Tirar os olhos da tela enquanto assiste A Mulher Rei não é uma opção. Mas por que seria? Com o seu roteiro envolvente e performances premiáveis, o filme de Gina Prince-Bythewood escrito por Dana Stevens é a epifania do feminino em todas as suas nuances. Não é a toa que a história inspirada nas guerreiras agojie protagonizada por Viola Davis conquistou o reconhecimento e admiração do público e da crítica.
A Mulher Rei, inspirado nas Amazonas de Dahome, se passa numa África já explorada pelos europeus e acompanha a general Nanisca (Davis) enquanto treina a próxima geração de guerreiras ao passo que tenta erguer a moral e força de sua terra natal sem sucumbir a ambição trazida pela hostilidade do homem branco.
O longa agrada quem se dispõe a ir ao cinema. Ao mesmo tempo em que é fundamentalmente artístico, o filme tem características de blockbuster. A beleza dessa condição é não parecer intencional. O resultado é possível graças a interseccionalidade de seu objeto.
Diferente do que pode-se imaginar ao olhar o cartaz do filme, A Mulher Rei não é só a história da personagem de Viola Davis, mas sim das mulheres de seu exército. Assim como na vida, cada personagem tem sua particularidade, e no filme isso é visto como uma vantagem. As nuances encontradas ao analisar um conjunto de mulheres, ao invés de uma só, permitiu um roteiro completo que cativa ao passo que entretém.
Com a atuação de uma vida inteira, Viola Davis é magnífica e resplandece em cada segundo que aparece na tela. A sabedoria e experiência de sua personagem encaixa perfeitamente na juventude impulsiva de Nawi, interpretada por Thuso Mbedu, com quem divide o protagonismo.
A direção equipara a grandeza da roteiro ao resultado em vídeo. Responsável por The Old Guard, Gina Prince-Bythewood entrega ação a quem gosta de ação, drama aos fãs do gênero, e uma boa história que não será esquecida.
Impossível falar de A Mulher Rei sem mencionar suas cenas de luta. Mesmo a luta sendo algo gutural, as agojie encontram leveza e se movem como uma pluma pairando no ar, uma escolha refrescante em comparação aos filmes sangrentos e geométricos de ação que arrebatam as bilheterias todos os anos.
Apesar de ter sido certeiro nas escalações de Lashana Lynch (007: Sem Tempo Para Morrer), John Boyega (Star Wars) e Sheila Atim (Bruised), um dos poucos – se não o único – erro de A Mulher Rei está na escolha de seus personagens brasileiros.
O sem carisma protagonista da franquia After, Hero Fiennes Tiffin continua sua série de atuações medíocres no longa, destoando de todos os seus companheiros de elenco. Uma pena já que Hollywood está bem populada de atores brasileiros e até portugueses que nos poupariam da vergonha alheia de ver o britânico tentando falar duas frases em português.
No fim, ao ser indicado a Melhor Filme no Oscar de 2023, A Mulher Rei será lembrado por anos a fio, diferente de alguns de seus companheiros de categoria, que cairão no esquecimento por serem apenas uma fórmula em busca de um prêmio.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.