baccarin). Quando a Autoridade da Variância Temporal (AVT) o recruta, não para salvar o universo, mas para acelerar sua destruição e deixar seguir o curso da linha temporal principal, Wade busca em Wolverine a peça chave para manter sua existência de pé. Ele viaja por diferentes multiversos até achar um Logan disponível – ou derrotado o suficiente para aceitar a tarefa.
A trama parece simples comparada a outras mirabolantes histórias da fase pós-Ultimato do MCU. Claro que o esperado de um filme do Deadpool não é a coerência ou soluções fáceis, e isso o filme entrega muito bem. Além do representante da AVT, Paradox, no Vazio (para onde são enviados heróis que causaram problemas em linhas temporais) está Cassandra Nova. A personagem poderosa e interessante dos quadrinhos ganha sua chance de aparecer em um filme. Não é tão bem aproveitada, mas funciona.
Para quem não viu a série “Loki”, pode se sentir um pouco perdido com a AVT. O filme explica muito rapidamente a função do grupo, quase uma polícia do tempo, e ainda tenta apresentar uma trama interna na instituição em poucos minutos. É mais fácil aceitar a confusão e se deixar levar.
O que muitos fãs esperam desde antes de ter um filme do Deadpool (o primeiro é de 2016) é uma boa briga entre o anti-herói e Wolverine. Tecnicamente, uma luta aconteceu no famigerado “X-Men Origens: Wolverine” (2009), mas nada perto do que o novo filme entrega. Usando seus uniformes (e o longa dá uma ótima explicação para que Logan esteja de amarelo), os mutantes não pegam leve e, com o poder de se regenerar, geram brigas sangrentas dignas da classificação etária de 18 anos. As cenas são bem feitas e entregam o esperado.
A alta classificação também permite o comportamento mais inadequado que Hugh Jackman já demonstrou nos filmes – sempre com maestria. Palavrões e bebidas são como vírgulas nas falas dos personagens. Longe de ser um problema: os atores principais usam até detalhes a seu favor na hora de construir personagens multifacetados e interessantes. Jackman consegue ser fiel ao Wolverine e ao mesmo tempo trazer algo novo.
Cenas de luta em geral equilibram bem a ação e o uso de efeitos especiais, com poucos momentos decepcionantes. Só quando o filme traz participações especiais rápidas demais é que deixa a desejar. Heróis e humanos comuns dos longas anteriores fazem pequenas pontas, deixando “Deadpool & Wolverine” para a dupla central e seus dramas de quem tenta ser importante, cada um para seu universo. Outras aparições dão dinâmica à narrativa e mexem com a nostalgia de quem acompanha esses filmes há décadas.
Ao trazer personagens de filmes de super-heróis dos anos 2000, que tiveram suas franquias interrompidas, o longa faz um comentário sobre a própria estafa desse tipo de cinema. O humor que caracterizou Deadpool agora é usado no MCU para criticar escolhas do antigo estúdio 20th Century Fox e fazer piada com a quantidade de heróis e filmes que foram sendo abandonados e trocados por outros projetos. O curioso é quem faz a piada – não Deadpool, mas a Disney. O estúdio aproveita os personagens para tentar estimular um novo fôlego pelas adaptações de quadrinhos.
E funciona. Hugh Jackman brilha como Logan, equilibrando violência e emoção, e Ryan Reynolds traz o que mostrou de melhor nos dois “Deadpool”, turbinado pelo poder das franquias Disney. “Deadpool & Wolverine” entrega o que promete, ação e comédia bem equilibrados, feitos por quem tem apreço aos personagens.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.