Beekeeper se perde nos trocadilhos e decepciona como primeiro grande filme de ação do ano

Foto: Reprodução/Leonine

Nada como começar o ano com um filme de pintar a unha. Esse gênero amado desde antes do nascimento de seu nome, consiste num filme que você dá play e pode fazer outras coisas enquanto “assiste”. Normalmente não é um filme necessariamente bom ou ruim, muito menos é cativante ou desinteressante. Beekeeper – Rede de Vingança não é uma produção que vá te fazer sair da sala do cinema reflexivo depois de tantas emoções, mas sim com o sentimento de que foi bom enquanto durou.

Em Beekeeper – Rede de Vingança, Adam Clay, interpretado por Jason Statham, entra em uma maratona de assassinatos depois de descobrir que sua amiga foi vítima de um golpe orquestrado por uma empresa multimilionária. O que ninguém esperava é que o apicultor na verdade é um mercenário aposentado e que só tem um objetivo: vingança.

Esse subgênero dos filmes de ação, onde o lobo solitário buscar vingar sua família depois de uma tragédia, não é nada novo nas telonas. Muito menos novo para Jason, que em sua primeira aparição na franquia Velozes e Furiosos encontrou esta exata situação. A diferença é que agora o roteiro é infestado de trocadilhos com abelhas, colmeias e mel.

Estabelecendo que o roteiro nem a premissa são lá essas coisas, o que resta? Sinceramente eu não sei. Normalmente é esperado cenas de ação instigantes e desafios constantes para o “vingador”. Isso não é o caso em Beekeeper. Diferente de John Wick 4, por exemplo, onde o protagonista tem um adversário à altura ao longo do filme, no caso de Adam Clay, a única pessoa talvez capaz de pará-lo foi derrotada em dois minutos de cena.

Eu acredito que existe uma beleza ou uma obsessão em ver um homem careca (ou quase careca) de meia-idade matando pessoas inocentes em busca de um único objetivo que vem unindo pessoas nas salas de cinema há tantos anos. Apesar de ter uns filmes melhores que os outros, se viu um, viu todos, então não tem muito o que dizer a respeito. Ninguém vai ver um filme de ação esperando uma obra de arte – apesar de acontecer as vezes.

O elenco de apoio é excelente porém suas performances parecem uma caricatura da caricatura. Emmy Raver-Lampman, mesmo sendo uma das atrizes mais empolgantes de assistir, se torna um personagem da Praça é Nossa no longa. Josh Hutcherson, por outro lado, poderia facilmente ser escalado numa das temporadas da falecida Malhação.

Dito – tudo – isso, eu assistiria esse filme inúmeras vezes numa tarde de domingo com meus pais e acredito que esse seria o caso para muitas famílias.

Por Deyse Carvalho
10/01/2024 19h04

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