O Mês do Orgulho LGBTQIA+ traz oportunidades para pensar sobre como a comunidade tem se organizado na luta por direitos. Curitiba tem conquistado um espaço de destaque nacional por abrigar organizações de alcance estadual e nacional na conquista de espaço para a população LGBTQIA+. Ações que vão muito além das passeatas garantem acesso à cidadania, e partem justamente de grupos formados pela população em geral de forma voluntária.
A Marcha da Diversidade de Curitiba, em sua sétima edição, tem grande força em demonstrar o poder do povo nas ruas. O evento acontece nesse domingo (30/06), reunindo diversos artistas da comunidade e apoiadores, de DJs a drag queens, trazendo ainda representantes de articulações políticas LGBTQIA+. “A marcha é de extrema importância porque é a visibilidade massiva das atividades que a gente faz, por trazer à luz da sociedade toda a movimentação e as principais reivindicações da comunidade”, comenta Rafaelly Wiest, atual presidente do Grupo Dignidade, diretora administrativa da Aliança Nacional LGBTI+ e coordenadora geral da Marcha.
Para concretizar os direitos exigidos em grandes eventos públicos, é preciso uma organização articulada e atuante o ano todo. Assim, entram em cena grupos focados nessas lutas, como a Aliança Nacional LGBTI+, fundada em 2006, com atuação nacional desde 2009. “Ela foi criada como braço nacional do Grupo Dignidade, que tem 32 anos de atuação. Na Aliança que a gente atua nas políticas e discussões nacionais e internacionais”, explica Rafaelly.
O grupo conta hoje com três mil pessoas afiliadas agindo de forma voluntária, em mais de 300 coordenações municipais das 27 unidades da federação. Essa organização atua nas três esferas de governo: Legislativo, Executivo e Judiciário. Desde 2014, também atuam junto a empresas, fazendo parte do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, Instituto Mais Diversidade e TransEmpregos.
Um dos aspectos fundamentais para alcançar cidadania é o acesso ao emprego, que garante independência à população LGBTQIA+. Porém, esse acesso muitas vezes é dificultado. A plataforma TransEmpregos divulgou um levantamento de que as ofertas de emprego para pessoas trans caiu 57% em 2023. A plataforma vem, desde 2013, oferecendo cursos gratuitos e vagas de trabalho para essa população, divulgando também esses dados.
Uma pesquisa do Datafolha deste ano estima que apenas 0,38% dos postos de trabalho no país são ocupados por pessoas trans. É para modificar esses dados que os grupos agem. Em articulações conquistadas com setores como as Secretarias da Justiça e Cidadania, e do Trabalho, Emprego e Renda, os grupos conseguem participar de mutirões de vagas de emprego para população trans e travesti.
O acesso à informação é outro ponto de destaque para a cidadania da população LGBTQIA+. Foi no meio da pandemia que surgiu o projeto Viveração, em um momento sensível. A Fundação Oswaldo Cruz revelou que, entre o início da pandemia em 2020 e metade de 2021, houve um aumento de 16% na vulnerabilidade da população LGBTQIA+ no Brasil. Mais da metade dos entrevistados respondeu estar em condições de saúde mental piores em comparação ao período anual anterior, e cerca de 55% foram diagnosticados com risco de depressão mais severo. Assim, o Viveração se tornou uma resposta a essas questões, em forma de podcast.
Idealizado pelo jornalista, historiador e ativista Augusto Menna Barreto, o podcast começou com o intuito de promover a saúde integral e direitos humanos a pessoas vivendo com HIV/Aids e a comunidade LGBTQIA+. “Ao longo do tempo, ampliamos nossas ações para incluir a criação de materiais educativos variados, capacitação de lideranças comunitárias e realização de eventos presenciais e virtuais”, Menna Barreto define. Não apenas com o podcast, recebendo convidados que discutem desde práticas sexuais e afetividade até autocuidado e machismo, como também por redes sociais e troca de e-mails, a equipe consegue formar uma rede de apoio e comunicação.
“Esta abordagem multifacetada nos permite alcançar e engajar um público diverso de maneira eficaz”, afirma o idealizador do projeto. “É crucial ter um canal direto de informações para a comunidade LGBTQIA+, pois permite suporte, educação e combate ao estigma de forma acessível e inclusiva. Isso fortalece a autonomia e empoderamento dos indivíduos para lidar com questões de saúde e direitos humanos com segurança”. O suporte emocional e o esclarecimento em relação à saúde física e mental, bem como o combate à discriminação de pessoas vivendo com HIV/Aids, está entre os pilares do projeto.
O Viveração também é formado por uma equipe de voluntários em diferentes áreas, como educadores sociais, especialistas em comunicação e colaboradores acadêmicos. Em 2024, estabeleceu parcerias com instituições como a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+C), o Núcleo de Comunicação e Educação Popular da UFPR (NCEP) e com a Liga Acadêmica de Saúde LGBTQIA+ da UFPR.
