Antes do brinde de Natal ou de Ano Novo, surge aquela dúvida: celebrar com champagne ou espumante? Afinal, qual a diferença entre as bebidas? Uma história centenária de tradição gastronômica separa os tipos – que não estão tão distantes assim. Para sanar as dúvidas e saborear a bebida, independente da escolha, a sommelière Juliane Treska explica os detalhes. Ela ministra um atelier especial de espumantes brasileiros neste sábado (14/12), às 16h, na Aliança Francesa, parte da programação da Prudente Cultural.
O champagne, como é conhecido hoje, surge por volta do século XVII com Dom Pérignon, monge beneditino que queria saber como alguns vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados, o que poderia levar a uma segunda fermentação na garrafa. Após o processo de vinificação como qualquer outro vinho, acontecia a liberação de gás carbônico na segunda fermentação, que até estourava algumas garrafas. “Ele até desenvolveu algumas técnicas para preservar a segunda fermentação. Mas não foi ele que descobriu, porque isso já remonta a criação do champagne na época dos romanos. Ele foi um dos responsáveis por criar técnicas de preservação do gás proveniente da segunda fermentação em garrafa“, conta Juliane.
O nome específico remete a uma região na França, a alguns quilômetros de Paris. “Só podem ter o nome de champagne esses vinhos com segunda fermentação na região de Champagne“, explica a sommelière. Lá, só podem ser cultivadas 3 castas de uva: Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier. O processo é extenso, podendo passar meses ou até anos maturando. Na remouage, há concentração de leveduras no gargalo da garrafa, e uma pessoa específica fica responsável por virar as garrafas no suporte, acumulando o sedimento. Então, há a remoção do sedimento.
Mas não há dúvidas quanto às semelhanças: “Antes de ser champagne ou espumante, é vinho. Porque passa pelo mesmo processo de vinificação, só que segue para a segunda fermentação, o método tradicional, bem elaborado“. O nome Champagne é protegido pela legislação – na França, os vinhos feitos nesse processo dentro da região, recebem uma AOC (apelação de origem controlada), como uma denominação de origem que protegem o aspecto cultural da produção gastronômica. “O champagne carrega algumas características, como leveza na boca, aromas de fermentação, de panificação, você vai sentir a estrutura do vinho“, explica Juliane.
Outras produções ao redor do mundo podem usar o mesmo método, mas pela proteção da AOC, não podem levar o mesmo nome. Assim, são chamados Crémant. Até mesmo espumantes franceses de outras regiões precisam ser chamados assim. Para os espumantes, há outros métodos, como Charmat, que passa pela fermentação em tanque.
E como a bebida virou sinônimo de brinde e comemoração? Desde os primeiros vinhos, antes de surgir o nome champagne, esse tipo de bebida era associado à alta sociedade e a muito prestígio. “Na Revolução Francesa, as pessoas celebraram a sobrevivência bebendo champagne. O que reforça as celebrações. Foi algo muito importante e as pessoas comemoraram assim, ficou marcado como algo muito especial“, conta a sommelière. “É (uma bebida) cheia de protocolo, porque faz barulho, está espumando, o que vai lembrar algo festivo“. Ao longo dos séculos, o mito continuou. “Na Belle Époque francesa (período do fim do século XIX e início do XX), as casas de champagne faziam marketing para associar a bebida à alegria, celebração e status quo, algo mais glamouroso“, continua.
Figuras históricas reforçaram todo o glamour construído em cima do champagne. Maria Antonieta e Napoleão Bonaparte, por exemplo, eram amantes da bebida. Marilyn Monroe era outra fã incondicional desse estilo de vinho, chegou a afirmar que começava seu dia tomando uma taça do Piper-Heidsieck e, reza a lenda, tomou um banho em uma banheira com o equivalente a 350 garrafas de champagne.
No Brasil, não se tem como fazer o champagne, mas existem muitos espumantes. O método Charmat é o mais comum, por ser mais econômico, mas outros destacam métodos mais artesanais. Algumas cavas apresentam diferentes processos de fermentação, e a Serra Gaúcha tem se destacado na elaboração de espumantes. No evento deste sábado, a sommelière realiza na Aliança Francesa um atelier falando mais sobre a produção nacional e cita algumas harmonizações. A mais curiosa: com feijoada.
“Uma das harmonizações mais bacanas é a feijoada brasileira, bem tradicional, harmoniza com espumante brut ou extra brut, bem sequinho. Porque as moléculas de acidez da bebida quebram as moléculas de gordura, trazendo leveza para um prato que é mais pesado“, explica Juliane sobre a inusitada combinação. E até um clássico de bar também vai bem com esse vinho: as batatas fritas. Ela confirma: “Aqui, a gente tem a cultura de abrir uma cerveja, mas um bom champagne vai muito bem, um espumante mais sequinho combina com o petisco querido por todos“.
Associado às festas, o espumante também combina com pratos típicos das festividades de fim de ano. “O espumante começa já harmonizando com tábua de frios, salpicão, com o Peru de Natal, com pratos de peixe. Na ceia de Ano Novo vai muito bem com a famosa lentilha“, afirma. Para a sobremesa, como o típico pavê, ela define: “recomendo um espumante para demisec ou até moscatel“. Essas classificações são feias a partir do açúcar residual do tipo da uva, proveniente da própria fruta, que deixa suas características na bebida. Cada prato tem sua harmonização ideal, variando conforme as uvas utilizadas, a doçura de cada estilo – e, claro, o gosto de quem brinda, seja com espumante ou com champagne.
Quando: 14 de dezembro de 2024 (sábado)
Horário: 16h
Onde: Aliança Francesa (R. Prudente de Moraes, 1101)
Quanto: R$ 120
Informações: no Instagram da Aliança Francesa
Inscrições: no site Sympla.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
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