Os cinemas brasileiros recebem nesta quinta (4) o filme de terror A Autópsia. O longa é ambientado inteiramente em um necrotério gerenciado por pai e filho, responsáveis pelas autópsias de corpos mandados pela polícia local. Até que certo dia, eles recebem um cadáver de uma moça não identificada e junto dela manifestações sobrenaturais começam a acontecer no local.
A Autópsia chega aqui com cinco meses de atraso comparado ao mercado americano. Apesar de a produção trazer uma trama relativamente nova e explorá-la muito bem, esse delay entre lançamento nos EUA e aqui é realmente preocupante. É um problema por dois fatores: internet e desvalorização. O primeiro se dá quando vivemos em um mundo rodeado de downloads, e “graças” à isso o filme já está disponível online desde o começo do ano (uma grande perda para uma produção que funciona tão bem nos fatores estéticos, como som e ambiente, e se torna mais funcional nas telonas). Já o lado desvalorizador se dá pelo próprio gênero suspense/terror que sofre para ter um espaço na sétima arte, seja por poucos exemplares ou má vontade das produtoras em lançá-los condizentemente com sua data original.
Deixando esta questão externa de lado, The Autopsy of Jane Doe (no original) é um grande acerto do maravilhoso diretor norueguês André Øvredal. Esse é apenas o segundo trabalho dele, posteriormente ao brilhante ‘O Caçador de Troll’, terror em formato found-footage e provavelmente um dos melhores no estilo. Em A Autópsia ele se aproveita do ambiente fechado e de cadáveres para criar um clima realmente tenso. Juntam-se a ele as grandes atuações dos experientes Brian Cox e Emile Hircsh.
A protagonista (?) é vivida por Olwen Catherine Kelly e no inglês existe um trocadilho com seu personagem: lá Jane Doe é como se fosse um ‘fulana’ aqui no Brasil. Ainda bem que tiraram essa parte na conversão do título pra cá, difícil imaginar um filme de terror chamado ‘A Autópsia da Fulana’.
A ideia de colocar um necrotério como ambiente e aprofundar no trabalho de uma autópsia são excelentes. Não só pela questão do suspense ou estética, mas por ser realmente interessante analisar o modo como a busca de possíveis causas para a morte é feita. É uma produção que vai além do clima assustador e entrega um ótimo roteiro. Necessário ressaltar que tal roteiro infelizmente acaba se perdendo no final na busca desenfreada por soluções e uma supérflua obrigação de colocar pavor em cena.
Não vivemos tempos de bons filmes assustadores e muito menos dos que saibam trilhar um suspense de tirar o fôlego. A Autópsia não chega a se encaixar perfeitamente nisso aí, mas caminha com facilidade por tais estilos. Torna-se interessante ao criarmos uma noção do que é que está acontecendo ali em cena e sermos surpreendidos ao decorrer do filme.
A Autópsia gera bons sustos e nos prende com o desenrolar da história (só por esse fator em um filme de terror já merece créditos). É uma grata novidade em meio de tanto desperdício do gênero, totalmente válido aos apreciadores de uma boa tensão.
Nota: 8,0
https://www.youtube.com/watch?v=Ma7efzNe8OE
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.