Voltando aos palcos e realizando um desejo, Drica Moraes comemora 40 anos de carreira com o espetáculo “Férias“. A atriz se dedicou à televisão nos últimos anos, e retoma as atividades no teatro com texto inédito e contracenando com Fábio Assunção – pela primeira vez juntos nos palcos. Em apresentação única, a peça é encenada no Teatro Guaíra nesse feriado, dia 07 de setembro (sábado). Últimos ingressos estão disponíveis no site Disk Ingressos, a partir de R$ 80.
Drica e Fábio vivem o casal “H” e “M” em “Férias”, que comemoram 25 anos de casados em um cruzeiro. Depois de serem flagrados por câmeras de segurança em atos impróprios, são “gentilmente convidados” a sair da embarcação, deixados em uma praia colombiana. Lá, encontram uma dupla de mochileiros (também vividos por eles), que vai esquentar ainda mais a jornada. O texto original de Jô Bilac discorre de forma humorada questões como sexo e amor, modernidade e casamento.
A atriz deu uma entrevista exclusiva ao Curitiba Cult, contando sobre como foi elaborar essa montagem, as questões vividas por pessoas de 50 anos que cruzam a peça, o retorno aos palcos com uma comédia e as expectativas para a apresentação na capital paranaense.
Eu estava muito a fim de voltar a fazer teatro. Eu venho do teatro, eu venho do Tablado (tradicional escola de teatro no Rio de Janeiro). Tive companhia de teatro com o Enrique Díaz, a Companhia dos Atores que se apresentou muito em Curitiba, inclusive, e eu vinha de muitos personagens dramáticos, trágicos, como ‘Os Outros’, que foi meu último trabalho na televisão. Então, eu vinha com muita vontade de fazer teatro, e de fazer comédia no teatro, que é de onde eu vim, de onde eu comecei. Eu li muita peça dos anos 1990: eu tinha feito ‘Pérola – O Filme’, me encantei de novo com a obra do Mauro Rasi. Li muita coisa do Mauro Rasi, li Leilah Assumpção, Maria Adelaide Amaral, uma série de autores. Me parecia tudo muito bom, mas tudo muito precisando de adaptação. Então eu procurei o Jô Bilac, que pra mim é um dos maiores autores contemporâneos, e a gente começou a desenvolver a ideia desse espetáculo que a gente agora leva à Curitiba. Que é a história de um casal, casado há 25 anos, que ganha de presente dos filhos uma viagem para um cruzeiro no Caribe. E aí… Tam-tam-tamtam! E está sendo um prazer enorme.
Eu tinha combinado com o Jô Bilac, que é nosso autor, que eu queria fazer uma peça de dupla, ou duas mulheres, ou um casal. Ele falou: ‘acabei de voltar de férias e deu tudo errado’. Eu falei: ‘vamos por aí que isso já dá caldo. Vamos fazer um casal que sai pra férias’. E está sendo maravilhoso.
Estar com o Fábio nessa peça está sendo um presente. Fábio é um ator questionador, muito inteligente, muito vivo em cena, troca muito. A peça é toda baseada no jogo dos atores, então a gente em cena é uma celebração ao teatro, além de tudo. Além de ser a comemoração de 25 anos desse casal, é uma celebração ao teatro. E o Jô veio com a gente conversando muito, trazendo muito da gente. A gente queria fazer um casal moderno, cheio de vida, de questionamentos, abertos ao desconhecido, aventureiros. Eles têm compulsão sexual, eles são ativos, são alegres, gostam de conversar, gostam de se divertir. E essa peça tem um jogo muito grande entre os atores e dos atores com o palco. É uma grande conversa honesta e divertida com o público.
O texto é muito esperto nesse sentido, porque ele traz essas questões que o homem e a mulher de 50 anos hoje enfrentam que, por um lado, parece que a gente está colocado de lado, que a gente já viveu o que tinha que viver da vida, já teve os filhos criados, já tem uma estabilidade financeira, um trabalho certo. Mas eles querem mais, eles são duas pessoas assim pro jogo, abertas pra vida, abertas pro mistério. E eles ganham de surpresa dos filhos essa viagem para um cruzeiro pro Caribe e vai dando tudo errado. E nesse dar errado, eles vão se questionando: onde está o prazer deles, onde está a relação deles com o próprio tempo. O tempo passando neles. Eles encontram um casal mais jovem, e vão caindo nas experiências junto com esse casal mais jovem – que, na verdade, podem ser uma projeção da cabeça deles, podem ser eles se imaginando mais jovens. Mas, de fato, é o casal X e Y, que é o homem e a mulher, e eles vão vendo a beleza da vida mesmo. A beleza de estar vivo, a beleza de estar vivendo a flor do seu tempo, a cada momento. Com muita diversão e afeto, é um texto extremamente afetuoso, divertido. E fala mesmo, fala dessa invasão digital na vida das pessoas, como a gente perde tempo nessas telas. A saudade dos filhos, os filhos que não ligam nunca, que estão sempre vivendo mil coisas e, dentro dessas mil coisas, os pais não estão em nenhuma delas. Eles estão sempre se querendo: querendo conversar, querendo transar. Então é muito divertido e tem uma alma boa. É um espetáculo de alma boa.
Esse casal escolhe ficar juntos 25 anos e vão se descobrindo e se redescobrindo juntos. A gente vê muitos casais que dão certo, que um não faz sombra do outro, que um ilumina o outro. Eu acho que é esse tipo de casal. No começo da peça, ela quer viajar, ele não quer muito ir, depois ela quer voltar quando eles são expulsos do navio, e ele quer ficar e explorar a Colômbia. Então eles estão sempre num jogo, numa balança, um ajudando o outro, um incentivando o outro. Como na vida; acho que os casais são um pouco assim: quando um está mais pra baixo, o outro levanta. Acho que casamento às vezes é bonito, mas não é pra todos. Eu, por exemplo, adoro namorar, passei por dois casamentos muito ótimos, mas pra mim não é mais uma opção. Eu gosto de morar em casas separadas, eu gosto da minha solidão, do meu espaço, eu gosto de ter o controle remoto na mão. Eu acho que é uma escolha, são escolhas que a gente faz ao longo da vida, e em cima de experiências. Eu digo isso depois de dois casamentos, com 55 anos, mas eu vejo amigos meus, conheço casais famosos muito bem sucedidos.
O público de Curitiba pode esperar muita alegria, reflexões sobre esse mundo moderno, com leveza. Além da celebração desse casamento, desse casal que a gente vai acompanhar no palco, há uma celebração do encontro da plateia com os atores, com o teatro, há a celebração do próprio teatro, do ao vivo, da gente ver e comungar uma experiência coletiva. Acho que a força do teatro coletivo é uma arte que nunca vai acabar. Dá um prazer enorme. A plateia, a gente tem visto em São Paulo, em Belo Horizonte, por onde a gente passou, uma plateia que sai efusiva, feliz, alegre. E a gente espera que Curitiba também aqueça seu coração com ‘Férias’.
Quando: 07 de setembro de 2024 (sábado)
Horário: abertura do teatro às 20h, início às 21h15
Onde: Teatro Guaíra (R. Conselheiro Laurindo, 971)
Quanto: a partir de R$ 80 (meia, segundo balcão) até R$ 240 (inteira, plateia), conforme modalidade e setor
Ingressos: no site Disk Ingressos
Data de Lançamento: 03 de outubro
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Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.