Batman, de Matt Reeves estrelado por Robert Pattinson, é simultaneamente um dos melhores momentos de um vilão no cinema e o pior retrato de um herói já escrito. Em suas exageradas três horas de duração, o longa, mesmo com momentos de tirar o fôlego e de um mistério bem escrito, alcança um resultado mediano.
Em Batman, Bruce Wayne (Pattinson), que há dois anos se tornou vigilante de Gotham, se encontra intimado por um novo vilão que tem deixado pistas (e corpos) espalhados pela cidade a fim de desmascarar os reais vilões. Em meio a sua investigação, o Homem-Morcego encontra em Selina (Zoë Kravitz) uma aliada fundamental em sua busca.
O grande problema da versão de Pattinson não tem nada a ver com a atuação do ator, mas sim com o roteiro de Reeves. Infelizmente Bruce Wayne perdeu os holofotes em seu próprio filme por não ser relacionável o suficiente. O personagem se alimenta de uma culpa infundada e se fecha no estereótipo de órfão incompreendido – que mais para frente é pontuada pelo vilão como uma condição não tão severa. Somado ao comportamento recluso, Wayne ainda é insensível com Alfred, mordomo amado pelos fãs, o que não ajuda o personagem a ganhar a empatia do público.
Diferente (mas nem tanto) do que é apresentado por Batman, Charada se mostra parte dos injustiçados cidadãos de Gotham. Apesar de no terceiro ato essa narrativa tenha se esvaído e o ódio cego pelo protagonista tenha assumido a narrativa, o discurso dado pelo vilão convence não só os seus conterrâneos. O trabalho de Paul Danos é um assunto à parte, talvez o motivo principal de ser tolerável as três horas numa sala de cinema.
Por falar em tempo, Batman é a prova que longos filmes não são necessariamente excelentes. A saga do herói, mesmo contando com sequências eletrizantes, parece ser o resultado de um filme que não passou por um corte final, aprovado com cenas desnecessárias. Em compensação a fotografia ora frenética ora diminuta do filme auxilia a narrativa e dá compasso à história.
Zoë Kravitz se encaixa perfeitamente ao papel de Mulher-Gato, não só por se encaixar na persona it girl de suas predecessoras, mas também por ter encontrado o equilíbrio entre feroz e vulnerável. Felizmente o desfecho da personagem deixa um porta aberta para um possível spin-off.
Outros personagens-chaves na história de Batman também não decepcionam. O Comissário Gordon, Alfred e Pinguim, interpretados por Jeffrey Wright, Andy Serkis e Colin Farrell, conseguem ser fiéis aos já amados personagens ao mesmo tempo que são um refresco na tela.
O filme, que parece dar início a uma nova franquia estrelada por Pattinson, assumiu um risco e o resultado não foi dos piores. E com a escalação de Barry Keoghan como o possível novo mas já conhecido vilão promete ser o toque final para elevar a história contada por Matt Reeves.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.