Um novo capítulo da franquia Alien estreia nessa quinta-feira (15/08) no Brasil. “Alien: Romulus” volta ao original de 1979 para buscar suas principais referências, não só nos alienígenas, como também no clima de medo do desconhecido e todo o contexto que a saga criou ao longo de décadas.
A direção de Fede Alvarez (que se destacou no terror com os dois longas-metragens de “O Homem nas Trevas”) consegue trazer um olhar novo à franquia, sem desrespeitar o que já foi construído. Ridley Scott, diretor do primeiro filme, deu liberdade à equipe para esse novo capítulo, um movimento acertado. É notável que Alvarez é fã de “Alien”, um ganho considerável para a novidade que chega às telonas.
O diretor ainda assina o roteiro com Rodo Sayagues, repetindo a parceria de “O Homem nas Trevas”. O ponto de partida de “Alien: Romulus” deixa clara a crítica ao corporativismo que se empregou de forma mais tímida em filmes anteriores. Os personagens principais são humanos vivendo em uma colônia espacial em regime de semiescravidão, sonhando em voar ao espaço e ver o Sol mais uma vez. Um desses trabalhadores encontra uma estação espacial abandonada que poderia ser a passagem de ida para uma colônia mais próspera – e longe da corporação Weyland-Yutani.
“Alien: Romulus” acontece depois de “Alien” (1979) e antes de “Aliens: O Resgate” (1986). Os personagens não fazem ideia do que aconteceu naquela estação abandonada. E esse clima de mergulhar no desconhecido que consagrou o primeiro filme é um dos seus maiores pontos positivos. O longa consegue trazer frescor ao vermos mais uma vez os facehuggers (que grudam na cara das vítimas) e os chestbursters (criaturas que consomem suas vítimas por dentro). Para os personagens, tudo é uma macabra novidade, o que torna a experiência nova para o expectador também.
Outro ponto acertado é o uso de um clima retro-futurista. Ao invés de atualizar tecnologias, Fede Alvarez mantém as telas de computador antigas, visualizadores com defeito, ao lado de máquinas portáteis de raio-x. Aliar uma tecnologia muito inventiva com o mais antigo (visto no original) funciona bem, aliando familiaridade e estranheza para construir o cenário pitoresco que será palco de perseguições intensas.
Engenharia genética, criaturas do espaço, robôs humanoides com intenções macabras a favor da corporação vêm sendo usados desde o primeiro longa, e “Alien: Romulus” consegue explorar esses temas de forma bem amarrada. Cada detalhe apresentado de forma natural na narrativa ressurge de maneira bem estruturada, sem criar exageros. David Jonsson como o androide Andy é um destaque.
O elenco não traz grandes nomes, todos muito jovens e eficientes nas cenas de tensão. As tramas pessoais estão ali, bem colocadas, sem tirar atenção da atração principal: o Xenomorfo e sua caçada implacável pelas próximas vítimas. Os personagens vão descobrindo aos poucos o que está acontecendo, enquanto fogem. O desconhecido que se esconde nos ambientes fechados e escuros aumenta a tensão, assim como no “Alien” dos anos 1970. Referências à toda franquia aparecem, algumas do final de forma desnecessária, mas sem arruinar o espetáculo. Isso enriquece a experiência de ter um bom novo capítulo da franquia em “Alien: Romulus”.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.