Não há nada igual ao novo álbum de Ed Sheeran. Nesta sexta-feira (29), um dos lançamentos mais aguardados dos últimos anos finalmente chegou às plataformas de streaming, = (“equals”, ou “igual” em português), quarto álbum do cantor. Já falamos um pouco nessa coluna sobre o quanto Sheeran gosta de inovar e apresentar novos nuances a cada novo trabalho, e o novo lançamento não seria diferente. Este é um dos seus trabalhos com sonoridade mais ambiciosa, mas que ainda mantém os traços clássicos que já conhecemos do trabalho do cantor britânico.
O álbum foi precedido pelos singles “Bad Habits”, lançado em junho, e “Shivers”, que chegou em setembro. O cantor já havia liberado também “Visiting Hours” junto ao anúncio de mais detalhes sobre o lançamento do álbum. São 14 faixas no total, todas escritas e produzidas por Sheeran. Trata-se do quarto álbum que segue a linha da “matemática” – já ouvimos o seu trabalho de estreia, + (“plus”), de 2011; x (“multiply”), de 2014 e ÷ (“divide”), de 2017.
Pequenos nuances do dia a dia do cantor que retratados nas canções, produzidas em um período no qual ele ficou afastado dos holofotes, dedicando-se a família. Uma grande diferença em relação ao trabalho anterior é o fato de que Ed Sheeran agora é pai, algo que influenciou seu trabalho e também inspirou uma mudança na rotina, que agora prioriza um estilo de vida mais saudável.
Em entrevista a Zane Lowe no Apple Music, o cantor diz que fez o que é para ele “um álbum perfeito”. Ele conta que “No. 6 Collaborations”, lançado em 2019, tinha como intenção inicial ser apenas um EP, mas acabou por tomar grandes proporções e parecer um álbum completo de sua carreira. Mas não transmite quem ele é como artista. “’Collaborations não sou eu. Mas, quando você ouve ‘Bad Habits’, você não espera por isso. É isso que me anima. É isso que me mantém animado sobre a música, fazer algo que ninguém espera que eu faça”, completa.
Sobre o álbum, ele contou que passou muito da sua juventude se questionando sobre o propósito que tinha na vida. Ao chegar aos 30 anos, ele percebeu que algumas dessas perguntas começaram a ter respostas por meio de diversos momentos – o nascimento da sua filha, a perda de um amigo. “= (“equals”) está sempre no final de uma pergunta e no início de uma resposta. Aos 30 anos, é assim que eu me sinto”, explica ele sobre a temática do trabalho. O New York Times classificou o álbum com 4 de 5 estrelas, indicando que o trabalho tem um nível maior de intimidade que vai além do pop que o cantor está acostumado a fazer.
Eu ouvi ao álbum faixa por faixa e conto aqui embaixo alguns detalhes de cada uma delas. Se você topar, querido leitor, vamos embarcar nessa trajetória juntos? Sheeran pensou o álbum como um caminho que passa por diversos pontos da vida. Dá o play e vem comigo!
O álbum começa, assim com Ed explica, no “caos”. Violão com pegada mais pesadinha, mais caótico, mais conturbado. A música vem para fazer um resumo das conquistas do cantor até agora; ao passo que se mistura à calma do refrão, que simboliza a vida em família.
“Time stops to still (o tempo para)
When you are in my arms, it always will (quando você está nos meus braços, ele sempre parará)
And life, life is changin’ tides” (e a vida, a vida são marés mudando)
A música tinha como intenção inicial ser o primeiro single do álbum – mas tudo mudou quando Ed percebeu que “Bad Habits” deveria ser a música perfeita para o verão. “Shivers” entra como uma música divertida, mais leve, com letra que não tem a intenção de ser profunda. “Ao passo que a minha carreira avança, eu gosto de fazer músicas de amor que são divertidas às vezes. Você poderia colocar essa música para tocar na festa de Natal da empresa e todo mundo pode dançar”, conta ele em entrevista à Apple Music.