O Paraná tem sofrido dificuldades na promoção da igualdade e combater ao preconceito. O caso recente de Oziel Branques dos Santos, assassinado por defender duas pessoas LGBTQIA+ dentro de um ônibus (e que será homenageado durante a Marcha), exemplifica dados alarmantes de como o combate à violência não tem sido eficaz. Um levantamento do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil aponta o estado como o quinto em mortes violentas dessa população em 2023, com 18 casos relacionados diretamente ao preconceito.
Esses acontecimentos mostram a urgência de discutir o acesso da população LGBTQIA+ à informação, as redes de apoio e à cidadania de forma completa.
O tema da Marcha da Diversidade desse ano mostra a importância de articular politicamente as demandas desse grupo. “Curitiba Vota Com Orgulho” evoca a relevância de pensar em representantes que estejam comprometidos em mudar os dados de violência, desemprego e depressão da comunidade, promovendo a igualdade de forma completa.
“Não podemos desvincular a comunidade LGBTI+ da sociedade no campo político e no exercer de sua cidadania. É urgente que a comunidade foque e perceba o quanto é importante o voto consciente em pessoas que sejam parceiras”, pontua Rafaelly. A palavra “política” não pode ser compreendida como algo partidário, ela adiciona, mas como essencial para a compreensão de uma cidadania plena de pessoas que são agentes em busca da inclusão. “O fundamentalismo político e religioso vem crescendo de maneira exponencial e precisamos dar uma resposta para a sociedade dizendo que nós temos os mesmos direitos de qualquer cidadão brasileiro. Nem mais, nem menos, a gente quer direitos iguais. Em um ano eleitoral, mais de 5600 municípios vão eleger prefeitos e vereadores e a gente precisa aumentar a representatividade”, conclui.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Kasa Branza, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois. Vivendo sob o peso dos aluguéis atrasados e do preço dos medicamentos da avó, um dia, Dé recebe a triste notícia de que Dona Almerinda está em fase terminal da doença. O jovem, então, decide aproveitar os últimos dias da vida dela junto com os seus outros dois melhores amigos.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Paddington – Uma Aventura na Floresta, o adorável urso Paddington retorna ao Peru para visitar sua querida Tia Lucy, acompanhado pela família Brown. A viagem, que promete ser uma reunião afetuosa, logo se transforma em uma jornada cheia de surpresas e mistérios a serem resolvidos. Enquanto explora a floresta amazônica, Paddington e seus amigos encontram uma variedade de desafios inesperados e se deparam com a deslumbrante biodiversidade do local. Além de garantir muita diversão para o público, o filme aborda temas de amizade e coragem, proporcionando uma experiência emocionante para toda a família. Bruno Gagliasso, mais uma vez, empresta sua voz ao personagem na versão brasileira, adicionando um toque especial ao carismático urso. Com estreia marcada para 16 de janeiro, o longa promete encantar as crianças nas férias e já conquistou o público com um trailer inédito que antecipa as aventuras que aguardam Paddington e a família Brown no coração da Amazônia.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Uma missão importante é comprometida por um passageiro indesejado num avião a mais de 3000 mil metros de altura. Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea que acompanha um depoente até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca, a viagem se torna um pesadelo e a tensão aumenta quando nem todos a bordo são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros. Será que eles conseguirão sair vivos dessa armadilha?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Anora, longa dirigido e escrito por Sean Baker, acompanhamos a jovem Anora (Mikey Madison), uma trabalhadora do sexo da região do Brooklyn, nos Estados Unidos. Em uma noite aparentemente normal de mais um dia de trabalho, a garota descobre que pode ter tirado a sorte grande, uma oportunidade de mudar seu destino: ela acredita ter encontrado o seu verdadeiro amor após se casar impulsivamente com o filho de um oligarca, o herdeiro russo Ivan (Mark Eidelshtein). Não demora muito para que a notícia se espalhe pela Rússia e logo o seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de Ivan entram em cena, desaprovando totalmente o casamento. A história que ambos construíram é ameaçada e os dois decidem em comum acordo por findar o casamento. Mas será que para sempre?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
O papa está morto e agora é preciso reunir o colégio de cardeais para decidir quem será o novo pontífice. Em Conclave, acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses. Lawrence, então, acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja. Em jogo, estão não só a fé, mas os próprios alicerces da instituição diante de uma série de reviravoltas que tomam conta dessa assembleia sigilosa.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em 12.12: O Dia, o assassinato da maior autoridade da Coreia do Sul causa um caos político sem precedentes. O ano é 1979 e, após a morte do presidente Park, a lei marcial é decretada, dando abertura para um golpe de estado liderado pelo Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), e seus oficiais. Ao mesmo tempo, o Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que os militares não devem tomar decisões políticas e, por isso, tenta impedir com os planos golpistas. Em um país em crise, diferentes forças com interesses diversos entram em conflito nesse filme baseado no evento real que acometeu a Coreia do Sul no final da década de 70.
Data de lançamento: 23 de janeiro