Blackpink na sua área, girl group lança segundo álbum, ‘Born Pink’

Foto: Reprodução

Blackpink está de volta na área. Nessa sexta-feira (16) chegou às plataformas o segundo – e tão aguardado – álbum de estúdio do grupo pop, “Born Pink”, com direito a oito faixas que solidificam a direção do grupo e trazem um blend de pop, hip hop, rock, letras empoderadas e harmonias. 

Enquanto o ritmo de lançamento dos grupos de k-pop costuma ser – literalmente – frenético, é até difícil acreditar que a discografia do Blackpink, que estreou em 2016 com o hit “Boombayah”, seja tão enxuta. O primeiro álbum completo de estúdio foi lançado em 2020, intitulado “The Album”, e desde então as quatro integrantes, Jisoo, Jennie, Rosé e Lisa, se aventuraram em projetos solo, na moda, e outras vertentes. 

A estratégia, muitas vezes criticada pelos fãs, deixa a antecipação e espera pelos lançamentos ainda maior – e com isso, também, as expectativas. “Pink Venom”, o primeiro single do novo álbum, estourou nas paradas, ficou em primeiro lugar na Billboard Global 200, mas com muitos relatos de amor e ódio pela música. A faixa mistura diversos elementos, rap de Lisa e Jennie, um refrão mais lento e sussurrado, com um bridge bem ao estilo Blackpink. Apesar de apresentar a nova era, não encapsula tão bem o que estava por vir no álbum “Born Pink”, que apresenta faixas ainda mais fortes.

A canção título do álbum, “Shut Down”, lançada nessa sexta, traz algo novo e refinado à sonoridade do grupo. Um vai e vem de violino (sample da clássica “La Campanella”, do italiano Niccolo Paganini), misturado ao pop e hip hop, surpreende. Nas letras, o empoderamento clássico do grupo.

“Praying for my downfall, many have tried, baby (Rezando para a minha queda, muitos tentaram, bebê) / Catch me when you hear my Lamborghini (Me encontre quando você ouvir a minha Lamborghini)”

O videoclipe ainda faz referências a diversos outros MVs do grupo, um deleite aos fãs para encontrar todos os easter eggs.

O álbum segue com “Typa Girl”, que traz uma batida empolgante, e segue mostrando a que o grupo veio. “Eu levo o dinheiro para a casa, não o jantar”, exaltam na letra. O ritmo muda levemente em “Yeah Yeah Yeah”, mais pop rock, com vocais em maior destaque, e referências rock anos 80 e sintetizadores. “Hard to Love” eleva os vocais de Rosé, começa tranquila e embarca em uma faixa disco empolgante. Na sequência, a primeira e única balada do álbum, “The Happiest Girl”, exalta as harmonias de todas as integrantes. Logo, o ritmo já volta a elevar com “Tally”, uma espécie de “balada rock”, que exala a importância de ser você mesmo. “Eu não vou mudar porque você pediu”, cantam. Para fechar, “Ready to Love” traz um clima tropical para fechar a sequência em alta.

A mistura de gêneros em algumas faixas do k-pop pode confundir os ouvintes ainda não familiarizados com a sonoridade, mas o Blackpink conseguiu unir todas as suas forças – o pop, rap, hip hop, hinos empolgantes – em um álbum coeso e refinado, que deixa claro o caminho que o grupo pretende seguir. Exalta o que há de melhor em cada integrante, e ainda traz Jisoo e Rosé como compositoras na faixa “Yeah Yeah Yeah”. Para dançar muito!

QUER OUVIR MAIS?

Se você ainda não conhece o Blackpink, não sabe o que está perdendo. O grupo vem desde 2016 se estabelecendo como o maior girl grupo do mundo, popular por todos os lugares por onde passa e contabilizando inúmeros recordes.

Algumas faixas imperdíveis são “How You Like That” e “Kill This Love” – vale a pena conferir, além das novas faixas.

Por Angela Antunes
16/09/2022 21h30

Artigos Relacionados

“A música é uma forma de dar suporte ao insuportável”, diz Marisa Monte em entrevista exclusiva

De Wanessa a Agnes Nunes, parcerias embalam ‘Nós, Voz, Eles 2’, novo projeto de Sandy