“… First Times” é uma daquelas músicas que a gente consegue visualizar cada detalhe enquanto vai ouvindo aos elementos que Sheeran coloca em cada verso. Aqui, ele conta que ele sempre quis tocar no estádio de Wembley, em Londres. Quando isso aconteceu, ele percebeu que o tempo antes da conquista foi melhor do que a conquista em si. Depois, ao terminar o show e se juntar a sua família e amigos, ele conseguiu perceber a euforia do momento. Isso o fez pensar mais nas “primeiras vezes” que compõe a vida – cada pequena passagem.
A música é “clássica Ed”, e ele conta que está nesse ponto do álbum para mostrar aos fãs fervorosos que há músicas nesse trabalho que relembram o que ele está acostumado a fazer.
“Ain’t it funny how the simplest things in life can make a man? (não é engraçado como as coisas mais simples da vida podem fazer um homem?
Little moments that pass us by (pequenos momentos que passam)
Oh, but I remember (oh, mas eu me lembro)
Single de estreia que apresentou a nova era e o novo trabalho de Sheeran. Ele faz uma reflexão aos seus velhos hábitos, em uma sonoridade diferente do habitual. Inclusive, é isso que o faz ter energia para continuar trabalhando – buscar novas influências, e apresentar algo que irá surpreender a todos.
Entramos no single que chega junto ao lançamento do álbum. Em “Overpass Graffiti”, o cantor apresenta uma batida bem melódica, que relembra faixas dançantes de verão dos anos 80. Inicialmente, a faixa foi composta para ser uma grande balada, mas ao apresentar a canção a Fred, que trabalhou com ele no álbum, ele adicionou uma batida dançante que se encaixou perfeitamente e transformou a música.
Uma clássica canção de amor. Ed conta que havia esquecido de ter escrito essa música, mas seu irmão fez uma versão orquestrada da mesma, que a trouxe a vida. A letra é simples e singela, e finaliza com um instrumental emocionante.
“And I know you could fall for a thousand kings (e eu sei que você poderia se apaixonar por mil reis)
And hearts that would givе you a diamond ring (e corações que te dariam um anel de diamante)
When I folded, you saw the bеst in me (quando eu desisti, você viu o melhor e mim)
The joker and the queen” (o coringa e a rainha)
Essa melodia também relembra o “clássico” Ed Sheeran, mas em uma pegada atual. A inspiração da letra é emocionante – ele conta que estava no velório do seu amigo (Michael Gudisnki, mentor de Sheeran que faleceu em março de 2021), e a filha dele ligou para Sheeran e contou o quanto ela se sentiu amada pelo pai no último momento em que eles se falaram. Isso o inspirou a fazer uma música em tom de carta para sua própria filha.
“Oh, I’m, I’m never gonna leave your life (oh, eu nunca vou deixar a sua vida)
Even at the times I’m miles away, you are always on my mind (mesmo nos momentos em que eu estou distante, você está sempre em minha mente)
Forever and now, I will be by your side” (para sempre e agora, eu sempre estarei ao seu lado)
Sheeran conta que o álbum foi feito para ser ouvido em sequência, em vinil. Nesse ponto, o álbum estava ainda um pouco “rabugento”, e ele queria que tivesse uma faixa para levantar o astral novamente. Feita para ser uma música para tocar em um festival, cantando em plenos pulmões, retrata na letra as experiências do cantor com sua esposa.
“Mmm, we drank your father’s whiskey when your grandma died (nós bebemos o whisky do seu pai quando sua avó morreu)
You brought me to the morning through my darkest night (você me trouxe a essa manhã pela minha noite mais escura)
Yeah, the world hurts less when I’m by your side” (sim, o mundo dói menos quando estou ao seu lado)
Entramos novamente no ritmo dançante com “2step”, e até versos de rap divertidos de ouvir e cantar. Foi a última canção que Ed escreveu para o álbum. A faixa retrata um momento de baixa autoestima do cantor, que se sentiu com pouca confiança em seu trabalho ao ver o álbum tomando forma. Ele conta que ao se tornar mais velho e bem-sucedido, sua confiança diminui. Para a gente ver que mesmo os grandes também têm momentos de baixa – mas sempre há como se levantar novamente!
