Os atores Carolina Ferraz, Fernando Pavão e Otávio Martins estreiam nesta sexta (08) em Curitiba o espetáculo “Três dias de Chuva”, dirigido por Jô Soares. O Curitiba Cult esteve nos bastidores do Teatro Fernanda Montenegro para conversar com eles. Além de falar sobre a peça, Carolina fala também de seu trabalho no cinema, em que interpreta uma travesti e destaca as dificuldades que teve em produzir um filme com essa temática.
O que o Jô Soares (diretor) trouxe de novo nessa montagem?
Carolina: Ele fez tradução excelente do texto original. Ele se ateve às circunstâncias das realidades do público. Uma piada que funciona bem em inglês, no Brasil tem outro sentido. Ele conseguiu transpor isso de uma forma brilhante, além da colaboração como diretor. Ele manteve a mesma graça, o que é muito difícil.
Vocês olharam as outras montagens feitas da peça? Tiveram acesso à produção original?
Otávio: A peça foi muito montada lá fora, grandes atores já estiveram nos papeis, mas não assistimos muito por opção. Para ensaiar não seria interessante, porque, de alguma maneira, você se influencia pelo jeito de quem já fez antes. Além do que, o jeito de interpretar dos latino americanos é completamente diferente dos americanos e dos europeus. Demos uma roupagem mais brasileiras para um tema universal.
São os grandes textos estrangeiros que hoje tem são interpretados nas grandes montagens. Como vocês veem o processo criativo dos roteiristas brasileiros?
Otávio: Temos grandes autores que são muito montados. Talvez os espetáculos que vem a Curitiba ultimamente possam ter sido os de autores americanos ou franceses, que também são ótimos. Mas em São Paulo e no Rio há uma leva muito grande de espetáculos feitos por autores brasileiros. São textos excelentes que já começam a ser montados no mundo. Talvez seja uma realidade que ainda não chegou com tanta força em outras praças.
Qual o grande destaques do espetáculo?
Fernando Pavão: O tema, que é muito universal. A relações entre pais e filhos acompanha toda a história de maneira geral. E isso é contados em dois atos muito particulares, mas que mantém uma unidade quando analisados. As Pessoas riem e choram quando se identificam com essa relação familiar.
Você filmou e produziu há pouco o filme “A Graça e a Glória”, em que interpreta uma travesti. Como foi o processo de laboratório?
C: Eu estou há nove anos com esse projeto! Foi uma luta conseguir produzir e realizar esse trabalho. O processo foi longo, de muita pesquisa e entrevista com travestis e transgêneros. Tive que me afastar uma época porque não conseguíamos investimento, isso aconteceu porque a personagem principal era uma travesti. Essa realidade mudou somente há menos de dois anos.
Mas houve mudança de comportamento por parte dos investidores ou foi um processo duro que você teve que batalhar para ter o investimento?
C: A duas coisas. Eu insisti quando poderia ter desistido. O Flavio Tambellini (diretor) também apostou muito no projeto, desde o início. O filme é bastante importante para ele também. Houve mudança no comportamento como um todo nesses últimos tempo. Eu sempre tive paixão pelo projeto e comecei a montar ainda amamentando, levava minha filha pro set, era complicado, mas o resultado foi muito bom e estreia finalmente no segundo semestre desse ano.
O que te chamou atenção em interpretar uma travesti?
C: Eu fico muito feliz em fazer essa travesti porque, de modo geral, todos os transgêneros são interpretados por homens. É importante que as mulheres comecem a fazer porque, como gênero, a identificação deles é com o sexo feminino.
Você volta às novela agora em maio com mais uma personagens sofisticada. Incomoda repetir esse mesmo papel sempre na televisão aberta?
C: Não incomoda. Eu entendo que essa é uma percepção do público, que me vê como uma mulher elegante e sofisticada, o que me deixa lisonjeada porque não é minha realidade. Veja aqui, estou de cabelo preso e bermudinha furada [risos]. Eu acho um mérito ser vista assim. Mas como toda pessoa, gostaria de enlouquecer. Tenho várias facetas e essa é só mais uma delas. Ninguém jamais me daria o personagem de uma travesti, talvez grandes amigos. Então, ter essa liberdade para produzir outros projetos me ajuda a mostrar outras facetas. Isso é o que todo ator quer.
Três Dias de Chuva fica em cartaz no Teatro Fernanda Montenegro até domingo (10). Os ingressos estão à venda pelo IngressoRápido.
Fotos: Priscila Prado
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.