Uma sessão da meia-noite lotada de jovens-adultos, que, antes mesmo de ver o filme, já sabiam que – daquela vez – o contraditório mutante do Universo Marvel não decepcionaria.
Principalmente após o boom de filmes de super-heróis – mérito do primeiro filme da série X-Men -, diminuiu muito o estigma de nerd, gordinho, que lê quadrinhos e joga videogame, dando lugar a jovens, dos mais variados estilos de roupa, cabelo e atitude, que querem desvendar mais uma história de um personagem que marcou ou não sua infância. No caso de Deadpool, provavelmente não.
O personagem não alcançava grande reconhecimento nos quadrinhos e teve uma esquecível aparição em X-Men Origens: Wolverine. Na verdade, nem tão esquecível, de tão pavorosa que foi. Ali, de Deadpool, havia apenas um toque do humor sarcástico do mercenário e a habilidade com espadas, que agora finalmente foi levada a sério. Mas como apagar o vergonhoso passado do personagem nos cinemas? A resposta parece simples, mas não foi.
O filme solo do personagem só saiu do papel após o vazamento de uma cena teste, que gerou uma mobilização dos fãs e – após onze anos engavetado – começou a ser produzido. Parte do mérito da produção deve ser dada a Ryan Reynolds, que interpreta o herói – tanto no filme solo, quanto no X-Men Origens. Para garantir a fidelidade do personagem nas telonas, o ator diminuiu o próprio salário para convencer a produção a fazer um filme com classificação Rated R – algo como “menores de 17 anos somente acompanhados por um responsável“. E o efeito é visível na tela. Deadpool não seria Deadpool em um filme com classificação indicativa de 10 anos, como é Os Vingadores.
A classificação reflete não apenas na violência e sangue que o filme apresenta, mas também nas inúmeras referências pop que estão jogadas – na verdade, bem encaixadas – durante o longa, e que só poderiam ser entendidas por quem, no mínimo, nasceu na década de 90. Referências, inclusive, ao antigo Deadpool de X-Men Origens e ao fracassado Lanterna Verde, também interpretado por Reynolds.
A metalinguagem está presente no filme sem cansar o expectador. Deadpool não só quebra a 4ª parede, como quebra a 16ª parede, como observa o personagem – se é que isso é possível. E não apenas a história é narrada por Deadpool: a edição, os movimentos dos personagens e até a direção de fotografia ficam por conta do super.
O filme inteiro flerta com o clichê heroico, que move quase todas as adaptações cinematográficas de quadrinhos, mas, neste caso, terminando sempre em uma reviravolta ou piada. Exceto, é claro, pela motivação do personagem em sua jornada e pelo final da trama, que não conseguem escapar da mesma história de sempre. Mas fique tranquilo, porque isso não é um ponto negativo na narrativa. Na verdade, o personagem também fará uma piada com isso.
Com um filme de origem que fez inveja ao Wolverine, Deadpool acerta na dose cômica – tanto do personagem, quanto do tom do filme – e credita, desde o início, que os verdadeiros heróis do filme são seus roteiristas – Paul Wernick e Rhett Reese – que, juntamente com Reynolds, o diretor – Tim Miller – e toda a produção, fizeram com que o esquecível Deadpool se transformasse em um personagem que honra suas raízes dos quadrinhos.
* Não deixe a sessão até que as últimas letrinhas brancas terminem de subir. Essa é uma das cenas pós-creditos da Marvel que vale a pena esperar para ver!
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.