Circo do Chaves em Curitiba: mais de 10 mil pessoas já assistiram; confira entrevista exclusiva

foto: Stephan Solon
foto: Stephan Solon

Sucesso de público, o “Circo Mágico do Chaves” já foi assistido por mais de 10 mil pessoas em Curitiba. O espetáculo mistura todo o universo do clássico programa de TV com a magia do circo, trazendo teatro, malabares, equilibrismo e mais. Os atores Luiz Rodrigues e Giovanna Federzoni estiveram no Curitiba Cult para uma entrevista exclusiva.

O Circo está montado no Estacionamento do Carrefour Champagnat e tem ingressos a partir de R$ 25 no site TicketsOn. As sessões acontecem nas quintas e sextas-feiras, 20h, sábados às 16h e 19h, e domingos, às 15h e às 18h.

O espetáculo teve uma primeira fase em São Paulo, mas agora inicia uma turnê por outras cidades. Luiz Rodrigues interpretou o Chaves em São Paulo e Campinas, assumindo de volta o gorro do personagem mexicano. Já Giovanna Federzoni interpreta Chiquinha pela primeira vez. Curitiba é o começo da turnê. Quando perguntados sobre quais são as expectativas para as apresentações, a resposta é em uníssono: “todas!”.

Chaves no Circo

Autorizado pela família de Roberto Bolaños, o criador que deu vida ao Chaves, o “Circo Mágico do Chaves” mistura uma tradição brasileira dos picadeiros com o clássico da TV mexicana dos anos 1970 e que chegou ao Brasil em 1984. “É um grande episódio do Chaves no circo”, comenta Rodrigues. A primeira versão do espetáculo acontecia no teatro, mas agora acontece pela primeira vez na lona de circo, incrementando a experiência.

O programa de TV conseguiu cruzar diferentes gerações com o humor leve e ao mesmo tempo crítico de Bolaños. As famílias vão juntas assistir ao espetáculo, e desde as crianças aos adultos se divertem. “Quando abre a cortina, você vê que tem a vó com a filha e a neta, todo mundo um do lado do outro assistindo esse mundo que o Bolaños criou lá nos anos 1970”, o ator comenta. “Você percebe que é uma força que marca gerações, porque todo mundo que assiste isso é capaz de se identificar com alguns desses personagens, com esse universo”.

Luiz Rodrigues ainda relembra a crítica de Bolaños da realidade latino-americana que, quando criança, parecia imperceptível, e revisitar esse mundo depois de adulto, traz um novo olhar. “Ele traz isso de uma maneira extremamente leve e usando humor. Quando a gente reassiste os episódios agora, a gente percebe o tom crítico que ele usa do humor para trazer pra gente”, explica. “Bolaños escreve uma obra que de fato dialoga com uma realidade da América Latina daquele momento específico. Acho que é por isso que a gente se identifica”.

Acessibilidade

Nas primeiras sessões em São Paulo, o “Circo Mágico do Chaves” teve uma presença marcante de público com deficiência. Um dos pilares do espetáculo, realizado pela Rw7 Production & Entertainment e Music On Events e apresentado pelo Ministério da Cultura e BB Seguros, é a acessibilidade. “Tem uma gama muito grande de coisas necessárias. A primeira é as pessoas conseguirem acessar o espaço”, comenta Rodrigues, lembrando que as áreas tem acessos para cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade. A valorização do acesso à arte para pessoas com deficiência também é destaque. “A linguagem que Bolaños cria quando cria esse universo fala diretamente com esse público. A quantidade de pessoas com deficiência é muito grande. São pessoas que se identificam com o espetáculo, com os personagens, de uma maneira tão bonita e tão única que a agente simplesmente abraça e conversa, tenta estar junto durante o espetáculo e tornar isso acessível de verdade a todos os públicos”, Luiz conta.

Imersão

O “Circo Mágico do Chaves” tem 19 artistas em cena, que vão desde atores representando os personagens clássicos da vila até os malabaristas, equilibristas e outros artistas circenses. A imersão no mundo do personagem é um diferencial, com os atores sempre prontos para encarnar “Eu entendo uma coisa que é muito legal no trabalho do ator: quando personagem e você convergem, e fica mais divertido, mais fácil”, comenta Giovanna.

Até durante a entrevista, os personagens queriam aparecer. Para lidar com o teatro infantil, o improviso é instantâneo e a diversão dos atores em interpretar aquele mundo fica perceptível. Os atores, falando como Chaves e Chiquinha, falaram até do frio da cidade.

Os atores, imersos em seus personagens, convidaram o público para o “Circo Mágico do Chaves”.

SERVIÇO – Circo Mágico do Chaves

Quando:  quintas, sextas, sábados e domingos

Onde: Estacionamento do Carrefour Champagnat (R. Deputado Heitor Alencar Furtado, 1210)

Horário: quintas e sextas (20h), sábado (16h e 19h) e domingos (15h e 18h)

Quanto: Setor Chiquinha a R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira), Setor Quico a R$ 35 (meia) e R$ 70 (inteira), Setor Chaves a R$ 60 (meia) e R$ 120 (inteira)

Ingressos: site Tickets On

Por Brunow Camman
26/06/2024 12h17

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