Ed conta que ao longo dos últimos quatro anos, muita coisa aconteceu em sua vida. Mas essa faixa retrata “bravamente” que sempre que algo termina, alguma coisa sempre surge depois. Sempre muito honesto em relação ao contexto de suas canções, o cantor conta que essa música retrata um processo judicial ao qual ele encontra no momento. “Eu acredito que estou certo, mas a chuva não para”, disse ele em entrevista a Apple Music. Para ele, a música demonstra como transformar uma situação ruim em algo bom.
“Every day is a chance that we can start over, read my mind (todo dia é uma chance de começar de novo, leia minha mente)
There’ll be ups and downs, but it won’t change a thing between you and I (Vão existir altos e baixos, mas isso não vai mudar o que temos entre eu e você)
There’s one thing I can’t change (uma coisa eu não posso mudar)
You cannot stop the rain, no way” (você não pode parar a chuva, não há como)
Uma canção de amor para embalar os corações. Inspirado no seu relacionamento, Ed retrata como aproveitar a companhia um do outro com momentos singelos e simples do dia-a-dia.
“Over and over, we spend our lives (várias vezes, nós passamos nossas vidas)
Living fast forward but not tonight (vivendo na correria, mas não nessa noite)
Love in slow motion” (amor em câmera lenta)
“Visiting Hours” já havia sido publicada quando o anúncio do novo álbum foi feito. Uma das canções mais tristes, inspirada na morte do amigo e mentor do cantor britânico. Apesar disso, Ed conta que por mais que a música tenha um significado triste para ele, quando ele a lança ao público, ele não a vê mais como dele – a música ganha vida própria e outros significados para todas as outras pessoas. Assim, ele diz conseguir ter distanciamento emocional para cantar a música diversas e diversas vezes.
“I wish that Heaven had visiting hours (eu queria que o Paraíso tivesse horas de visita)
And I would ask them if I could take you home (e eu pediria a eles para te levar para casa)
But I know what they’d say, that it’s for the best (mas eu sei que eles diriam, que é para assim é o melhor)
So I will live life the way you taught me” (então eu vou viver a vida da forma que você me ensinou)
A música foi feita para ser uma canção de ninar para sua filha, escrita no ukelele com instrumentos de criança. Vem logo após “Visiting Hours” – a primeira retrata a perda, e depois vem a vida.
“And though there’s rain outside, you’ll be warm and dry (apesar de ter chuva lá for a, você vai estar quente e seca)
The thunder and the lightning won’t hurt you now (o trovão e os raios não vão machucar você agora)
So go to sleep, my love” (então pode dormir, meu amor)
Essa música faz um paralelo em relação a como o álbum começa – caótico no início, doce no fundo. Fecha perfeitamente esse álbum que é uma verdadeira trajetória sobre o que acontece na vida e na morte. A intenção é deixar as coisas serem como elas são. A música delicada e acústica é quebrada pela batida forte, e fecha com chave de ouro como uma bela trajetória.
“I don’t wanna miss one thing (eu não quero perder nada)
We can turn the whole world down (nós podemos trazer o mundo todo para baixo)
And listen to the in-between (e ouvir aos intervalos)
We are, we are the sound (nós somos, nós somos o som)
There’s nothin’ but the space we’re in (não há nada além do espaço em que estamos)
The hurry and the noise shut out (a pressa e o barulho ficam de fora)
Just stay here and be right now” (só fique aqui e seja o agora)
E você, o que achou do novo trabalho do artista? Aguardo os comentários!
Data de Lançamento: 12 de dezembro
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